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Trabalhador vaia ato político da CUT
DATA DA PUBLICAÇÃO 01/05/2014 | Economia
Trabalhador busca razões para comemorar
Trabalhador busca razões para comemorar Foto: André Henriques/DGABC
Foto: André Henriques/DGABC
Há algum tempo o trabalhador não tem muitos motivos para comemorar o seu dia. Hoje, 1º de maio, as principais lutas das centrais sindicais são as mesmas de anos anteriores: redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, com manutenção dos salários; fim do fator previdenciário; valorização das aposentadorias; defesa da política de valorização do salário-mínimo e correção da defasagem da tabela do Imposto de Renda, entre outras.

E, mesmo com tantas reivindicações, no ano passado as discussões trabalhistas no único evento realizado na região, em São Bernardo, ficaram em segundo plano. Houve até vais no momento do ato político. Pensando nisso, hoje, as entidades sindicais do Grande ABC optaram por se unir às suas centrais na realização de atos em São Paulo.

“A verdade é que a forma atual de comemorar o 1º de maio perdeu a essência. Hoje, o povo quer um dia de lazer apenas, sem precisar refletir sobre as condições de trabalho. A incidência do fator previdenciário no momento de se aposentar, por exemplo, é algo que precisa ser debatido por todos, inclusive pelos jovens, aqueles que estão ingressando no mercado de trabalho”, defende Paulo Lage, presidente do Sindicato dos Químicos do ABC.

Fortalecer os ideais trabalhistas, melhorar as condições de trabalho e oferecer direitos igualitários ao homem e à mulher no chão de fábrica são pontos fundamentais na visão do diretor financeiro do Sindicato dos Bancários do ABC Belmiro Moreira. “Acredito que o grande desafio para nós, sindicalistas, é levar essa discussão para a sala de aula, para as universidades. É dessa forma que vamos explicar à classe trabalhadora jovem da importância de debatermos cláusulas tão importantes. A pessoa que entra hoje numa empresa não sabe o quão foi difícil conquistar cada benefício, quantas greves foram feitas para que hoje haja uma qualidade de trabalho um pouco melhor.”

Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, os trabalhadores precisam cobrar do governo ações ainda mais efetivas para o controle da inflação e a geração de emprego. “É um dia a ser comemorado, mas não podemos tapar os olhos e achar que tudo está 100%. O setor industrial, principalmente, está inseguro e crescendo muito aquém do que devia diante da economia brasileira. Como ficam os trabalhadores? Que garantias temos?”, indaga.

Mesmo com pendências no papel para melhorar a vida do trabalhador, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá e coordenador dos sindicatos das sete cidades ligados à Força Sindical, José Braz da Silva, o Fofão, defende que só de ter um dia para sermos lembrados já é uma vitória. “Vamos continuar com nossas bandeiras de luta, mas tudo o que conquistamos precisa ser comemorado.”

COMEMORAÇÃO - O eixo central da mobilização deste ano é ‘Fortalecer a Democracia e Ampliar Conquistas’. A CUT (Central Única dos Trabalhadores) faz a festa hoje no Vale do Anhangabaú, região central paulistana, das 10h às 20h. Outras centrais como a UGT, a CSB e a CTB também estarão presentes.

Já a festa da Força Sindical acontece na tradicional Praça Campo de Bagatelle, em Santana, na Zona Norte, das 7h às 16h. Artistas se apresentarão em ambas comemorações. Além disso, estão previstos sorteios de prêmios durante as comemorações.

Por Tauana Marin - Diário do Grande ABC
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