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DATA DA PUBLICAÇÃO 13/08/2013 | Geral
Taxa de assassinatos supera números oficiais
No Brasil, 174 mil óbitos permanecem como causas desconhecidas

Estudo divulgado pelo Ipea (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas), órgão ligado à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República revelou que o índice de homicídios no Brasil é ainda maior do que as estatísticas oficiais. “Na realidade, a taxa de assassinatos é 18,6% maior”, explica Daniel Cerqueira, autor da pesquisa. De acordo com o pesquisador, os números que conhecemos não computam os chamados homicídios ocultos.

Homicídios ocultos é o nome que se dá às mortes violentas que são registradas como “causa indeterminada” no SIM (Sistema de Informação sobre Mortalidade), do Ministério da Saúde, mas que, na realidade, foram fruto de assassinato.

“Analisamos os dados de todas as pessoas que morreram por causas violentas no país nos últimos quinze anos. Foram cerca de 1,9 milhão de pessoas”, diz o pesquisador, que verificou as características socioeconômicas de cada uma das vítimas, além da situação em que se deram as fatalidades.

Só existem mortes violentas classificadas como “causas indeterminadas” quando os legistas responsáveis por elaborar os laudos das vítimas não conseguem, por falta de elementos, determinar qual entre as opções conhecidas acabaram provocando a morte: se homicídio, acidente ou suicídio. Às vezes, os profissionais conseguem determinar até o instrumento que provocou o óbito, se foi revólver, por exemplo, mas não a motivação do tiro. Isso porque é preciso elementos concretos para preencher o documento no campo das “causas”.

“No Brasil, a primeira coisa que se faz é desmanchar a cena do incidente. E quem desmancha é o próprio policial, que deveria preservá-la. Primeiro, porque há um problema de mau treinamento policial e porque muitas vezes é o próprio policial que está envolvido com a morte. Daí não há interesse em preservar a cena do crime”, critica. Cerqueira identificou sete unidades federativas ostentam índices ruins na matéria: Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco, Bahia, Rio Grande do Norte, Minas Gerais e Roraima.

De acordo com o pesquisador, existe um certo padrão na ocorrência dos assassinatos no Brasil: eles costumam atingir prioritariamente homens jovens, solteiros, negros ou pardos e com baixa escolaridade. São mais de 60 mil pessoas assassinadas por ano.

Por Rede Brasil Atual - ABCD Maior
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