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DATA DA PUBLICAÇÃO 19/08/2007 | Economia
Trabalhadores conquistam aumento real
O aquecimento da economia e os bons resultados dos setores de indústria, comércio e serviços ajudaram os trabalhadores brasileiros a conquistar melhores salários no primeiro semestre deste ano. No período, 97% dos acordos e convenções coletivas tiveram como resultado um reajuste salarial igual ou superior a inflação.

É o que afirma o levantamento realizado pelo SAS (Sistema de Acompanhamento de Salários) do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), que analisou 280 negociações realizadas nos seis primeiros meses deste ano.

A pesquisa revela que, do total de acordos, 87,5% tiveram aumento real, além da correção das perdas do período. A inflação média do primeiro semestre foi de 3,2%, segundo o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Segundo o supervisor do Escritório Regional de São Paulo do Dieese, José Silvestre Prado de Oliveira, os índices deste ano mostram uma melhora nos resultados das campanhas salariais, pois no mesmo intervalo de tempo de 2006, 96% das negociações zeram a inflação e 83% tiveram aumento real.

“É um cenário favorável para as negociações. Estamos neste avanço desde 2004, quando começamos a recuperar as perdas que ocorreram de 2003 para trás”, explica Oliveira.

Segundo o especialista, a indústria é responsável por puxar a economia para a boa fase atual, já que representa 20% dos empregos no País e 30% do PIB (Produto Interno Bruto).

Para o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, o conjunto de bons resultados dos dois primeiros trimestres tem beneficiado as negociações coletivas. “Ainda é pequeno o crescimento da economia e do emprego no País, mas é muito favorável para os trabalhadores”, afirma.

São Paulo - No Estado paulista, das 39 negociações pesquisadas, 95% obtiveram reajuste salarial igual ou acima da inflação, sendo que 87,2% conquistaram ganho real.

A maior parte das campanhas do primeiro semestre foi no setor de serviços. A data-base do setor industrial se concentra no segundo semestre do ano.

=> Apesar dos resultados, centrais querem elevação dos pisos

Para as centrais sindicais, a estabilidade da economia abre espaço para maiores conquistas salariais das categorias, mas ainda há muito o que recuperar quanto poder de compra do trabalhador.

O presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região (filiado à CUT), Luis Cluadio Marcolino, conta que os sindicatos estão procurando outras estratégias para complementar a renda do trabalhador.

“Os bons resultados abrem espaço para outras conquistas, como um plano de cargos e salários”, conta Marcolino.

Para o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, o momento também ajuda no fortalecimento das centrais sindicais. “Temos mais formações e uniões de centrais. Um novo movimento”, diz.

Já o sindicalista da NCST (Nova Central Sindical dos Trabalhadores), Luiz Gonçalves, acredita que o momento pede uma política de emprego e novas leis trabalhistas.

“É um absurdo perder horas de negociação para ainda conseguir recuperar as perdas. Essa correção deveria ser automática”, reclama. “E o que temos que reivindicar agora é uma melhora nos pisos das categorias, que não chegam perto dos R$ 1,6 mil, que deveria ser o verdadeiro mínimo”, completa.

Por Luciele Velluto - Diário do Grande ABC
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