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DATA DA PUBLICAÇÃO 23/02/2016 | Cidade
Trinca de campos do Parque São Vicente forma espaço de resistência
Trinca de campos do Parque São Vicente forma espaço de resistência Os três campos do Parque São Vicente existem desde a década de 1970. Foto: Amanda Perobelli
Os três campos do Parque São Vicente existem desde a década de 1970. Foto: Amanda Perobelli
Lado a lado, praças esportivas do bairro em Mauá têm características próprias do futebol amador

Em tempos onde o espaço público para a prática de atividades físicas e lazer é cada vez mais escasso, a várzea com seus campos de futebol surge como uma das opções para as populações simples. Os terrões, no fim, acabaram se transformando em verdadeiros símbolos de resistência frente à especulação imobiliária e ao desenvolvimento mal planejado das metrópoles.

No ABCD, os três campos de futebol de várzea do Parque São Vicente, em Mauá, chamam a atenção por peculiaridades.

Criado em meio aos eucaliptos plantados pela família Bozzato, o bairro teve sua planta urbana aprovada em 1963. O primeiro campo que surgiu ali, no início da década de 1970, hoje é ocupado pelo Esporte Clube União. Vizinho a ele foi criado o do Beira Rio e, por fim, do Paulistinha, do lendário e mítico Seu Tião, que aos 82 anos segue firme no comando de seu terrão.

“Plantei todas as árvores, consertei o campo, fiz vestiários, cuido da manutenção e só vou parar de fazer isso quando morrer”, promete Seu Tião.

Andando pela região que abriga as praças esportivas, a impressão é que se está em outro mundo, de um tempo distante. Os galos que andam por perto dos três campos, as barraquinhas improvisadas de bebida, a venda de geladinhos em isopor e os churrasquinhos de Vanusa Santos (leia mais abaixo), no bar do terrão do EC União, dão ao visitante uma sensação de um acolhimento ímpar e de aconchego que remete a um tempo que não existe mais.

“Estou trabalhando aqui há cinco anos e não tenho o que reclamar. As pessoas são boas, a clientela é fiel, trabalho com meu marido e tiramos o sustento de nossos dois filhos desse nosso trabalho”, descreve Vanusa.

Em um desses terrenos, Vila Assis e Jardim Camila se enfrentavam pela Copa Nevada, torneio preparatório para a temporada da várzea mauaense. No alto, em um espaço que funciona como um mezanino, Willians Lopes, presidente do União, recebeu a reportagem de ABCD MAIOR para falar sobre as atividades do time.

Contou que a ideia é manter o clube, procurando melhorias no campo, como um acabamento no mezanino, um trato nos vestiários, uma pintura para a fachada para, assim, poder oferecer um espaço aberto para a população local, ainda distante.

“O que acontece na verdade é que eles não chegam aqui porque não conhecem muito esse espaço. O Parque São Vicente é um bairro de classe média, as pessoas trabalham e têm sua vida social fora daqui. Nossa ideia é melhorar a casa para recebê-los e todo mundo que chegar.”

Por Marcelo Mendez - Diário Online
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