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DATA DA PUBLICAÇÃO 01/09/2016 | Economia
Taxa de desemprego segue estável na região
 Taxa de desemprego segue estável na região Foto: Nario Barbosa/DGABC
Foto: Nario Barbosa/DGABC
Mesmo com a demissão de funcionários em massa e o fechamento de empresas de diversos segmentos no Grande ABC, o índice de desemprego na região permaneceu estável. Em julho, a taxa chegou a 16,8%, um ponto percentual a menos em relação ao mês anterior. Quando se compara com o sétimo mês de 2015, porém, quando atingia 12,7%, houve alta de 4,1 pontos percentuais.

Isso é o que aponta a PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego), elaborada pela Fundação Seade e pelo Dieese e divulgada ontem. O levantamento é realizado em residências do Grande ABC, e em torno de 20% dos moradores não trabalham nas sete cidades. Nele, é ponderado todo tipo de emprego, com e sem carteira assinada, funcionário público, autônomo e ‘bicos’.

“Este é o segundo mês de uma relativa estabilidade mas, durante período de crise, é sempre perigoso afirmar se algo é típico ou atípico para o momento. Talvez sejam necessários mais dois meses, pelo menos, para ver o que realmente acontece”, explica o economista do Dieese César Andaku.

A estabilidade na taxa de desemprego, com sinalização de queda, vem se mostrando desde junho, quando o total de desocupados correspondia a 16,9% da PEA (População Economicamente Ativa) e chegava a 243 mil pessoas – em maio, o índice era de 17,1% com igual número de desempregados. Em julho, aos 16,8%, recuou para 240 mil, com 3.000 inativos a menos (-1,2%).

Porém, se comparado a julho de 2015, quando havia taxa de 12,7% e 177 mil desocupados, houve acréscimo de 63 mil pessoas (35,6%) no mercado de trabalho da região. Nesses 12 meses, foi contabilizada a eliminação de 22 mil postos de trabalho (-1,8%). O volume de desempregados é três vezes maior porque, no período, mais pessoas em uma mesma casa, por exemplo, a mulher ou os filhos, começaram a buscar por trabalho.

Considerando apenas julho, segundo a PED, houve a redução de 0,5% ou de 6.000 profissionais no mercado de trabalho regional frente a junho, totalizando 1,191 milhão de ocupados. Neste caso, o volume de pessoas mandadas embora no mês supera o de desempregados efetivamente porque, provavelmente, diante das más notícias da economia, menos pessoas decidiram procurar emprego no momento, se mantendo com ajuda do seguro-desemprego ou da renda de familiares.

O setor que mais demitiu em julho foi o comércio e reparação de veículos automotores e motociclistas, com a eliminação de 10 mil postos no mês (-5%) e de 11 mil em relação a julho de 2015 (-5,4%). Serviços vêm na sequência, com redução de 0,3% ou de 2.000 empregados em julho. Frente aos 12 meses anteriores, porém, nota-se ganho de 8.000 (1,2%). Ainda segundo a pesquisa, o índice de desemprego se manteve estável por conta do crescimento na indústria de transformação – alta de 3,9% ou 10 mil empregados a mais ante junho –, com destaque para a metalmecânica – elevação de 5,1% ou geração de 7.000 postos de trabalho.

Andaku destaca a redução do contingente de autônomos, de 183 mil pessoas, em 9.000 no mês (-4,7%), refletindo a forte retração dos que trabalham diretamente para o público (-12,9% ou 15 mil pessoas). Em contrapartida, houve alta de 7.000 no volume que atua em empresas (9,3%). “É precipitado falar em recuperação neste momento, mas qualquer sinal positivo é bem-visto. Podemos dizer que temos tendência de estabilidade. Agora é só esperar.”

Quanto ao rendimento médio dos ocupados no Grande ABC, de R$ 2.181 em junho, houve alta de 2,9% ante maio e queda de 3,7% em relação a julho de 2015.

Por Paula Oliveira - Especial para o Diário
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