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DATA DA PUBLICAÇÃO 28/03/2011 | Saúde e Ciência
Transtorno de ansiedade se manifesta na infância e pode destruir vida adulta
A menina Talia tem apenas 9 anos, é cheia de amigas e adora ouvir rock, mas ela morre de medo de água, tanto que evita festinhas à beira da piscina. Outro garoto, George, tem 12 anos e se sente muito sozinho. Apesar de conversar com os pais, não consegue socializar com mais ninguém e isso tem preocupado sua família. Laís, de 7 anos não consegue viver mais longe de sua mãe e nem aceita mais dormir na casa do pai (eles se separaram). Já Caio, de 10 anos, se preocupa com tudo e vive com medo, e sempre que encosta em um objeto que pode lhe transmitir germes, corre para o banheiro para lavar as mãos intensamente.

Ansiedade atinge crianças e prejudica vida adulta
Todos esses casos e sintomas são exemplos de ansiedade exagerada. A ansiedade é algo normal e faz parte da vida de todas as crianças e, como visto, ela pode assumir diversas formas. O grande problema, contudo, é quando o transtorno atrapalha a vida da criança a ponto de isolá-la do mundo por conta de sua fobia. No livro "Transtorno da Ansiedade na Infância", quatro especialistas descrevem e debatem estratégias que podem ser usadas para ajudar crianças a controlarem seus medos.

"Em alguns casos, a ansiedade na infância pode marcar o início de uma vida de angústias e tormentos que, nos casos mais graves pode levar a problemas mais sérios, como uso de drogas e álcool, depressão e até mesmo suicídio", escrevem. O livro orienta os pais a ajudarem seus filhos que, dependendo do caso, devem também contar com o auxílio de um profissional, seja um psicanalista, pedagogo ou clínicos gerais.

Muitos exercícios e questionários complementam a obra e estimulam as crianças a entender o próprio problema e compreender como a ansiedade as priva de muitas atividades prazerosas da vida, como simplesmente ir a um aniversário. "Transtorno da Ansiedade na Infância" também apresenta a teoria aplicada na prática, e mostra o desdobramento dos sintomas descritos no primeiro parágrafo.

Por mais que seja sempre dito, vale repetir. Cada caso é único e condiz com a personalidade e o meio social em que a criança vive. Mas, isso não impede que semelhanças possam ser encontradas em diferentes casos e, pelo menos, servir como uma primeira orientação para pais ainda desorientados e desinformados sobre os comportamentos incomuns, porém tratáveis, dos filhos.

Leia trecho.

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Como Ansiedade Infantil se Manifesta?

Todo mundo é único e não há duas crianças ansiosas que se comportem exatamente da mesma maneira. Existem, porém, amplas semelhanças que podemos descrever.

Quando sente ansiedade, a criança geralmente percebe três efeitos diferentes. Em primeiro lugar, a ansiedade é vivida em seus processos mentais e pensamentos. A criança ansiosa terá pensamentos que giram em torno de algum tipo de perigo ou ameaça: podem viver com medo de se machucar, de que alguém próximo a elas se machuque ou de ser motivo de risos. Em segundo lugar, a ansiedade é experimentada em um plano físico, em seu corpo.

Quando uma criança se torna ansiosa, seu corpo se torna mais empertigado, mais alerta. Os pesquisadores frequentemente se referem a esse fenômeno como resposta
"luta ou fuga", porque ele serve para proteger a pessoa, preparando-a para lutar ou fugir do perigo em potencial. A reação de luta ou fuga envolve mudanças tais como aumento da frequência cardíaca, respiração, transpiração e náusea.

Por conseguinte, quando apreensiva, a criança ansiosa pode queixar-se de dor de estômago, de dor de cabeça, pode vomitar, ter diarreia ou fadiga. Em terceiro lugar, e provavelmente o mais importante, a ansiedade afeta o comportamento da criança. Em situações que a deixam ansiosa, ela pode ficar nervosa, sentir as pernas bambas, chorar, agarrar-se a adultos ou ficar trêmula.

Não podemos deixar de mencionar que a ansiedade quase sempre envolve algum tipo de fuga. Pode tratar-se de uma fuga óbvia (recusar-se a levar o lixo para fora de casa quando está escuro, por exemplo), assim como pode envolver manifestações mais sutis (ficar cuidando o tempo todo da música, em uma festa, para não ter de conversar com ninguém, por exemplo).

O grau de ansiedade varia muito de uma para outra criança. Certas crianças têm medo apenas de uma ou duas coisas. Pode ser, por exemplo, que uma criança seja habitualmente segura e extrovertida, mas tenha medo de dormir de luz apagada. Na outra ponta do espectro, algumas crianças podem afligir-se com muitas áreas da vida e parecer sempre nervosas e sensíveis. Pode acontecer, por exemplo, de a criança ficar muito apreensiva diante de qualquer situação nova, ter medo de conhecer outras crianças, ter medo de cachorros, de aranhas e do escuro, ou ficar muito intranquila quando os pais saem à noite.

Por Livraria da Folha
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