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DATA DA PUBLICAÇÃO 18/07/2013 | Economia
Trabalhadores realizam protesto na Solvay Indupa
Trabalhadores realizam protesto na Solvay Indupa Trabalhadores se uniram para cobrar respostas sobre a venda da empresa. Foto: Adonis Guerra.
Trabalhadores se uniram para cobrar respostas sobre a venda da empresa. Foto: Adonis Guerra.
Incertezas sobre a venda da empresa foi o motivo da paralisação em Santo André.

A rede de trabalhadores da Solvay do Mercosul realizou uma assembleia na manhã desta quarta-feira ( 17/07) em frente a unidade da Solvay Indupa de Santo André. O motivo é a incerteza sobre o futuro da unidade. O anúncio de venda da fábrica há cinco meses preocupa os trabalhadores e por isso os sindicatos dos químicos do ABC, Osasco, Bahia e Argentina se uniram para cobrar respostas.

O Grupo Solvay anunciou no dia 14 de fevereiro deste ano que irá vender sua participação na Solvay Indupa. A companhia tem fábricas em Santo André e no Polo Petroquímico de Baía Blanca, na Argentina. A companhia atua no segmento de soda cáustica e PVC e a principal concorrente é a Braskem. Atualmente a empresa tem cerca de 700 trabalhadores nas duas plantas, sendo 360 na unidade do ABCD.

De acordo com o secretário de administração e finanças do Sindicato dos Químicos do ABC, Juvenil Nunes da Costa, a falta de diálogo sobre o futuro da unidade preocupa a categoria. “Há cinco meses aguardamos respostas. Não sabemos se há o interesse da Braskem comprar a unidade e, se o fizer, irá manter os empregos. E se não houver comprador, tememos o fechamento da fábrica. Essas incertezas prejudicam o rendimento no local de trabalho e no ambiente familiar, por isso cobramos uma resposta”.

Na manhã desta quarta-feira o Sindicato dos Trabalhadores Químicos do ABC trancou com correntes os portões da empresa e com isso adiou o horário de entrada dos funcionários e de entrega de materiais até as 9h30. Trabalhadores diretos e indiretos ouviram atentamente o discurso dos sindicalistas da rede.

Para o dirigente sindical da categoria na Argentina, Marcelo Faiacco, é fundamental a união dos trabalhadores para pressionar a empresa. “ Esta já é a quarta assembleia nesta unidade, e já realizamos diversas outras na unidade da Argentina. As incertezas travam a vida do trabalhador e até aumenta o risco de acidentes nas fábricas. Precisamos que a grande cúpula da Solvay nos atenda e relate a verdade”. Faiacco atua há 26 anos na unidade de Baía Blanca.

O protesto nesta manhã foi uma das ações da rede de trabalhadores da Solvay do Mercosul. O grupo é composto por cerca de 15 representantes de cinco sindicatos. Os dirigentes participam da 8º encontro anual da rede, em São Bernardo nesta semana.

O grupo foi organizado para discutir os assuntos em comum dos trabalhadores das plantas no Mercosul como melhorias nos postos de trabalho, diminuir a terceirização, entre outros. O tema desta edição é a venda da Solvay Indupa. Por isso, foi elaborada uma carta para a empresa e realizada uma assembleia. Após o ato os dirigentes participaram de uma reunião com representantes da unidade do ABCD da empresa.

De acordo com a assessoria de imprensa do Grupo Solvay não há novidades sobre o processo de venda da Solvay Indupa.

Já a Braskem informou através da assessoria de imprensa sobre os rumores de possibilidade de compra da Solvay Indupa que: " A Braskem monitora permanentemente o mercado em busca de oportunidades para criação de valor, mas não tem nenhum comunicado a fazer sobre esse assunto no momento”.

Sobre a empresa

A Indupa foi fundada na Argentina em 1948. No início da década de 1990 a companhia foi privatizada e um consórcio de empresas a adquiriu. Em 1996, o Grupo Solvay comprou 51% das ações da Indupa dando origem ao novo nome Solvay Indupa.

Já no Brasil Solvay chegou em 1941, instalando-se no município de Santo André, com o nome de Indústrias Químicas Eletro Cloro. Ela fica na vila conhecida como Elclor, após Rio Grande da Serra e antes de Paranapiacaba, numa região conhecida como corredor polonês.

A primeira fábrica produzia soda cáustica, cloro e hipoclorito de sódio. Dentro da filosofia de diversificar suas atividades, a produção de PVC se iniciou em 1956, a de compostos de PVC em 1958 e a de polietileno de alta densidade em 1962.

Por Michelly Cyrillo - ABCD Maior
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