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DATA DA PUBLICAÇÃO 01/05/2008 | Economia
"Trabalhadores por conta" aumentam em 30,7%
O número de pessoas que trabalham por conta própria na Grande São Paulo cresceu 30,7% entre 2002 e 2008. De acordo com estudo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), há hoje na Região Metropolitana mais de 1,5 milhão de trabalhadores que exploram seu próprio empreendimento sozinhos ou com sócios, ante 1,18 milhão seis anos atrás.

O índice está acima da média nacional de 22,3%, que inclui dados de seis grandes áreas metropolitanas do País (Recife, Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Porto Alegre e São Paulo). O menor crescimento ficou com a região metropolitana de Recife, com 7,8%. Em relação a mão de obra ocupada no País, os trabalhadores por conta representam atualmente 19,2%. Nas seis regiões são 4,1 milhões de trabalhadores por conta.

Perfil - Os homens representam 60,8% dos trabalhadores por conta própria, segundo o estudo. Destes 54,5% são brancos e 44,5% negros ou pardos. O baixo grau de escolaridade também predomina: 42,6% possuem o ensino fundamental incompleto em todas as regiões analisadas.

É o caso do chaveiro de Santo André, José César de Lima, de 72 anos. Ele cursou até o quarto ano do primário e trabalhou em empresas metalúrgicas do Grande ABC. Depois de se aposentar, há 19 anos, mudou de profissão. “Virei chaveiro para poder completar minha aposentadoria”, conta. Ele representa o perfil do estudo em outros pontos, como por exemplo a idade média destes trabalhadores: 60,8% tem mais de 40 anos.

Por mês, José César consegue ganhar com o trabalho R$ 400 (em média, ele cobra R$ 4 por chave). De acordo com o IBGE, 70% deste grupo de trabalhadores ganham menos de dois salários mínimos (R$ 830). “A gente tem que trabalhar. É melhor que ficar em casa, né?”. A média nacional só fica maior – em R$ 1.013,50 – devido os 30% profissionais que têm rendimentos mais altos. “São normalmente autônomos e profissionais liberais que conseguem ter renda maior”, explica a analista do IBGE, Maria Lúcia Vieira.

Previdência - Apenas 10% dos 4,1 milhões de trabalhadores por conta das seis Regiões Metropolitanas contribuem para a Previdência Social. “Eu ainda não contribuo, mas é importante para o meu futuro. Quem sabe mais para frente?”, afirma o afiador Walter Damasceno, de 38 anos. Casado e com duas filhas, ele conta que mensalmente tira do trabalho R$ 800. Apesar de afirmar que não pretende mudar de profissão, ele conta que quer concluir o ensino fundamental “Estou na sétima série”.

Profissões - As maiores participações destes trabalhadores são no comércio (29,6%) e construção (45,1%) que inclui pedreiros, serventes, eletricistas, encanadores. A jornada de trabalho média é de 41,3 horas por semana. “Eu trabalho quase 50 horas por semana. É mais que a maioria, né?”, comenta o chaveiro José César.

Por Cristiane Bomfim - Diário do Grande ABC
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