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DATA DA PUBLICAÇÃO 03/03/2008 | Cidade
Terreno abandonado incomoda vizinhos
Nova Petrópolis/São Bernardo do Campo
Um terreno baldio próximo do cruzamento da Rua Princesa Francisca Carolina com a Avenida Wallace Simonsen, está perturbando o sossego dos vizinhos. Além do desagradável aspecto de abandono, a falta de segurança começa a preocupar os moradores.

A grande quantidade de mato e lixo tem facilitado a proliferação de insetos e ratos. De acordo com os vizinhos, cavalos costumam pastar com freqüência no terreno, atraídos pela imensa oferta de capim.

“O mato sai do terreno e avança pela calçada. Quando escurece e a rua fica deserta nós corremos riscos”, afirma o gerente de vendas José Luis Moraes Dias, 57, vizinho da incômoda área há oito anos. “A vegetação alta pode servir de abrigo para criminosos”, completa.

Dias conta que já encontrou uma escada colocada dentro do terreno voltada para o muro de sua casa.

Sócio de uma escola de música instalada em frente ao local, João Carlos Borim, 50 anos, se queixa principalmente da falta de segurança. “Quando o mato está muito alto é difícil até estacionar os carros. Alunos meus já foram roubados”, relata. “As pessoas têm até medo”, diz.

Às vezes, os próprios vizinhos realizam a manutenção do terreno. “Eu faço a limpeza sempre que posso”, afirma Borim, que corta o mato com freqüência.

“A Prefeitura diz que já notificou e multou o proprietário, mas o mato continua grande e ninguém resolve o problema”, completa Dias, que já protocolou diversas reclamações contra a falta de conservação do terreno particular.

Prefeitura - De acordo com a Prefeitura de São Bernardo, o dono do imóvel foi notificado em setembro do ano passado, e como não atendeu à solicitação, foi multado dois meses depois.

Em nota, a Administração informa que, até o termino da primeira quinzena de março, uma empresa contratada fará a limpeza do terreno.

Os custos provenientes da execução serão cobrados posteriormente do proprietário.

Jardim Oratório/Mauá
Os moradores da Rua Vilhena, no Jardim Oratório, em Mauá, reclamam de um bueiro entupido, que teve sua situação piorada com a forte chuva que atingiu a região em 21 de fevereiro.

“A água fica parada na frente das casas. É uma água podre, que temos de limpar a todo o momento”, se queixa Maria Aparecida Gomes, que há oito anos mora no bairro.

Segundo Maria, a Prefeitura foi informada do problema e não ofereceu qualquer solução. “Eles mandam aguardar e nunca resolvem”.

Sem data - Segundo a Prefeitura de Mauá, a prioridade das equipes de manutenção é executar serviços em áreas que foram mais castigadas pela chuva. O bueiro em questão, na esquina das ruas Vilhena e Itabuna, está no cronograma de atendimento. Porém, não há prazo para a execução do serviço.

Vila Sá/Santo André
Um ponto de ônibus, ou o que sobrou dele, é o principal motivo de queixa dos moradores da Rua Rancharia, na Vila Sá, em Santo André.

De acordo com os usuários do serviço de transporte, a parada, que antes era uma estrutura coberta, foi substituída há cinco meses por um único pequeno pedaço de madeira fincado no chão.

“Ficamos expostos ao sol e chuva sem qualquer proteção”, se queixa o vendedor Osvaldo Mendes, 40 anos.

Segundo ele, por estar próximo da divisa com São Paulo, o ponto é bastante movimentado, principalmente pela manhã, pois é utilizado por moradores das duas cidades.

Mendes afirma que por diversas vezes procurou a Prefeitura, mas não obteve qualquer resposta.

Procurada pelo Diário, a Prefeitura de Santo André, não havia respondido à reportagem até o fechamento desta edição.

Visão Urbana - As chuvas (de novo) e as cidades
Kurt Aman - Especial para o Diário

Como já era previsível, o artigo desta semana aborda as chuvas dos últimos dias, sobretudo a de 21 de fevereiro. Desta vez aproveito para começar por uma história pessoal.

Quando eu era criança, na década de 1970, morávamos exatamente no Paço Municipal de Mauá, onde hoje está construída a nova Câmara Municipal e até pouco tempo atrás era um bonito gramado. Minha querida avó atravessava a rua e me levava para jogar pedrinhas no rio, este mesmo que sempre transbordava e colocava minha família em pânico.

Na década de 1980, fomos todos desapropriados, e nos tiraram também o posto de gasolina que sustentava nossa família e que ficava na área onde está o Teatro Municipal. Mas, conseguimos comprar um sobrado bem no alto do morro em Ribeirão Pires e foi assim que nunca mais sofremos com as enchentes.

Esta história pessoal está longe de ser mera nostalgia, pois serve para mostrar que não é de hoje que as enchentes são um drama e que a solução para evitá-las, às vezes, passa necessariamente pela desocupação das várzeas dos rios. Fato é que as várzeas alagam desde que o planeta passou a ter água precipitada na forma de chuva. Esse fato, porém, foi desconsiderado quando a engenharia urbana brasileira e os governos assumiram que, para impedir as ocupações irregulares às margens dos rios e para construir avenidas com menor gasto em terraplanagem, as várzeas seriam os locais privilegiados para as principais vias de transporte, as famosas marginais. Não é preciso muito para verificar isso, pois elas estão em todo o lado na nossa região: desde a Avenida dos Estados até a Avenida Brasil, em Ribeirão Pires, e em todas as cidades da Grande São Paulo.

Junto a estas vias de circulação privilegiada, a especulação imobiliária valorizou as áreas comercialmente e junto vieram as áreas residenciais. Em resumo, a verdade é que os rios sempre alagaram, mas quando não havia pessoas morando ou transitando por lá, o problema não era sentido. Apenas se ficava do alto do morro admirando a correnteza e quando abaixava a água, a garotada ia jogar futebol.

É claro que, dito assim, parece radicalismo, mas o fato é que algumas cidades mais modernas, sobretudo as que foram projetadas, possuem o conceito de preservação da mata ciliar junto às margens dos rios formando parques lineares que permitem a infiltração da água no caso de enchentes. No nosso caso, o medo de que tais parques fossem invadidos por favelas gerou o que temos hoje. E as favelas ainda assim estão por aí como remediação social.

O assunto é extenso e certamente renderá mais alguns artigos. Até a próxima!

Kurt André Pereira Amann é Coordenador do Curso de Engenharia Civil do Centro Universitário da FEI (Fundação Educacional Inaciana).

Por André Vieira - Especial para o Diário
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