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DATA DA PUBLICAÇÃO 18/10/2009 | Política
Taquigrafia não terá aposentadoria tão cedo
Mesmo com recursos tecnológicos batendo à porta, a taquigrafia parlamentar e judiciária ainda permanece como ferramenta de trabalho indispensável nas esferas municipal, estadual e federal. No Grande ABC, a antiga arte de escrever por sinais com a mesma rapidez com que se fala está presente em seis, das sete câmaras. A exceção fica por conta de Rio Grande da Serra, único Legislativo que não dispõe do serviço.

E pelo visto os taquígrafos que se dedicam à curiosa profissão, segundo os próprios vereadores consultados pelo Diário, não se aposentarão tão cedo. Todos defendem o trabalho dos profissionais e sentem-se mais seguros com a reprodução de uma sessão ordinária, por exemplo, com o texto escrito em mãos do que ouvir a gravação ou mesmo assistir em vídeo, recursos também utilizados nas câmaras.

Os taquígrafos agradecem. Ou melhor, as taquígrafas, uma vez que a ala feminina é maioria na atividade caracterizada pela fragmentação das tarefas, ritmo imposto e prazos rígidos, semelhante a uma linha de montagem. "Acho que a mulher tem mais paciência, embora o homem apresente melhor raciocínio", avalia a advogada Regiane de Oliveira Rosa, a mais antiga taquígrafa na Câmara de Diadema - são 18 anos de casa.

Opinião compartilhada por Emília Naomi Todo Liem, diretora da divisão técnica de taquigrafia da Assembleia Legislativa de São Paulo, que conta com 12 profissionais. "Acho que pelo próprio perfil feminino. Sem falar que a mulher é mais concentrada, além de muitas terem aprendido a taquigrafia quando passaram pelo antigo curso de secretariado", justificou.

No entanto, isso não é regra. As câmaras de Mauá e de São Bernardo possuem em seus quadros homens. Evandro Afonso Salero é o chefe do setor de taquigrafia de Mauá, além de ser o funcionário mais antigo do Legislativo. Salero divide o serviço com Mara Tereza Fernandes do Amaral.

Futuro
Questão de gêneros à parte, todos os profissionais entrevistados foram unânimes em afirmar que a taquigrafia nunca deixará de existir.

"Sinceramente, não vejo como uma profissão em extinção. Acredito que ainda tenha mais fôlego pela frente, apesar do diário avanço tecnológico", afirmou Meyri Eloisa Pincerato, com a experiência de 26 anos na carreira e 29 no Legislativo de Santo André.

Encarregada do setor de taquigrafia e atas, Meyri argumenta que, embora as sessões hoje sejam filmadas em DVDs, uma coisa não substitui a outra. Por minuto, um experiente taquígrafo consegue reproduzir, por meio dos sinais taquígrafos, de 80 a 120 palavras.

Por Elaine Granconato - Diário do Grande ABC
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