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DATA DA PUBLICAÇÃO 12/03/2015 | Saúde e Ciência
Tratamento da USP promete cicatrizar e aliviar úlceras com maior agilidade
Apesar dos resultados positivos, a pesquisa ainda não está concluída.

Novo tratamento desenvolvido em São Carlos, SP, busca ajudar população.


Um novo tratamento desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP) de São Carlos (SP) pode ajudar pessoas com problemas de circulação e com feridas nas pernas. A técnica cicatriza as lesões mais rapidamente e alivia as dores de quem sofre com o problema. Apesar dos resultados positivos, a pesquisa ainda não está concluída.

Feridas abertas e de difícil cicatrização são mais comuns em idosos e aparecem com a má circulação do sangue na área das pernas. “Aquele sangue que chegou à periferia do corpo para fazer a circulação tem dificuldade de sair daquela região da perna e voltar para o caminho até o coração. Isso promove uma dilatação dessas veias, varizes e a possibilidade de você formar uma ferida que vai manter-se aberta como uma úlcera”, explicou o clínico geral José Cesar Briganti.

Um grupo de pesquisadores da USP desenvolveu um tratamento que tem auxiliado pacientes com úlceras como essas. A novidade é a combinação de três elementos que já existiam, mas ainda não haviam sido utilizados de forma combinada. Um laser azul ajuda na limpeza do ferimento infeccionado, enquanto uma luz vermelha age na circulação e, por fim, uma pele artificial é colocada e reconstitui a lesão.

“Essas feridas, por estarem abertas, são portas de entrada para bactérias e podem infectar, o que acontece com a maioria porque levam muito tempo para a cicatrização. Nesses casos é contraindicado a laserterapia que fecharia essas feridas, já que acelera tanto o processo de cicatrização quanto a proliferação de bactérias no local. A combinação de técnicas é justamente para isso, desinfetar a ferida para depois fechá-la. Existem tratamentos alternativos e que estão no mercado, mas são caros e levam um tempo muito grande para serem realizados. Em geral, isso pode levar anos para ser cicatrizado. Existem úlceras que levam de 3 a 30 anos para serem fechadas”, explicou a pesquisadora Vitória Maciel.

A pesquisadora conta que o tratamento deve ser disponibilizado ao público em breve. “A ideia é que depois desse piloto, com esses pacientes iniciais, passar para as úlceras diabéticas e depois disso há sempre uma parceria existente entre a universidade, os alunos e as empresas. Dessa forma, conseguiremos disponibilizar o que há de melhor em tecnologia para a população”, disse.

Lesões
Há 30 anos, a aposentada Maria Eunice Garcia tem úlceras e já operou as varizes, mas mesmo assim os ferimentos voltaram. Os machucados sempre inflamavam e a mulher dependia de antibióticos. Após iniciar o tratamento, a situação mudou. “Não preciso mais tomar antibióticos, quando ficava em pé as pernas balançavam e doíam e agora não doem mais”, disse.

O aposentado Orlando Formenton também sofre do problema, mas deve ser liberado em breve após terminar o tratamento. Há dois anos ele possui úlceras em ambas as pernas. Hoje, a lesão é menor e em cerca de um mês já deve estar cicatrizada. O homem se emociona ao lembrar do quanto já sofreu por causa da situação. “Era tanta queimação que eu tinha eu não agüentava, chorava mesmo, mas estão com aviso prévio, as duas feridas”, afirmou.

Por G1 - São Carlos e Araraquara
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