DATA DA PUBLICAÇÃO 17/02/2009 | Cultura
Todo dia é Terça Insana
Se para boa parte do público Terça Insana virou sinônimo de humor de qualidade, no Grande ABC virou também o equivalente a casa cheia e de ingressos que se esgotam rapidamente. Foi o que aconteceu na última semana, quando a trupe capitaneada por Grace Gianoukas veio a Santo André para apresentações de Terça Insana - Fora da Lei no sábado e no domingo, no Teatro Municipal de Santo André. A bilheteria abriu na terça-feira, dia 10, e em apenas duas horas, foram vendidas todas as entradas para sábado; no mesmo dia, meia casa já estava cheia para o domingo. A demanda obrigou a produção a abrir uma sessão extra no sábado, às 18h30, que também lotou.
O produtor Jorge Abbud, que trouxe o Terça Insana quatro vezes a São Bernardo e duas a São Caetano, já se acostumou com a avalanche de espectadores que correm aos teatros. "Teve caso de vendermos tudo um mês antes", diz. E como muita gente já ficou de fora, a trupe fará, das próximas vezes, três datas seguidas.
Aliás, a nova montagem, 8 Anos Luz, passa por São Caetano antes da Capital, de 20 a 22 de março (venda de ingressos começa no dia 17). Depois volta a Santo André de 17 a 19 de julho.
Mas qual o segredo do sucesso da equipe, que começou com seu espetáculo de esquetes de humor em uma casa underground e agora é fenômeno de público, com dois DVDs lançados, temporada fixa na Capital. turnê pelo País e exibição em Portugal? Para Roberto Camargo, um dos fundadores do projeto, ao lado de Grace Gianoukas, a resposta está no humor inteligente, que seguindo os preceitos do Terça, é elegante e não se vale de ofensas nem humilhações para provocar o riso.
Segundo Camargo, o sucesso veio espontaneamente. As despretensiosas apresentações realizadas no NExt, no Centro Velho de São Paulo, a partir de 2001, caíram rapidamente no gosto do público alternativo, da classe artística e da imprensa. "Virou moda", diz Camargo. E já em 2002, a Terça já ocupava as sextas-feiras.
Em 2003, deixaram o NExt para migrar ao Avenida Club, em Pinheiros, "Nossa principal preocupação era não encher", lembra Camargo. Em vez dos cerca de 100 lugares da casa anterior, teriam que levar quase 600 pessoas para lotar o espaço. Contra os prognósticos pessimistas, não só lotaram a casa, às terças, como continuam até hoje em temporada no local, às vezes com mais de uma sessão por semana.
E é lá que acontece o ‘laboratório'' de personagens. A trupe fixa - atualmente, também com Agnes Zuliani e Guilherme Uzeda - mostra suas novas criações e recebe atores convidados.
Até o cantor Edson Cordeiro, de Santo André, dá suas ‘palhinhas'' exibindo sua veia humorística. "Com certeza, já passaram mais de 300 convidados nesses oito anos", diz Camargo.
Tamanha repercussão do trabalho alçou a trupe ao topo do gênero, mas também fez pipocar na internet diversos vídeos clandestinos de apresentações. "Por um lado, se apropriam de algo que não lhes pertence e, por outro, fazem o nosso público aumentar", pondera o ator.
Ele mesmo foi alvo de um ‘efeito colateral'' dessa exposição. "Perde um pouco a surpresa e tem gente que até decora o texto, vai ao teatro e fala antes da gente", diz.
Caso engraçado foi quando ele encarnou um cupido que enxerga mal. "Eu ia a um lado do palco e flechava; depois corria para o outro para fazer o mesmo, mas quando cheguei à ponta, uma menina levantou um alvo bem grande pra mim! (risos)". Desconcertado, preferiu fazer de conta que ainda era um cupido que não enxergava bem.
O sucesso também rendeu a eles propostas para levar o Terça Insana à TV. "É difícil, porque a TV está focada num outro tipo de entretenimento. Precisa ser muito popular para ter audiência". Dispostos a não abrir mão da bandeira que lhes garantiu o panteão, resolveram seguir adiante só nos palcos e DVDs. Imitações vieram aos montes. Mas enquanto outros imitam, a caravana sobe.
O produtor Jorge Abbud, que trouxe o Terça Insana quatro vezes a São Bernardo e duas a São Caetano, já se acostumou com a avalanche de espectadores que correm aos teatros. "Teve caso de vendermos tudo um mês antes", diz. E como muita gente já ficou de fora, a trupe fará, das próximas vezes, três datas seguidas.
Aliás, a nova montagem, 8 Anos Luz, passa por São Caetano antes da Capital, de 20 a 22 de março (venda de ingressos começa no dia 17). Depois volta a Santo André de 17 a 19 de julho.
Mas qual o segredo do sucesso da equipe, que começou com seu espetáculo de esquetes de humor em uma casa underground e agora é fenômeno de público, com dois DVDs lançados, temporada fixa na Capital. turnê pelo País e exibição em Portugal? Para Roberto Camargo, um dos fundadores do projeto, ao lado de Grace Gianoukas, a resposta está no humor inteligente, que seguindo os preceitos do Terça, é elegante e não se vale de ofensas nem humilhações para provocar o riso.
Segundo Camargo, o sucesso veio espontaneamente. As despretensiosas apresentações realizadas no NExt, no Centro Velho de São Paulo, a partir de 2001, caíram rapidamente no gosto do público alternativo, da classe artística e da imprensa. "Virou moda", diz Camargo. E já em 2002, a Terça já ocupava as sextas-feiras.
Em 2003, deixaram o NExt para migrar ao Avenida Club, em Pinheiros, "Nossa principal preocupação era não encher", lembra Camargo. Em vez dos cerca de 100 lugares da casa anterior, teriam que levar quase 600 pessoas para lotar o espaço. Contra os prognósticos pessimistas, não só lotaram a casa, às terças, como continuam até hoje em temporada no local, às vezes com mais de uma sessão por semana.
E é lá que acontece o ‘laboratório'' de personagens. A trupe fixa - atualmente, também com Agnes Zuliani e Guilherme Uzeda - mostra suas novas criações e recebe atores convidados.
Até o cantor Edson Cordeiro, de Santo André, dá suas ‘palhinhas'' exibindo sua veia humorística. "Com certeza, já passaram mais de 300 convidados nesses oito anos", diz Camargo.
Tamanha repercussão do trabalho alçou a trupe ao topo do gênero, mas também fez pipocar na internet diversos vídeos clandestinos de apresentações. "Por um lado, se apropriam de algo que não lhes pertence e, por outro, fazem o nosso público aumentar", pondera o ator.
Ele mesmo foi alvo de um ‘efeito colateral'' dessa exposição. "Perde um pouco a surpresa e tem gente que até decora o texto, vai ao teatro e fala antes da gente", diz.
Caso engraçado foi quando ele encarnou um cupido que enxerga mal. "Eu ia a um lado do palco e flechava; depois corria para o outro para fazer o mesmo, mas quando cheguei à ponta, uma menina levantou um alvo bem grande pra mim! (risos)". Desconcertado, preferiu fazer de conta que ainda era um cupido que não enxergava bem.
O sucesso também rendeu a eles propostas para levar o Terça Insana à TV. "É difícil, porque a TV está focada num outro tipo de entretenimento. Precisa ser muito popular para ter audiência". Dispostos a não abrir mão da bandeira que lhes garantiu o panteão, resolveram seguir adiante só nos palcos e DVDs. Imitações vieram aos montes. Mas enquanto outros imitam, a caravana sobe.
Assine nosso Feed RSSAs últimas | Cultura
25/09/2018 | Encontro com o passado
21/09/2018 | ''Sou muito feminino, isso é uma grande qualidade'', diz Chay Suede a Pedro Bial
20/09/2018 | Avril Lavigne lança Head Above Water, música sobre a doença a qual sofre
As mais lidas de Cultura
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda