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DATA DA PUBLICAÇÃO 19/10/2011 | Economia
Trabalhadores e empresários exigem juros menores
Trabalhadores e empresários exigem juros menores  Sérgio Nobre durante ato na avenida Paulista: contra a especulação. Foto: Rossana Lana
Sérgio Nobre durante ato na avenida Paulista: contra a especulação. Foto: Rossana Lana
O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, representantes da CUT (Central Única dos Trabalhadores), da Força Sindical e da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) marcharam pela avenida Paulista, Capital, para reivindicar a redução da Selic, taxa básica de juros, atualmente em 12% ao ano. O movimento seguiu até o prédio do Banco Central, onde militantes se concentraram com faixas e placas.

No texto do manifesto apresentado em evento pela manhã em um hotel na cidade, sindicalistas e empresários afirmaram que a redução dos juros implica menos entrada de capitais especulativos, cria um câmbio mais realista e competitivo, equilibra as contas públicas e aumenta a renda das famílias. O manifesto foi encabeçado pela Fiesp, CUT, Força Sindical, sindicatos dos metalúrgicos do ABC e de São Paulo e pela Abimaq (Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos), e também foi firmado por acadêmicos.

O evento é um desdobramento de um acordo firmado no início do ano entre Fiesp, as duas centrais e os dois sindicatos de metalúrgicos. Da parceria saíram eventos como o seminário que discutiu a desindustrialização e os efeitos no emprego nacional, e uma passeata na rodovia Anchieta, em julho.

A projeção para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) para este ano deve ser revista pelo Ministério da Fazenda para a faixa entre 3,5% e 4%.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre, destacou que o ato conjunto sela a unidade da produção contra a especulação. Nobre saudou a militância cutista, que compareceu em grande peso à manifestação, e lembrou que é preciso unidade e mobilização para inverter a lógica rentista. “O Brasil joga fora todo ano R$ 250 bilhões com o pagamento de juros, o que é inaceitável. Menos juros é mais produção e mais emprego”, declarou.

O sindicalista lembrou que o ABCD está vivendo um drama devido aos juros abusivos que inviabilizam a produção, citando o exemplo da empresa exportadora de autopeças Magneti Marelli, de São Bernardo, que vai demitir mais de 500 trabalhadores, pois só tem encomendas até o final do ano.

O presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos, Paulo Kayres, defendeu a necessidade de romper com as amarras da especulação: “sem redução dos juros o Brasil não cresce, o dinheiro que está sendo drenado para os banqueiros precisa ser aplicado na produção”.

Representando a Confederação das Mulheres do Brasil (CMB), Glaucia Morelli lembrou que cada dígito da taxa de juros representa menos casa, menos creche, menos dignidade, menos saúde e menos empregos. “A presidente Dilma iniciou já reduziu os juros, mas é preciso que eles caiam muito mais para o país seguir em frente”, acrescentou.

De acordo com o presidente da CUT São Paulo, Adi dos Santos Lima, é preciso investir na produção, não na especulação. “Lutamos por uma taxa civilizada de juros para que o nosso país possa seguir em frente, com mais salário, mais emprego e mais direitos. Juro alto é aposta na recessão, na contramão do desenvolvimento”, acrescentou Adi.

“Chegou a hora de reduzir os juros e acabar com o paraíso dos banqueiros e rentistas. Defendemos a regulamentação do Sistema Financeiro Nacional, para que ele seja parceiro da construção da mudança e não apenas um devorador das nossas vidas”, declarou Vagner Freitas, que representou a CUT Nacional no evento.

Por ABCD Maior - Redação
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