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DATA DA PUBLICAÇÃO 09/09/2014 | Economia
Trabalhadores nos Correios avaliam nesta quarta-feira se entram em greve
Trabalhadores nos Correios avaliam nesta quarta-feira se entram em greve Conforme o sindicato, grande parte dos trabalhadores nos Correios tem uma história de violência no trabalho para contar. Foto: Andris Bovo
Conforme o sindicato, grande parte dos trabalhadores nos Correios tem uma história de violência no trabalho para contar. Foto: Andris Bovo
Carteiros reivindicam aumento real de 5% no salário e reforço na segurança

Em meio ao período de negociações de campanha salarial, os trabalhadores da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) de São Paulo e Região fazem assembleia nesta quarta-feira (10/09) e podem entrar em estado de greve. A decisão será tomada após diversas reuniões entre o sindicato da categoria e a empresa pública federal terminarem sem acordo. Entre as principais reivindicações estão aumento real de 5% nos salários para todos os cargos (mais a inflação do período) e melhores condições de trabalho, que priorizem medidas efetivas para combater assaltos registrados pelos funcionários.

A data-base da categoria é 1° de agosto, mas a luta por mais segurança é antiga. De acordo com o diretor da subsede no ABCD do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios, José Luiz de Oliveira, o número de casos de mercadorias roubadas nos últimos cinco anos aumentou devido à falta de escolta e ao comércio eletrônico, que agrega valor aos produtos. “Até o ano passado tínhamos quatro escoltas para acompanhar as entregas principalmente em áreas consideradas de risco pela empresa, mas foi suspensa e agora ficamos ainda mais expostos”, comentou.

Com 16 anos de profissão, o carteiro Erivaldo Nascimento da Cruz foi vítima de assaltantes seis vezes nos últimos três anos. O trabalhador faz rota no Bairro Rudge Ramos, em São Bernardo, e conta que certa vez foi abordado por quatro homens armados que o obrigaram a ficar na parte de trás do veículo (uma Fiorino) enquanto guiaram o automóvel durante cerca de 30 minutos.

“Quando me liberaram percebi que estava em Diadema e todos os grandes pacotes tinham sido levados. Era época de Natal e eu estava fazendo as entregas vindas de cartinhas para o Papai Noel e o tamanho dos presentes deve ter chamado atenção de bandidos que ficam de olho enquanto fazemos as entregas”, relatou.

Trauma - No caso de Elenildo Albertino da Silva, a onda de assaltos resultou em acompanhamento psicológico. Após sofrer cinco assaltos, o carteiro se sente inseguro diariamente. “É comum alguém pedir informação para o carteiro, mas sempre que me param eu fico apreensivo achando que estão me abordando para assalto. O medo virou rotina na profissão”, declarou.

De acordo com o diretor do sindicato, o ABCD conta com aproximadamente 700 carteiros e quase todos têm uma história de violência durante o trabalho para contar. Entre as áreas consideradas pelos trabalhadores como de maior risco de assalto estão Eldorado e Canhema (Diadema), Jardim Silvina (São Bernardo), Jardim Santo André (Santo André) e Jardim Zaíra (Mauá). “Queremos apenas o básico: segurança para cumprirmos nosso trabalho”, apontou José Luiz de Oliveira.

Por meio de nota, os Correios informam ter adotado ações para proteger os trabalhadores. “No final do ano passado, assinamos acordo com a Polícia Federal para implantar ações integradas de prevenção e repressão de roubos a carteiros em todo o Brasil.”

Entre outras medidas implantadas pela empresa estão o “monitoramento e o rastreamento de veículos usados nas entregas, uso de escolta armada e parcerias com órgãos municipais e estaduais de segurança pública”.

Greve - Após assembleia nesta quarta-feira, os trabalhadores aguardam retorno da empresa para negociar a pauta de reivindicações. Caso não haja consenso entre as partes, os funcionários da Grande São Paulo, inclusive do ABCD, entrarão em greve a partir do próximo dia 16. De acordo com o sindicato da categoria, a Região conta com mais de 22 mil trabalhadores.

Por Iara Voros - ABCD Maior
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