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DATA DA PUBLICAÇÃO 03/01/2017 | Cidade
Tom emotivo marca posse de Atila em Mauá
 Tom emotivo marca posse de Atila em Mauá Foto: Roberto Mourão/Divulgação
Foto: Roberto Mourão/Divulgação
Onde quer que esteja, o senhor Waldomiro ficou muito feliz. Pelo menos é o que pensa o seu filho, o vereador há nove mandatos Admir Jacomussi (PRP), que foi incumbido ontem de nomear Atila Jacomussi (PSB), seu filho, oficialmente para o mais importante cargo do Executivo de Mauá, em cerimônia na Câmara. “A emoção é grande. E esse era um sonho do meu pai. Ele queria que eu fosse prefeito. Infelizmente o cavalo passou arriado e eu não montei na hora. Agora ele não está mais aqui (já faleceu), mas tem a felicidade de ver o neto dele prefeito.”

A solenidade, que lotou o Legislativo na manhã de ontem, foi acalorada em todos os sentidos. Atila, que entrou no plenário ouvindo os gritos de seu nome, agradeceu a oportunidade de chefiar, pela primeira vez, o município onde nasceu. “Quero governar como um pai de família. Serei o pai do povo, para que possa resolver os problemas e desmandos sofridos na cidade. Serei o mesmo Atila que fui quando vereador (entre 2005 e 2012), o filho de Mauá. Trabalharemos com muito suor, lágrimas e alegria. Quero ser um prefeito revolucionário, que traga a modernização e devolva o orgulho do povo de dizer que é mauaense”, prometeu. Ao receber o documento oficial colocando-o como prefeito, Atila ajoelhou e voltou a citar frases de Martin Luther King, principal ativista norte-americano pelos direitos civis dos negros nos Estados Unidos.

A vice-prefeita Alaíde Damo (PMDB), por sua vez, agradeceu a oportunidade de representar as mulheres do município. “Assim como o Atila, também nasci em Mauá e o bom filho sempre trata bem a sua terra, com carinho. Quero agradecer a oportunidade de representá-la”, disse a peemedebista. Foi uma das raras vezes que Alaíde, mulher do ex-prefeito Leonel Damo (PMDB), falou publicamente.

Uma vez feitos os discursos, os dois, seguidos dos secretários, foram para solenidade da entrega simbólica da chave da cidade, seguida de queima de fogos e entrada do prefeito com direito a tapete vermelho no Paço.

Lá ele encontrou o ex-prefeito Donisete Braga (PT), que lhe entregou uma bandeira do município, discursou rapidamente e foi embora. O petista e Carlos Grana (PT), em Santo André, foram os únicos a transmitirem os cargos a seus sucessores – Luiz Marinho (PT), de São Bernardo, Paulo Pinheiro (PMDB), de São Caetano, e Saulo Benevides (PMDB), de Ribeirão Pires, não apareceram nas solenidades.

Em seguida, Atila pediu a bênção de um padre, nomeou o secretariado e falou o que pretende fazer a partir de hoje, ao sentar na principal cadeira do Paço. “Um grande gestor tem de tomar medidas. Vamos reduzir 30% do Orçamento e começar também a fazer a nossa lição de casa. Um pai e mãe de família, com a crise, começam a economizar. Vamos fazer o enxugamento da máquina pública”, assegurou. Uma lei que diminui o número de cargos comissionados na cidade está nos seus planos.

O socialista também planeja reabrir, em quatro meses, a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) 24 horas do Jardim Zaíra e, em seis meses, o PS (Pronto-Socorro) do Hospital Radamés Nardini. “Há oito meses o governo do Estado não repassa dinheiro para o Nardini. Vamos cobrar esse atraso”. Atila quer também apresentar projeto da construção de outro terminal central rodoviário.

O prefeito disse ainda que vai rever o valor da tarifa de ônibus, que subiu de R$ 3,80 para R$ 4,20, e do vale-transporte, para R$ 5. “Sabemos que vivemos uma crise muito grande e Mauá ainda é uma cidade dormitório. Essa questão de R$ 5 é um valor altíssimo. Vamos reavaliar tudo isso e até a próxima sexta-feira vamos dar uma posição oficial”. Dois dias antes de deixar o Paço, Donisete Braga decretou o reajuste da tarifa de transporte público.

Socialista fala em regularização já em 2017

O prefeito Atila Jacomussi (PSB) pretende fazer, ainda neste ano, projeto de regularização fundiária no município. “Mauá é uma cidade que cresceu muito e de forma desordenada, o que acaba acarretando muitos problemas. Nós sabemos que existem áreas que podem ser reurbanizadas, onde podemos fazer obras de contenção com segurança. E se detectarmos outras com muito risco, temos de implantar programas habitacionais para regularizar”, acredita.

Tudo isso é para que famílias como a da dona de casa Maria Aparecida Cardoso, 45 anos, moradora do assentamento Chafic/Macuco, no Jardim Zaíra, não fiquem mais com o coração apertado a cada temporal, como o Diário noticiou ontem.

Moradora do local há 22 anos junto com os dois filhos, ela presenciou o deslizamento de terra em 2011, que deixou cinco vítimas fatais e 500 pessoas desalojadas, e não quer passar por isso novamente. Pediu, então, ao prefeito: “Que nos deem o mínimo de atenção e cuidem um pouco da gente”.

Atila se vale da época que foi vereador, de 2005 a 2012, para iniciar o plano de regularização desses locais. “Fiz o projeto de cadastramento individual de área e mais de 3.800 famílias foram beneficiadas naquele momento. Vamos beneficiar mais de 20 mil famílias nos próximos quatro anos e começaremos pelo Jardim Zaíra e Jardim Oratório”, promete.

Ele lembra, no entanto, que a situação climática desta época do ano é crítica. Inclusive, o município sofreu com as fortes chuvas da semana passada e, por isso, pretende fazer ações emergenciais. Entre as quais, está a chamada Ação Guarda-Chuva, que unirá a Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá), a Defesa Civil, a Secretaria de Serviços Urbanos e a Pasta de Mobilidade Urbana para fazer a limpeza e o desassoreamento dos córregos. “A partir de amanhã (hoje) vamos entrar em contato com o governo do Estado para que ele faça sua obrigação, que é limpar os piscinões.”

Em meados de dezembro ele já esteve no Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica) para cobrar essas medidas e o representante do órgão se prontificou a averiguar a situação e tomar providências. A cidade conta com quatro piscinões.

Atila pretende também fazer um trabalho de conscientização para que as pessoas que moram em áreas de risco se abriguem em outro lugar nos dias de chuva forte. “Vamos orientar para que a população possa sair da sua casa e evitar algo pior.”

Por Miriam Gimenes - Diário do Grande ABC
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