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DATA DA PUBLICAÇÃO 06/06/2017 | Tecnologia
Tecnologia antifraude identifica cliente de banco por jeito de tocar no celular e usar mouse
Biometria comportamental rastreia os trejeitos digitais para barrar robôs e humanos invasores.

Impressões digitais, íris e retina dos olhos, expressão fácil e outros traços biométricos já são usados para destravar sistemas de segurança de bancos --e de smartphones também. Mas instituições financeiras no Brasil adotaram outro jeito de o cliente provar que é quem diz ser. A biometria comportamental analisa os cacoetes digitais únicos de uma pessoa, desde como mexe o mouse até o jeito de tocar o celular, o que leva em consideração o dedo usado e até a forma de segurar o aparelho.

O sistema criado pela israelense BioCatch roda na plataforma de nuvem corporativa Azure, da Microsoft, que vai apresentá-lo a partir desta terça-feira (6) no CIAB Febraban, congresso de tecnologia da informação para instituições financeiras. O G1 conversou com executivos da empresa norte-americana, que explicaram como ela funciona.

A biometria comportamental funciona de modo invisível enquanto um cliente navega pelo site ou no aplicativo de alguma instituição financeira, explica Maurício Craveiro, especialista em cloud e analtycs da Microsoft Brasil. Da mesma forma que, uma impressão digital única é associada a um usuário, nesse sistema, é o padrão de comportamento virtual que ajuda a identificar uma pessoa. O objetivo, diz ele, é barrar indivíduos que tentem se passar pelo dono da conta e robôs criados para fazer invasões de forma automática.

“O sistema trabalha com algumas patentes que identificam a função cognitiva humana e consegue identificar se você é você”, explica Craveiro. Para isso, a plataforma vai captando trejeitos digitais para compará-los com: a) os de um ser humano e; b) com os do perfil do próprio usuário.

Alguns desses traços são:

Caminho do mouse
Velocidade com que mexe o mouse
Com qual dedo toca no celular (indicador ou polegar)
É destro ou canhoto?
Intensidade com que clica no celular
Ângulo com que segura o celular

Mais de 500 variáveis são analisadas para identificar o usuário. “Quando você está digitando o seu próprio e-mail não precisa usar 'control+c e control+v'. Para a cognição do ser humano, é mais fácil escrever a palavra inteira novamente, você não corrige uma ou duas letras”, exemplifica. “Outro caso comum e curioso: o internet banking faz a seta do seu mouse sumir. Aí você tem que mexer no mouse para ela reaparecer.”

Um robô até pode mexer no mouse, mas vai fazer isso de forma mecânica, diz. Para exemplificar a situação, a empresa mapeou a forma como um malware, um programa malicioso, "move" o cursor. O resultado é um desenho geométrico, formado por linhas paralelas e perpendiculares cuidadosamente traçadas. Já a imagem produzida pelo caminho do mouse controlado por um humano é uma série de rabiscos desordenados.

Senhas continuam

A ideia não é substituir as senhas necessárias hoje tanto para acessar serviços quanto para autorizar transações, afirma Adriano Bottas, diretor da Microsoft Brasil para mercado financeiro. Já há empresas usando a tecnologia no Brasil, mas a Microsoft não revela quais são.

A biometria comportamental funciona como uma camada adicional de segurança. O que pode mudar, diz Bottas, é a profusão de pedidos de credenciais (senha do cartão, senha do internet banking, dígitos especiais, token etc) a cada operação dentro de um serviço financeiro.

“O cliente vai perceber que o aumento do atrito na relação [com o banco] vai diminuir com o tempo ou pelo menos vai parar de piorar. A segurança dele está sendo preservada mesmo sem a adição novos dispositivos”, explica Bottas.

Por Helton Simões Gomes, G1
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