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DATA DA PUBLICAÇÃO 20/06/2014 | Setecidades
Tradições marcam dia de Corpus Christi
 Tradições marcam dia de Corpus Christi Foto: André Henriques/DGABC
Foto: André Henriques/DGABC
Nem mesmo o frio e a garoa foram capazes de desanimar os fiéis da região. O feriado de ontem foi dia de celebrar Corpus Christi, o sacramento da eucaristia, considerada pelos católicos o corpo e sangue de Cristo. Paróquias das sete cidades realizaram missas e algumas delas seguiram a antiga tradição de sair em procissão por tapetes coloridos feitos com serragem.

Em Ribeirão Pires, cerca de 300 fiéis das 16 pastorais da Paróquia São José, no Centro Alto, enfrentaram o mau tempo para a confecção de tapete com 800 metros de comprimento em torno da igreja. Além da serragem para colorir os desenhos, foi preciso blusa e capuz para fugir do vento e da garoa que atingiram a cidade na manhã de ontem.

No entanto, nenhum fator climático foi capaz de atrapalhar a expressão da fé, garante a auxiliar de desenvolvimento infantil Fátima Barbosa, 53 anos. “É até melhor que estar debaixo do sol forte”, considera a frequentadora da comunidade há cerca de 30 anos.

Para o padre Nivaldo Feliciano Silva, a participação da comunidade é representação do significado da data. “É a festa da unidade e que chama atenção para o mandamento do amor dado ao cristão, que é amar ao próximo como a si mesmo”, destaca. A missa, seguida de procissão, teve início às 15h.

Na também chamada Paróquia São José, no bairro Baeta Neves, em São Bernardo, houve mudança de planos. A confecção do tapete, que seria realizada no entorno da igreja, foi transferida para área coberta. A festa ocorre há dois anos, afirma o padre Jadílson da Silva. “O principal é reunir a comunidade e esse dia mostra o sentido da unidade no corpo de Cristo”, ressalta.

Uma das cerca de 100 pessoas que executaram a tarefa de montar caminho com símbolos litúrgicos foi a dona de casa Neide Dario, 70, ministra da Paróquia São José. “Participar é uma lavagem mental. A gente aprende a partilhar com os irmãos”, destaca. Após a elaboração do tapete, a comunidade participou de missa às 17h30 e procissão.

MISSA
Por volta das 10h, fiéis das 12 paróquias de Santo André se encontraram, após procissão, para missa campal na Praça do Carmo, celebrada pelo bispo dom Nelson Westrupp. Cerca de 2.000 pessoas acompanharam a celebração com bandeiras coloridas e guarda-chuva, caso da dona de casa Aparecida dos Santos, 48. Ela saiu em procissão às 8h da Paróquia Jesus Bom Pastor, no Jardim Bom Pastor. “É um dia de mostrar que sem Deus não somos nada e que precisamos de paz.”

Celebração secular reúne gerações de fiéis

Apesar de ter sido instituída em 1264 pelo papa Urbano IV, a festa de Corpus Christi só passou a integrar o calendário religioso brasileiro em 1961. Já a tradição de enfeitar as ruas surgiu em Ouro Preto, cidade histórica de Minas Gerais e, desde então, a montagem dos tapetes é marcada pela reunião de pessoas de várias gerações em prol do mesmo objetivo: homenagear o Criador do mundo, segundo a fé católica.

A administradora Tatiane Ricci, 32, participou da confecção do tapete de serragem na Paróquia São José, em Ribeirão Pires, graças à filha Stella, 11. A menina está entre os participantes da catequese da igreja e fez questão de acordar cedo, mesmo com frio e garoa. “Estou achando legal e vou querer participar todo ano”, diz a garota. Para a mãe, o momento é importante porque permite conhecer melhor os companheiros de comunidade. “Geralmente a gente só se vê com rapidez na missa, mas hoje (ontem) podemos conversar melhor.”

O primeiro a chegar à paróquia do Centro Alto de Ribeirão foi o projetista Jorge Paulo da Silva, 42. Isso porque ele foi o responsável pela elaboração dos desenhos do tapete, que remetem à santa ceia, pelo terceiro ano consecutivo. “Minha família participa e o pessoal também ajuda com ideias para as imagens”, comenta.

A convite da sobrinha, a estagiária em pedagogia Thaís Trindade, 20, a professora e historiadora Alzeni de Oliveira Leão, 53, saiu de Mauá, onde mora, para ajudar nos preparativos para a festa da Paróquia São José, em São Bernardo. “Estou achando bonito esse momento de comunhão, todos trabalhando juntos e mostrando que a união faz a força, além de ser um resgate cultural”, opina.

Por Natália Fernandjes - Diário do Grande ABC
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