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DATA DA PUBLICAÇÃO 08/11/2016 | Setecidades
Suzantur descumpre contrato
 Suzantur descumpre contrato Foto: Denis Maciel/DGABC
Foto: Denis Maciel/DGABC
Responsável pela operação de 15 linhas de ônibus que circulam na região da Vila Luzita, em Santo André, a Suzantur tem descumprido o contrato emergencial firmado com o prefeito Carlos Grana (PT) em outubro. Após um mês de serviços no município, a empresa segue com a frota de veículos abaixo do estipulado e permanece guardando seus coletivos em locais improvisados. As exigências que deveriam ter sido regularizadas no domingo são passíveis de multas. No entanto, o Paço não se manifestou sobre o assunto.

Conforme previsto no contrato elaborado pela Prefeitura de Santo André, por meio da SATrans (autarquia que gerencia o transporte da cidade), a Suzantur teria o prazo de 30 dias para adequar seus serviços às exigências estabelecidas no certame que culminou na sua escolha para substituir os serviços da Expresso Guarará, em processo de falência.

Dentre os itens descumpridos está a disponibilidade de 82 veículos, quantidade de coletivos fornecidos anteriormente pela Guarará. Segundo o contrato, a Suzantur, que iniciou sua operação na cidade no dia 8 de outubro com 71 carros, teria que adquirir uma frota complementar de 11 ônibus no prazo de 30 dias “a fim de se preservar a capacidade de passageiros” atendidos pelo sistema, em média 50 mil por dia. Porém, conforme apuração da equipe do Diário, no período somente um veículo articulado foi comprado.

A frota insuficiente de veículos tem prejudicado diretamente a operação da Linha TR-101, responsável pela maior demanda de passageiros do Corredor Vila Luzita.

As regras do contrato obrigavam que a Suzantur tivesse “o número mínimo de 11 veículos equipados com duas portas à esquerda do motorista” no padrão articulado para atender o itinerário. No entanto, a empresa tem improvisado veículos com capacidade inferior para atender as estações espalhadas pela Avenida Capitão Mário Toledo de Camargo, já que seus articulados não têm nivelamento para atender as estações do corredor.

A Suzantur fere o contrato ao descumprir itens que colocam em risco a segurança de sua frota. Conforme estipulado no item 3.1.1.6 do contrato, a Suzantur precisa guardar “seus veículos em garagem, onde serão realizadas a manutenção e limpeza e abastecimento dos mesmos”, no entanto, a empresa tem utilizado terrenos abandonados, conforme já denunciado pelo Diário, para armazenar seus veículos.

Para agravar a situação, ambos os espaços não possuem áreas destinadas para a manutenção dos veículos, o que tem obrigado funcionários da empresa a realizarem reparos nos ônibus no próprio Terminal da Vila Luzita.

A série de irregularidades encontradas na operação da empresa se estende ao item 2.5.7 do contrato, a padronização visual externas dos veículos, que seguem em cores vermelha e branca, o que difere do habitual azul e branco usados por coletivos de Santo André. Até o momento, a Suzantur se limitou a adesivar os ônibus com o brasão da cidade.

Procurada pelo Diário, a Prefeitura de Santo André, por meio da SATrans, disse que não conseguiria responder aos questionamentos, pois os aguarda o retorno dos fiscais responsáveis por verificar a operação do sistema.

Já o sócio-administrador da Suzantur, Claudinei Brogliato, não retornou aos contatos da equipe de reportagem.

Serviços prestados pela via são alvos de polêmica e reclamações

A operação de 15 linhas de ônibus de Santo André feita pela Suzantur desde o dia 8 de outubro, por meio de contrato emergencial, tem sido marcada por polêmicas e reclamações por parte de usuários do sistema de transporte público da região da Vila Luzita.

Um mês após a Suzantur iniciar seus serviços em Santo André, a principal reclamação de usuários segue sendo a falta de veículos articulados na Linha TR-101, responsável por fazer a ligação do Terminal da Vila Luzita ao Centro.

“Tá tudo errado. Eles diminuíram a quantidade de ônibus sanfona e os que tem não param nas estações. Somos obrigados a esperar um outro veículo menor”, desabafa a zootecnista Waldiléia Sousa, 35 anos.

Ontem, por volta das 16h30, o Diário presenciou a dificuldade de usuários. Durante 25 minutos, três coletivos que não possuem nivelamento com a estação passaram pela parada e deixaram passageiros nas mãos. Somente o quarto veículo que passou pelo local realizou a parada, no entanto, o veículo, com capacidade menor, foi obrigado a atender 17 usuários que se aglomeraram na área durante o período.

“É complicado porque precisamos ficar na dependência do ônibus certo passar. Antes qualquer um parava”, relata a confeiteira, Rosemeire dos Santos, 40.

A contratação emergencial da Suzantur, realizada pelo prefeito Carlos Grana (PT), é alvo de processos na Justiça e no TCE (Tribunal de Contas do Estado).

Por Daniel Macário - Diário do Grande ABC
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