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DATA DA PUBLICAÇÃO 20/12/2011 | Geral
Três padres são condenados por pedofilia
Três padres são condenados por pedofilia  Os padres Luiz Marques, Edilson Duarte e Raimundo Gomes durante um dos dias de julgamento. Foto: AE
Os padres Luiz Marques, Edilson Duarte e Raimundo Gomes durante um dos dias de julgamento. Foto: AE
Integrantes da Igreja Católica em Arapiraca, Alagoas, ainda podem recorrer

O juiz João Luiz de Azevedo Lessa, da 1.ª Vara da Infância e da Juventude de Arapiraca, Alagoas, condenou três religiosos da Igreja Católica por crime de pedofilia. O monsenhor Luiz Marques Barbosa, de 83 anos, terá 21 anos de prisão; e o monsenhor Raimundo Gomes, 53, e o padre Edílson Duarte, 45 anos, foram condenados a 16 anos e quatro meses de prisão. A sentença foi proferida nesta segunda-feira (19/12).

Apesar da condenação, eles não foram presos. De acordo com o juiz, os religiosos são réus primários e cumpriram as determinações solicitadas pela Justiça. Após o recesso judiciário, os advogados dos religiosos serão notificados da decisão e terão cinco dias para recorrer da sentença.

A sentença só foi proferida depois de quase quatro meses do final do julgamento, que foi adiado várias vezes devido a pedidos de diligência e ausência de testemunhas.

Os padres foram investigados a partir de denúncias de ex-coroinhas que relataram casos de abuso sexual dos religiosos contra crianças e adolescentes, em março do ano passado. Um ex-coroinha, que afirma ter sido vítima do monsenhor Luiz Marques Barbosa, filmou às escondidas o sacerdote na cama com um outro coroinha, colega seu. As denúncias e o vídeo chocaram a cidade, a segunda maior de Alagoas, com população de 209 mil habitantes, a 150 quilômetros de Maceió.

O bispo da diocese regional de Penedo, que engloba Arapiraca, Dom Valério Breda, que, segundo as vítimas, tinha ciência de tudo o que se passava, afastou os religiosos dois dias depois da eclosão do escândalo. Ele prometeu esta terça-feira a divulgação de uma nota oficial da diocese sobre a condenação judicial.

De acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) à Justiça, figuram como vítimas de abuso dos religiosos Fabiano Silva Ferreira, de 21 anos, Cícero Flávio Vieira Barbosa, de 20, e Anderson Farias Silva, de 21. Eles foram os primeiros a serem ouvidos pelo juiz - que estava acompanhado do promotor do MPE, Alberto Tenório - durante o julgamento. Eles reafirmaram as denúncias de abuso quando eram menores de idade.

Nos autos do processo, as investigações apontaram que os padres prometiam vantagens econômicas aos coroinhas para ganhar a confiança deles e depois tirar proveito das vítimas. Em um dos depoimentos da acusação, o caminhoneiro João Ferreira, que trabalhava como motorista do monsenhor Barbosa, disse que o religioso era carinhoso com os coroinhas, mas só se deu conta de que abusava dos garotos depois de ver o vídeo. Os padres mantiveram a declaração de inocência.

Por ABCD Maior - Redação com Agências
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