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DATA DA PUBLICAÇÃO 17/08/2007 | Turismo
Tesouros sergipanos
Ela passa quase que despercebida entre as belíssimas cidades nordestinas, mais habituadas a atrair turistas de toda parte do mundo. Mas dizer que Aracaju, a aconchegante capital de Sergipe, não teria um espaço neste rol de beldades da região seria injustiça. É bem verdade que os sergipanos ainda estão a anos-luz de Bahia ou Ceará no quesito ‘política de turismo’, mas certamente não vai sair perdendo aquele que optar em subir um pouco mais no mapa em relação a Salvador.

É na capital do menor Estado brasileiro – uma das primeiras cidades planejadas do País – que se pode apreciar, ao mesmo tempo, o encontro entre rio, mar e mangue. Curiosamente, a parte nobre da cidade está localizada em frente a um manguezal. É lá que fica o bairro Jardins, que a exemplo do xará de São Paulo, atrai casas e edifícios de alto padrão.

Outro diferencial é o encontro do Oceano Atlântico com o Rio Sergipe, que dá uma coloração marrom – ou “perolada”, como preferem os moradores locais – às águas que banham a cidade. Sem falar nas cerca de 60 mil toneladas de areia ao ano que são despejadas na orla, carregadas pelo Velho Chico, ou rio São Francisco, que divide Sergipe de Alagoas.

Ao todo, há 30 km de orla, mas o ponto mais badalado da capital é, sem dúvida, a revitalizada praia de Atalaia. Com 6 quilômetros de extensão, é palco das festas na cidade, entre elas, o tradicional São João. Isso sem falar nas estátuas espalhadas pelos calçadões, conhecidos como “monumentos à sergipanidade.”

É em Atalaia que fica um atrativo gastronômico indiscutível: a Passarela do Caranguejo, uma espécie de Rota do Frango com Polenta, mas que no caso sergipano convida para algumas horas de conversa fiada em qualquer um dos inúmeros bares.

Mercados - Falar na gastronomia de Aracaju sem citar os mercados municipais do Centro seria, no mínimo, um sacrilégio. Chamados de Thalez Ferraz, Albano Franco e Antônio Franco, são separados apenas por uma praça.

Inaugurado em 1926, o Antônio Franco é parada certa para quem está atrás de artesanato. No Thalez Ferraz estão queijos, doces e outras iguarias irresistíveis. Já o Albano Franco, apesar de mais novo, é o mais ‘comum’, com frutas, verduras e até roupas. (O repórter viajou a convite da Secretaria de Estado do Turismo de Sergipe)

*Como chegar
A TAM possui vôos diários para o trecho entre São Paulo e Aracaju. As passagens de ida e voltam custam a partir de R$ 479.

No site da Gol (www.voegol.com.br), é possível adquirir bilhetes com tarifas a partir de R$ 388 (ida e volta).
* Os valores acima não incluem taxas de embarque e podem variar conforme a disponibilidade de assentos.

*Pacotes
A CVC possui pacotes de oito dias para Aracaju com preços a partir R$ 798. O valor inclui passagens aéreas, traslados, sete noites de hospedagem em apartamento duplo com café-da-manhã e passeio pelos principais pontos turísticos da cidade, percorrendo as praias do Litoral Sul. Se incluir o cânion do Xingó, o valor do roteiro sobe para R$ 1.038, com direito a um jantar no Xingó Parque Hotel, passeio de catamarã ou de escuna pelos cânions, visita ao Museu Arqueológico e city tour de três horas em Aracaju. Tel.: 2191-8700. Site: www.cvc.com.br

Pela Maringá Turismo, a viagem, de uma semana sai a partir de R$ 1.038, incluindo o transporte aéreo, traslados, sete noites de acomodação em quarto duplo com café-da-manhã, um jantar no Xingó Parque Hotel, city tour em Aracaju e passeios em Canindé de São Francisco. O pagamento pode ser parcelado em até dez vezes sem juros. Tel.: 4438-7633. Site: www.maringaturismo.com.br

Onde ficar
Hotel Parque dos Coqueiros – Diárias a partir de R$ 180 por casal, com café-da-manhã. Tel.: (0xx79) 2107-1511.

Onde comer
Casa de Forró Bar e Restaurante Cariri – A especialidade da casa é a carne-de-sol ao cariri, feita com feijão-de-corda, macaxeira frita ou assada, farofa e arroz branco. Custa R$ 34 para duas pessoas.O estabelecimento funciona todos os dias a partir das 10h. Tel.: (0xx79) 3243-1379.

=> Estado "adota" a bela baiana Mangue Seco

Se Jorge Amado ainda estivesse vivo, certamente ficaria orgulhoso da beleza intocada do lugar que ele escolheu como palco de uma de suas principais obras, Tieta do Agreste. Mangue Seco ainda traz aquele ar pacato, nacionalmente conhecido com a novela da TV Globo (Tieta, 1989), baseada na obra do escritor baiano.

A pequena vila de pescadores – que não tem mais de 200 moradores – pertence, na verdade, ao Estado da Bahia, mas a distância com a capital Salvador (cerca de 240 quilômetros) fez com que fosse acolhida pelos sergipanos, que incluem o local em suas rotas turísticas. De Aracaju, são apenas 70 quilômetros.

As ruas, todas de areia, não deixam saudades do asfalto nem por um segundo. O visitante, no entanto, tem de estar ciente de que a atração do local está na beleza natural. Portanto, esqueça qualquer badalação noturna.

Assim como a Ilha da Sogra, Mangue Seco tem, no lado do atracadouro, o encontro com o Rio Real. O contato propriamente dito com o mar fica a cerca de 1,5 km de faixa de areia. O caminho normalmente é feito com buggies. O passeio pelas dunas sai a R$ 50, que podem ser divididos por até quatro pessoas. Vale a pena também experimentar um esqui na duna.

*Uma ilha entre rio e mar

Diz a lenda que nesse pedaço de paraíso sergipano foi abandonada a mãe da mulher de um pescador nativo. Mas a Ilha da Sogra, no Litoral Sul de Sergipe, nem de longe pode ser encarada como um castigo, nem mesmo para a sogra.

É a bordo da escuna Gazella que se chega a este pedaço de terra, que em época de maré baixa serve como atracadouro e base de apoio para a contemplação do local.

Por mais que se olhe, é impossível não enxergar apenas o horizonte e contemplar a calmaria das águas da foz do rio Real, bem na divisa entre Sergipe e Bahia. Na verdade, o um quilômetro de extensão da ilha também é banhado pelo mar, o que dá uma coloração única no entorno do banco de areia.

No mesmo trajeto é possível apreciar a Praia do Saco, localizada no município de Estância e considerada por publicações estrangeiras como uma das mais bonitas do mundo.

O timoneiro da embarcação, Paulinho Siqueira – dono da Gazella –, faz as vezes de guia turístico e conta deliciosas histórias da ilha, como o tal esquecimento. A história, aliás, não termina com um final feliz para o pescador: a tal sogra consegue voltar para terra firme sã e salva.

Comida - O passeio também traz agradáveis surpresas para o estômago. É na própria escuna que você pode provar uma tentação local, até mesmo para os paladares mais urbanos: uma deliciosa moqueca de aratu (um tipo de caranguejo), servida na palha de ouricuri (espécie de palmeira do Nordeste). Depois de cozida e muito bem temperada – ao toque de uma pimenta no ponto ideal –, a carne é defumada apenas com a palha. A dificuldade em se conseguir a carne do crustáceo, já que os aratus são muito pequenos para serem capturados, não se reflete no preço do quilo vendido na região: R$ 12.

E o almoço é servido na própria ilha. A equipe da escuna, aliás, se encarrega de colocar as mesas e cadeiras na areia. Pirão, lagosta e até uma carne assada, saboreados à beira-mar, deixam claro o quanto vale a pena deixar, de vez em quando, a rotina de lado. Não ouse esquecer desse roteiro.

Por Sérgio Vieira - Diário do Grande ABC
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