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DATA DA PUBLICAÇÃO 02/08/2009 | Cultura
Tempo de sangue
Se o primeiro semestre de 2008 foi das comédias, o cinema nacional ensaia a partir do fim deste ano um retorno à temporada sangrenta que alavancou a retomada da sétima arte made in Brazil no início desta década. Pelo menos três longas que têm argumento ou pano-de-fundo apoiados na violência urbana, estão em pré ou pós-produção neste momento. Entre os próximos meses o público pode esperar mais tiros nas telas, além da indefectível discussão em torno do impacto social que esses títulos proporcionam.

O primeiro a chegar aos cinemas, em outubro, é Salve Geral, que o carioca Sérgio Rezende filmou em São Paulo no ano passado. O mote é a participação das mulheres no crime organizado do Estado, e tem como viés real os ataques do PCC (Primeiro Comando da Capital) a policiais e órgãos públicos em 2006.

Lúcia (Andréa Beltrão) é uma professora de piano viúva que vê a vida desabar na noite em que se muda para um bairro da periferia da cidade: o único filho, Rafael (o estreante Lee Thalor) se envolve num incidente que culmina em assassinato. Nas visitas ao rapaz na penitenciária, conhece a advogada Ruiva (Denise Weinberg), que começa a envolvê-la em esquemas obscuros.

O ápice da crise se dá no Dia das Mães daquele ano, quando São Paulo parou por conta das ameaças da facção criminosa. "Ela fará de tudo para tirar o garoto da cadeia. E sofre, sofre muito, o tempo todo. Me acabei neste filme", relata Andréa.

Cariocas - Saindo de São Paulo em direção ao Rio, o cinema contará a gênese de outra poderosa organização criminosa: o Comando Vermelho. O filme já foi todo rodado (inclusive com locações no presídio de Ilha Grande, em Angra dos Reis, e em Curitiba) e está em fase de pós-produção. A data de estreia não foi determinada.

A organização é uma das mais antigas no País, nascida no fim dos anos 1960 do convívio entre presos políticos e comuns, quando era conhecida como Falange Vermelha. O código de ética inclui a proibição de estupros e roubos, além da formação de um caixa para financiar a manutenção do grupo e das famílias dos presidiários.

Criminosos famosos que fizeram parte da organização são Escadinha, Fernando Beira-Mar e Elias Maluco, este envolvido no assassinato do jornalista Tim Lopes.

O protagonista de 400 Contra 1 é Daniel Oliveira, que vive o traficante William da Silva Lima, o Professor, um dos fundadores do CV. A direção é do estreante Caco Souza. No elenco principal também está Daniela Escobar.

Falando em Rio, a mais aguardada mesmo é a sequência de Tropa de Elite, que movimentou a opinião pública no fim de 2007. A equipe da Zazen Produções, dirigida pelos sócios José Padilha (diretor do filme) Marcos Prado (produtor) ainda trabalha no roteiro.

Sabe-se que Wagner Moura (Capitão Nascimento), André Ramiro (André Matias), Milhem Cortaz (Fábio) e Fernanda Machado (Maria) estão confirmados na continuação do sucesso de bilheteria.

Apontado como modelo de herói no ano em que o filme foi lançado, Capitão Nascimento aparecerá 12 anos após os acontecimentos do primeiro filme. As filmagens devem começar no início de 2010.

A produção independente também pega carona e abocanha parte do público órfão do Capitão Nascimento. Exemplo é Rota Comando, uma espécie de Tropa de Elite paulistano, lançado no início do mês diretamente em DVD.

Por Ângela Corrêa - Diário do Grande ABC
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