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MTST realiza novo protesto em Mauá
DATA DA PUBLICAÇÃO 01/07/2015 | Cidade
Terreno é ocupado em Diadema pela segunda vez
Terreno é ocupado em Diadema pela segunda vez Foto: Marina Brandão/DGABC
Foto: Marina Brandão/DGABC
“Só queremos ter nosso cantinho. Construímos o País e nada mais justo que termos direito à moradia”. O relato da desempregada Maria Cristina Damasio, 41 anos, retrata a reivindicação do grupo de cerca de 500 famílias que ocupa desde a madrugada de sábado terreno vago em Diadema.

Invadida pela segunda vez desde 2013, a área fica na Avenida Nossa Senhora dos Navegantes, ao lado do Estádio Inamar. No local, grupo de moradores que encontra dificuldade para pagar aluguel ou até mesmo vive de favor cobra, novamente, proposta ofertada pela administração municipal.

“Essa luta vem desde 2008, quando um terreno de interesse social nos foi reservado pela Prefeitura. Em 2013 chegamos a invadir essa área e, na ocasião, negociação foi feita para a construção de moradias. Entretanto, como descobrimos que um cidadão entrou com usucapião (forma de aquisição de propriedade em que o mutuário se torna proprietário) e o projeto pode não vingar, decidimos realizar essa ocupação novamente”, relata o coordenador estadual do MLB (Movimento de Lula nos Bairros, Vilas e Favelas) José Ricardo Feitosa.

Segundo coordenadores do MLB, as famílias que ocupam a área são de Diadema, remanescentes de outras ocupações. “Os moradores que estão aqui são de locais carentes do Cazuza, Eldorado, Serraria e Inamar”, diz Feitosa.

Desempregada e mãe de cinco filhos, Luzimar Pereira de Almeira, 29, é uma das que estão no terreno, apelidado de Zumbi dos Palmares, em busca de moradia. “Vivo de favor na residência de parentes, então estou aqui buscando um lugar melhor para viver. Preciso do meu espaço e não tenho condições. Atualmente, a renda do meu marido é de R$ 1.400 para nós sete.”

Ontem pela manhã, cerca de 200 ocupantes compareceram à Câmara para audiência pública que também abordou o assunto. O secretário de Habitação e Desenvolvimento Urbano do município, Eduardo Monteiro, ressaltou que a ocupação tem questões partidárias. “O problema está solucionado desde 2013. Depende de algumas desapropriações que estão em andamento.”

Procurada, a Prefeitura confirmou a negociação em 2013, em ocupação anterior da área. Afirmou ainda que a atual administração vem fazendo reuniões com representantes do MLB e, na última delas, no dia 24, informou ao movimento que há outra opção de área para atender a demanda. No entanto, não foram divulgados prazos nem número de famílias beneficiadas.

Invasão do MTST em Mauá completa um mês sem solução

Já dura cerca de um mês a ocupação de terreno de aproximadamente 243 mil m² às margens do Complexo Jacu-Pêssego, localizado na Rua Rondônia, no Jardim Oratório, em Mauá. Nomeado de Ocupação Oziel Alves, o local tem aproximadamente 2.500 famílias vivendo em área que pertence à Dersa (Desenvolvimento Rodoviário SA).

A Dersa informou que no dia 17 de junho recebeu comissão formada por integrantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto). Na ocasião, a pedido dos representantes, prontificou-se a receber, em até 30 dias, funcionários da Caixa Econômica Federal para discutir eventual aproveitamento residencial da área em questão. Em contrapartida, a comissão se comprometeu a impedir qualquer tipo de ampliação da ocupação, construção de alvenaria e desmatamento no local.

Por sua vez, a Prefeitura de Mauá informou que “até o momento não foi comunicada oficialmente de nenhuma determinação para desocupação dos terrenos, e tampouco foi chamada a participar de estratégia para reintegração.” A administração municipal, ressaltou que não foi realizado cadastro que permita afirmar que há ali pessoas inscritas em programas habitacionais.

Por Daniel Macário - Especial para o Diário
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