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DATA DA PUBLICAÇÃO 28/06/2016 | Setecidades
Trânsito mata um a cada dois dias
Trânsito mata um a cada dois dias Foto de Divulgação - DGABC
Foto de Divulgação - DGABC
Acidentes de trânsito são responsáveis por matar uma pessoa a cada dois dias no Grande ABC, segundo levantamento feito pelo Infosiga (Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo). Somente entre janeiro a maio deste ano, houve 89 óbitos no sistema viário da região.

Embora o número de mortes tenha apresentado queda de 11,88% em relação ao mesmo período de 2015, quando foram registrados 101 óbitos, especialista ouvido pelo Diário classifica o índice como ‘assustador’.

“É um número muito expressivo. Parece que nossos motoristas só aprendem a fazer o carro andar, não a dirigir e respeitar as leis de trânsito como deve ser”, diz o chefe do departamento de medicina de tráfego da Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego), Dirceu Rodrigues Alves Júnior.

Conforme o levantamento, pedestres e motociclistas continuam a ser os mais vulneráveis no sistema viário. Das 89 vítimas fatais registradas na região neste ano, 34 eram motoqueiros e 32, transeuntes.

“A nossa Educação de trânsito está cada vez mais falha. Os dados evidenciam isso quando você nota que não há respeito ao outro dentro do sistema viário, principalmente aos mais vulneráveis”, avalia o especialista.

Os dados do Infosiga mostram que os atropelamentos lideram o ranking de ocorrências no Grande ABC. Nos cinco primeiros meses foram 35 chamados do tipo, seguido por colisão, com 27 casos.

Apesar de as prefeituras da região investirem na implantação de ações educativas, tais como a campanha Travessia Segura, a queda pouca expressiva dos indicadores preocupa o especialista. “É bem provável o País chegue daqui a quatro anos sem atingir a meta da ONU (Organização das Nações Unidas) de reduzir em 50% o número de óbitos por acidentes de trânsito entre 2010 e 2020. Acho que, no máximo, o Brasil alcançará a metade desse índice.”

CRÍTICAS - Na avaliação de usuários, o alto índice de mortes no trânsito poderia ser reduzido caso houvesse investimento maior das prefeituras na estrutura do sistema viário. “Pode até ter motoristas ruins, mas também não podemos esquecer que muita coisa poderia ser melhorada. Muitas placas estão encobertas por árvores, o tempo dos semáforos de pedestres é muito curto para idosos atravessarem. Tudo isso precisa ser revisto pelos prefeitos”, relata o vendedor Marcelo Nóbrega, 36 anos.

Para a ciclista Adriana Souto Duarte, 27, a ausência de integração entre modais também precisa ser repensada. “As pessoas só nos respeitarão, e aos pedestres, quando existir Educação mais eficiente e sinalização decente”, desabafa.

Segundo Dirceu, além de melhorias na Educação, é necessária ainda punição mais rígida para reverter esse cenário. “O motorista precisa sentir no bolso para respeitar mais.”

Polícia Civil investiga acidente em São Bernardo

A previsão da Polícia Civil é que o inquérito policial que investiga o acidente automotivo fatal que matou Sérgio Santo Magri Júnior, 21 anos, no Centro de São Bernardo, seja concluído no prazo de 30 dias. O outro veículo envolvido foi uma viatura do Departamento de Trânsito da Prefeitura, na madrugada de sábado.

Conforme o delegado titular do 1º DP (Centro), Aloízio Pires de Araújo, testemunhas ainda estão sendo ouvidas. Na tarde de ontem, o amigo da vítima, que estava no banco do passageiro, foi ouvido e reafirmou a versão de que o motorista do Trânsito estava em alta velocidade, com o giroflex desligado e ultrapassou farol vermelho. “Solicitamos as imagens das câmeras de Segurança e ainda falta ouvir o motorista da Prefeitura”, disse.

Na tarde de ontem, a família da vítima compareceu à delegacia para retirar o carro de Magri Júnior, que foi liberado. “Tudo isso que estamos passando é muito triste. Ele tinha saído da faculdade, terminou uma prova e foi buscar o amigo para comer um lanche. Esse acidente não só tirou a vida dele, mas destruiu a de toda a nossa família”, disse a mãe, Telma Vargas Garcia, 49.

Magri Júnior era aluno do 1º ano do curso de Administração na FSA (Fundação Santo André). Ele deixou um irmão mais novo e duas irmãs mais velhas. “Fiquei indignado pela forma como tudo isso aconteceu. O agente estava em alta velocidade e as testemunhas estão confirmando isso”. disse o pai da vítima, Sérgio Santo Magri, 54.

“Hoje cheguei aqui às 9h e parei com o meu carro em um local proibido, mas não vi nenhuma sinalização. Tomei uma multa, o que é certo. Só espero que o Departamento de Trânsito mostre essa mesma eficiência na apuração do caso do meu sobrinho”, disse o tio do rapaz, Marino Mastrodonato, 57.

Segundo a mãe, Magri Júnior era um menino tranquilo e que pensava na família. “Todo dia ele entrava no quarto do irmão de 11 anos quando chegava da faculdade. Agora meu filho não vai ter mais isso. Não quero indenização nem que ninguém me procure, a única coisa que quero é justiça.”

Questionada sobre o assunto, a administração municipal informou, por meio da Secretaria de Transportes e Vias Públicas, que o funcionário está suspenso das atividades até a conclusão da causa do acidente. “A Prefeitura está apurando o que ocorreu e aguarda laudo técnico da Polícia Civil. O motorista da viatura, que teve ferimentos leves, estava em serviço no momento do acidente”, disse, em nota.

Por Daniel Macário e Yara Ferraz - Diário do Grande ABC
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