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DATA DA PUBLICAÇÃO 12/02/2012 | Setecidades
Trecho Leste desmatará 120 hectares em Ribeirão
Trecho Leste desmatará 120 hectares em Ribeirão Área a ser desmatada em Ribeirão Pires, cidade inserida em 100% em área de manancial, inclui espécies de mata atlântica. Foto: Luciano Vicioni
Área a ser desmatada em Ribeirão Pires, cidade inserida em 100% em área de manancial, inclui espécies de mata atlântica. Foto: Luciano Vicioni
Área representa quase metade do desmatamento previsto nos 43,5 km desse trecho do Rodoanel

Para construir os 14,5 quilômetros do trecho Leste do Rodoanel em Ribeirão Pires, a SPMar, responsável pelas obras, estima que terá de suprimir 120 hectares de vegetação no município que está 100% em área de manancial. O valor representa 49% do desmatamento previsto para os 43,5 km do trecho Leste do anel viário, estimado em 245 hectares, e significa supressão de área equivalente a 120 campos de futebol.

Na lista de desmatamento estão plantas como pinheiros e eucaliptos, mas também vegetações características das várzeas e de espécies de Mata Atlântica como samambaias, bromélias e palmeiras. “Essa quantidade é absurda. Estávamos esperando nove ou dez hectares”, disse o ambientalista José Soares da Silva.

Para o secretário de Meio Ambiente e Saneamento Básico de Ribeirão Pires, Temístocles Cardoso Cristofaro, a SPMar apresentou a previsão de supressão vegetal de 88,6 hectares, sendo 45 hectares de espécies de Mata Atlântica e 35 hectares de pinheiros e eucaliptos, além de áreas de reflorestamento e floresta densa. “Qualquer fragmento de mata em Ribeirão Pires é Mata Atlântica, pois estamos no bioma. Mata Atlântica não significa somente árvores”, alertou.

Em nota, a concessionária SPMar explicou que o total de 120 hectares é uma estimativa e que a quantidade de áreas desmatadas na cidade e em todo o trecho deverá cair.

O cálculo de supressão é feito com base nos 200 metros de largura estipulados pelo DUP (Decreto de Utilidade Pública, faixa de terra por onde passam as pistas), mas o desmatamento só será necessário na faixa de domínio da via, que é de 130 metros.

De acordo com o diretor de engenharia da SPMar, José Alberto Bethonico, a concessionária está empenhada em realizar otimizações no traçado para diminuir os impactos ambientais e sociais. “Com a mudança do traçado da gruta Santa Luzia (Mauá) para a pedreira de Santa Clara (Ribeirão), por exemplo, trocamos uma área preservada por uma já degradada. E, apesar disso, vamos recuperar tudo o que já estava degradado, mesmo o que ocorreu antes da nossa intervenção”, assegurou.

Desapropriação caiu 40%

Entre edificações e equipamentos públicos, o edital da Dersa previa desapropriar 1.071 áreas para construir o trecho Leste. Desde que assumiu a concessão do trecho, a SPMar revelou que já diminuiu 40% do total das desapropriações, ao fazer alterações no traçado, dentro dos 200 metros estipulados pelo DUP (Decreto de Utilidade Pública). “Ainda não finalizamos o projeto executivo do trecho inteiro, mas a nossa meta é não ultrapassar 600 desapropriações”, destacou o diretor de engenharia da SPMar, José Alberto Bethonico.

No início, o ABCD teria 256 desapropriações entre Ribeirão Pires e Mauá. Hoje, de acordo com a SPMar, essa quantidade baixou para 62, sendo duas em Mauá e 60 em Ribeirão. Se o morador não aceitar o valor oferecido pela SPMar, a definição é dada por um juiz após avaliação realizada por dois peritos. “A SPMar não determina nada. Tudo é decidido no processo judicial. Sem a imissão de posse, feita pelo juiz, não podemos entrar e fazer a obra.”

Multa para a SPMar está em R$ 12 mil

De acordo com o vice-prefeito de Ribeirão Pires, Edinaldo de Menezes, o Dedé, a desobediência da concessionária SPMar, responsável por construir o trecho Leste do Rodoanel, em continuar com as obras, após o embargo expedido pela Prefeitura, rendeu multa de mais de R$ 12 mil à empresa. “Estamos buscando conversar, mas até agora não foi possível agendar uma reunião”, comentou Dedé.

A Administração paralisou parte das construções, na quarta-feira (01/02), alegando que a concessionária opera sem apresentar o Termo de Compromisso de Compensação Ambiental e o Certificado de Registro expedido pelo Ministério da Defesa e do Exército Brasileiro, que autoriza as explosões na Pedreira de Santa Clara, para construir um túnel.

A SPMar e a Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo), que regula a atividade, garantem ter todas as documentações exigidas por lei para a execução das obras e por isso as intervenções não serão paralisadas.

Por Claudia Mayara - ABCD Maior
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