NOTÍCIA ANTERIOR
Bic vai demitir 600 funcionários nos EUA e na Europa
PRÓXIMA NOTÍCIA
Químicos reduzem jornada semanal para 40 horas
DATA DA PUBLICAÇÃO 23/04/2009 | Economia
Trabalhadores protestam contra fabricante de tintas Akzo
Trabalhadores da fabricante de tintas Akzo Nobel fizeram ontem manifestações em frente das unidades fabris da empresa em São Bernardo, em São Paulo (no km 18,5 da Rodovia Raposo Tavares) e em São Roque (no interior do Estado).

O objetivo foi protestar contra a decisão da companhia de fechar a fábrica na Capital, demitir os funcionários dessa filial (318 pessoas) e transferir toda a produção para as instalações da Tintas Coral em Mauá.

A Tintas Coral pertencia ao grupo inglês ICI, que foi adquirido pela holandesa Akzo Nobel no ano passado.

A transferência foi considerada arbitrária pelos sindicalistas. Isso porque, segundo coordenador do Comitê Nacional de Trabalhadores da fabricante, Sérgio Carasso, o anúncio das demissões foi feito sem que houvesse a abertura de negociação com os sindicatos. "A empresa abriu um PDV (Programa de Demissões Voluntárias) sem benefícios", acrescenta.

Em relação ao PDV, a companhia contesta que não haverá pacote de benefícios e informa que serão estudados, em conjunto com os sindicatos de trabalhadores, os incentivos que serão oferecidos aos empregados que decidirem se desligar dessa filial. E os cortes não serão imediatos. A área de tintas e vernizes será transferida até o fim do ano e a de resinas, até meados de 2010.

A Akzo comunica ainda que, após a aquisição da ICI, foi iniciada série de estudos para otimizar recursos disponíveis. A avaliação foi de que a companhia ficou com duas unidades muito próximas no mesmo segmento - na Raposo Tavares estão as marcas Wanda e Ypiranga, de tintas decorativas e em Mauá, a Coral. Em São Bernardo, a empresa também tem planta fabril, mas de repintura automotiva.

A escolha do Grande ABC para concentrar a atividade se deveu, entre outros fatores, à área dessa filial - são 1 milhão de m² -, o que daria melhores condições de receber linhas de produção adicionais.

Carasso afirma ainda que a indústria de tintas está rompendo contratos de temporários na unidade de Mauá. Segundo ele, há 120 empregados nessa situação, além dos 600 efetivos.

A Akzo nega que haja rompimento de contratos. Segundo a empresa, nem mesmo há 120 pessoas atuando por prazo determinado no local.

Setor - Depois de registrar, em 2008, crescimento recorde, de 7% frente a 2007, o setor nacional de tintas observa desempenho bem mais fraco neste ano.

A crise financeira internacional, que gerou queda nas vendas de automóveis e também de imóveis, encolheu o faturamento no primeiro trimestre. "Calculamos que (o faturamento do setor) ficou cerca de 10% abaixo do mesmo período do ano passado", estima o assessor da diretoria do Sitivesp (Sindicato das Indústrias de Tintas e Vernizes do Estado de São Paulo), Airton Sicolin.

A projeção para o ano todo é de que o segmento deverá girar entre crescimento zero a uma alta de 2%. "A redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para tintas base água pode impulsionar as vendas", avalia o assessor.

Por Leone Farias - Diário do Grande ABC
Assine nosso Feed RSS
Últimas Notícias Gerais - Clique Aqui
As últimas | Economia
25/09/2018 | Operação mira sonegação de R$ 100 mi de grupos cervejeiros e cerca Proibida
25/09/2018 | Greve na Argentina cancela voos no Brasil nesta terça-feira
25/09/2018 | Demanda por GNV aumenta até 350% após alta na gasolina
As mais lidas de Economia
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda
Mauá Virtual
O Guia Virtual da Cidade

Todos os direitos reservados - 2024 - Desde 2003 à 7717 dias no ar.