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DATA DA PUBLICAÇÃO 17/01/2014 | Tecnologia
''Transmissão de vídeo em 4K será exclusiva da web'', diz CEO do Netflix
Serviço de vídeo por streaming estreia conteúdo no formato em fevereiro.

Ao G1, Reed Hastings disse que Brasil é um dos principais mercados.


Quem se encontra com Reed Hastings, fundador e presidente do Netflix, não imagina que por trás da simplicidade do executivo – cujo salário aumentará em 2014, de US$ 2 milhões para US$ 3 milhões anuais – está um dos responsáveis por uma revolução no mercado de entretenimento na internet, com mais de 40 milhões de usuários.

Tal posição no setor de tecnologia e de entretenimento permitiu que Hastings, em entrevista ao G1 durante a feira Consumer Electronics Show (CES) 2014, em Las Vegas (EUA), tentasse prever não só o futuro do serviço de filmes e séries por streaming que criou, mas também o que podemos esperar do conteúdo oferecido pela internet.

O assunto principal da conversa com o executivo foi a transmissão de conteúdo com resolução 4K, a chamada ultra-alta definição (UHD), anunciada pelo Netflix na feira. TVs 4K da Sony e da LG virão com o aplicativo do serviço para assistir filmes e séries nessa qualidade. A tecnologia 4K tem resolução quatro vezes maior do que as TVs Full HD atuais.

O lançamento da segunda temporada de 'House of Cards', previsto para 14 de fevereiro, marca a estreia do conteúdo em 4K no Netflix. A qualidade visual estará disponível em todos os países em que o serviço opera. Os usuários precisam ter uma TV 4K e uma conexão de internet banda larga de, no minimo, 15 Mbps. Os filmes que apresentarem resolução UHD terão um selo especial (veja na foto acima).

Hastings afirma que a transmissão de conteúdo 4K se dará exclusivamente pela internet. "Em 20 anos saímos da resolução padrão das TVs, entramos na alta definição e, agora, estamos na UHD. A imagem só melhorou e isso foi ótimo. Com o 4K teremos o primeiro canal de conteúdo que é 'exclusivo pela internet'", explica.

O Netflix estreia a resolução UHD em fevereiro com a segunda temporada da série "House of Cards". Todos os episódios foram filmados no formato com câmeras especiais, e a alta qualidade permite ver as cenas com maiores detalhes: fios de cabelo, rugas, tonalidades da pele, gotas da chuva, ranhuras das folhas, tudo é visível em uma grande tela 4K.

"O conteúdo 4K será inteiramente entregue pela web, por streaming. Não será entregue via antena, via cabo ou Blu-ray. Estamos na época em que a internet é o principal mecanismo de entrega de conteúdo. Para os consumidores, a internet é onde estará a melhor qualidade de conteúdo e de vídeo", disse.

Hastings conta que o Netflix em UHD exige uma conexão de internet com no mínimo 15 Mbps e que em qualquer lugar do mundo será possível visualizar as imagens nessa resolução: basta ter uma TV 4K, a conexão exigida e uma assinatura do serviço. Quem não tem um televisor UHD poderá visualizar as imagens em Full HD ou inferior, como acontece atualmente. "Com o padrão mundial da internet, não há bloqueios de região para o acesso ao conteúdo 4K", disse.

Brasil e conteúdo próprio
O país recebeu o Netflix em 2011 e em pouco mais de dois anos se tornou um dos principais mercados para a empresa, segundo Hastings. "O Brasil tem um crescimento muito expressivo no número de pessoas com PC e acesso à internet. É uma das regiões que mais rapidamente cresceram no mundo em número de usuários. Com esse crescimento, conseguimos aumentar a quantidade e a qualidade do conteúdo oferecido aos brasileiros no Netflix".

O executivo aponta que esse incremento de oferta, com filmes e séries mais recentes e mais conhecidas do público, ajudou no aumento de usuários no Brasil.

A base instalada é suficiente para que o Netflix invista mais em conteúdo próprio, inclusive com produções no Brasil. Os filmes e séries originais do serviço deram certo em 2013 com "House of Cards" e "Orange is the New Black" e o resultado, segundo o executivo, foi muito positivo. "Foi tão bom que em 2014 estamos mais do que dobrando o investimento em conteúdo original. Estamos criando uma nova expansão global dos programas e, se nos sairmos bem esse ano, em 2015 investiremos mais na área".

No caso da produção original do Netflix gravada no Brasil, o conteúdo seria, inicialmente, para o mercado local. Entretanto, caso obtenha sucesso, ele poderá ser "exportado" para o restante do mundo com legendas e dublagens.

Por Gustavo Petró - G1, em São Paulo
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