DATA DA PUBLICAÇÃO 17/05/2017 | Cidade
Trabalhadores protestam contra demissões na Tupy
Na manhã de ontem, o Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá se reuniu com representantes da Fundição Tupy para falar sobre as 500 demissões feitas desde segunda-feira na planta de Mauá – 67% dos 750 funcionários. Segundo o secretário-geral da entidade, Sivaldo Pereira, o Espirro, “a empresa estava disposta a discutir pacotes de demissões, mas o nosso pleito é reverter as dispensas e, só depois, negociar alternativas”. No entanto, a metalúrgica mostrou-se irredutível, e o sindicato suspendeu a negociação.
Em torno de 300 trabalhadores estavam reunidos em frente à fábrica, bloqueando a Avenida Padre Manoel da Nóbrega desde as 8h30, porém, após o fim da reunião, iniciaram caminhada para fechar a alça de acesso do Rodoanel em Mauá.
A PM (Polícia Militar) foi acionada e os cerca de 170 funcionários tentaram negociar a liberação parcial da via, mas os policiais exigiram a desobstrução total e iniciou-se bate-boca, fazendo necessário o uso de bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral por parte da PM. As duas pistas foram liberadas por volta das 13h30.
Após a confusão, os manifestantes partiram em direção à Prefeitura de Mauá, onde o sindicato conversou com o prefeito da cidade, Atila Jacomussi (PSB). “A Prefeitura mostrou apoio e comprometeu-se a fazer contato com a direção da empresa e com o governo para negociação”, disse Espirro.
Em nota, o Paço afirmou ter “responsabilidade em defender postos de trabalho e os trabalhadores” da cidade. “Se tiver de criar leis de incentivo fiscal, vamos criar. Queremos dialogar com Tupy”, com o objetivo de “proteger e lutar pela manutenção desses empregos”.
Por volta das 16h de ontem, os trabalhadores iniciaram acampamento em frente à fábrica. “Nós vamos fazer essa vigília até a Tupy fazer proposta razoável, e se ela não aceitar negociar, iremos acampar na sede, em Joinville (Santa Catarina). O que a empresa fez foi uma sacanagem”, avisou Espirro.
A Fundição Tupy, também em nota, garantiu que “segue negociando com o sindicato, buscando encontrar solução adequada para as questões colocadas pelos trabalhadores e a realidade de mercado que a empresa está enfrentando”.
Desde segunda, cerca de 500 funcionários, dos 750, receberam telegrama de demissão. Eles estavam em férias coletivas desde o dia 2 e retornariam ao trabalho no dia 22. “Mandar telegrama é igual terminar com a namorada por telefone”, comenta o diretor do sindicato, Gil Baiano. Francisco José Batista, que completaria 22 anos na empresa ontem, recebeu um SMS da Tupy, dizendo: “A empresa enviou comunicado importante hoje. Caso não receba a carta em sua residência, haverá novas tentativas de entrega amanhã (ontem) e quarta-feira (hoje)”.
Dezenas de dispensados possuem restrição médica
Dezenas de funcionários da Fundição Tupy, em Mauá, com alguma restrição médica, receberam telegrama com o aviso de demissão. É o caso de Arlindo Ferreira, que perdeu o movimento da mão direita quando estava lixando bloco de caminhões. “Não tenho como conseguir outro emprego”, afirmou ele, que atuou por cinco anos como operador de fundição.
Na mesma função e há sete anos e meio na metalúrgica, Reginaldo Baptista passou por duas cirurgias – uma no joelho e outra no ombro. “Desenvolvi três hérnias de disco por causa do excesso de trabalho.”
O secretário-geral da entidade, Sivaldo Pereira, o Espirro, lembra que o objetivo é reverter todas as demissões e, por este motivo, aqueles que possuem alguma sequela causada pelo alto risco do trabalho não serão prejudicados.
Segundo informações dos trabalhadores, a Tupy já havia ameaçado fechar a filial de Mauá por ter gastos maiores como salários, benefícios e custos com importação do que em Joinville.
Outro dado é que a metalúrgica estaria montando filial no México com 5.000 empregos no local, onde o regime trabalhista do país seria mais brando.
(Colaborou Mikael Schumacher)
Em torno de 300 trabalhadores estavam reunidos em frente à fábrica, bloqueando a Avenida Padre Manoel da Nóbrega desde as 8h30, porém, após o fim da reunião, iniciaram caminhada para fechar a alça de acesso do Rodoanel em Mauá.
A PM (Polícia Militar) foi acionada e os cerca de 170 funcionários tentaram negociar a liberação parcial da via, mas os policiais exigiram a desobstrução total e iniciou-se bate-boca, fazendo necessário o uso de bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral por parte da PM. As duas pistas foram liberadas por volta das 13h30.
Após a confusão, os manifestantes partiram em direção à Prefeitura de Mauá, onde o sindicato conversou com o prefeito da cidade, Atila Jacomussi (PSB). “A Prefeitura mostrou apoio e comprometeu-se a fazer contato com a direção da empresa e com o governo para negociação”, disse Espirro.
Em nota, o Paço afirmou ter “responsabilidade em defender postos de trabalho e os trabalhadores” da cidade. “Se tiver de criar leis de incentivo fiscal, vamos criar. Queremos dialogar com Tupy”, com o objetivo de “proteger e lutar pela manutenção desses empregos”.
Por volta das 16h de ontem, os trabalhadores iniciaram acampamento em frente à fábrica. “Nós vamos fazer essa vigília até a Tupy fazer proposta razoável, e se ela não aceitar negociar, iremos acampar na sede, em Joinville (Santa Catarina). O que a empresa fez foi uma sacanagem”, avisou Espirro.
A Fundição Tupy, também em nota, garantiu que “segue negociando com o sindicato, buscando encontrar solução adequada para as questões colocadas pelos trabalhadores e a realidade de mercado que a empresa está enfrentando”.
Desde segunda, cerca de 500 funcionários, dos 750, receberam telegrama de demissão. Eles estavam em férias coletivas desde o dia 2 e retornariam ao trabalho no dia 22. “Mandar telegrama é igual terminar com a namorada por telefone”, comenta o diretor do sindicato, Gil Baiano. Francisco José Batista, que completaria 22 anos na empresa ontem, recebeu um SMS da Tupy, dizendo: “A empresa enviou comunicado importante hoje. Caso não receba a carta em sua residência, haverá novas tentativas de entrega amanhã (ontem) e quarta-feira (hoje)”.
Dezenas de dispensados possuem restrição médica
Dezenas de funcionários da Fundição Tupy, em Mauá, com alguma restrição médica, receberam telegrama com o aviso de demissão. É o caso de Arlindo Ferreira, que perdeu o movimento da mão direita quando estava lixando bloco de caminhões. “Não tenho como conseguir outro emprego”, afirmou ele, que atuou por cinco anos como operador de fundição.
Na mesma função e há sete anos e meio na metalúrgica, Reginaldo Baptista passou por duas cirurgias – uma no joelho e outra no ombro. “Desenvolvi três hérnias de disco por causa do excesso de trabalho.”
O secretário-geral da entidade, Sivaldo Pereira, o Espirro, lembra que o objetivo é reverter todas as demissões e, por este motivo, aqueles que possuem alguma sequela causada pelo alto risco do trabalho não serão prejudicados.
Segundo informações dos trabalhadores, a Tupy já havia ameaçado fechar a filial de Mauá por ter gastos maiores como salários, benefícios e custos com importação do que em Joinville.
Outro dado é que a metalúrgica estaria montando filial no México com 5.000 empregos no local, onde o regime trabalhista do país seria mais brando.
(Colaborou Mikael Schumacher)
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