DATA DA PUBLICAÇÃO 13/01/2012 | Saúde e Ciência
SUS auxiliará tratamento de doenças neurológicas
Os movimentos ficam difíceis. Tarefas que se realizavam sem pensar, agora precisam de total concentração. As pessoas olham. Muitos comentam. Sair de casa passa a ser incômodo e a pessoa se limita cada vez mais. Física e psicologicamente.
Essa é a rotina que Paulo Moraes, portador da Síndrome de Parkinson há 20 anos, e milhares de outras vítimas de patologias neurológicas enfrentam todos os dias em Belém. “É muito desgastante. Além das consequências da doença ainda precisamos passar por romarias para conseguir medicação e tratamento adequado”, comenta.
Presidente da Associação dos Parkinsonianos no Pará, que conta com 350 cadastrados, ele luta contra a falta de informação sobre a doença com o mesmo afinco que busca auxílio no fortalecimento da organização. “Temos convênios com instituições de ensino e atualmente uma psicóloga e uma fonoaudióloga trabalham de forma voluntária conosco, mas nem todos conseguem o atendimento porque não têm condições de se locomover”, conta.
Enquanto o poder público não se manifesta, Paulo continua fazendo as sessões diárias de terapia ocupacional, tomando os medicamentos necessários e se atualizando sempre sobre as novidades médicas, onde mantém viva a sua esperança.
“Acredito que a solução para as doenças degenerativas está na utilização de células tronco, mas fico feliz em saber que outros procedimentos paralelos já estão sendo oferecidos. Tudo que amenize nosso sofrimento é bem vindo”, diz.
O procedimento ao qual Paulo se refere é o Programa de Toxina Botulínica para pacientes do Serviço Único de Saúde (SUS), implantado ontem pela manhã em Belém.
Dignidade
O objetivo do tratamento é dar mais dignidade aos portadores de sequelas neurológicas, facilitando o relaxamento dos músculos enrijecidos e contribuindo para sua melhora clínica. O serviço está disponível gratuitamente na unidade Demétrio Medrado, a única no Estado cadastrada pelo Ministério da Saúde.
Segundo o diretor da unidade, Said Kalif, o programa estava em tramitação há um ano e meio, cumprindo exigências burocráticas, mas já está em funcionamento, contando inclusive com a toxina. “A princípio 70 pacientes já cadastrados serão beneficiados com o tratamento. Queremos diluir a demanda reprimida e em maio iniciaremos o cadastro de novos pacientes, que devem receber o tratamento no segundo semestre deste ano”, conta.
Junto à aplicação serão oferecidas também sessões de fisioterapia. “A toxina apenas relaxa o músculo, mas a fisioterapia é que vai trazer os movimentos de volta”, explica.
Estudos mostram que a partir de 30 dias após a aplicação, a toxina começa a fazer efeito e permanece no organismo de quatro a cinco meses. Depois disso, o paciente é novamente avaliado para receber outra aplicação. “Além de ser um avanço na diminuição das sequelas de milhares de pacientes, é um benefício ainda maior para quem não tinha condições de pagar um tratamento privado”, diz. Em clínicas particulares, cada aplicação da toxina varia de R$ 2.300 a R$ 3.000.
Entenda
Entre o músculo e os nervos há uma placa responsável pela transmissão do estímulo nervoso que produz a contração muscular. A toxina botulínica age nessa placa, dificultando a transmissão do estímulo e levando ao relaxamento da musculatura. Com finalidade estética, a toxina atenua rugas do rosto, pois a musculatura relaxa e a expressão fica menos contraída.
Indicação
Sequelas de lesões encefálicas (traumatismos de crânio e pelas provocadas por derrames cerebrais e paralisia cerebral), esclerose múltipla, mal de Parkinson, tiques nervosos, cefaleias e hiperidrose.
Cadastro
A partir de maio a unidade de saúde Demétrio Medrado (Dr. Freitas, 235 – Sacramenta) iniciará o cadastro e análise clínica de interessados em participar do programa. Mais informações na própria unidade, pelos números 3233 1479 e 3233 2562.(Diário do Pará)
Essa é a rotina que Paulo Moraes, portador da Síndrome de Parkinson há 20 anos, e milhares de outras vítimas de patologias neurológicas enfrentam todos os dias em Belém. “É muito desgastante. Além das consequências da doença ainda precisamos passar por romarias para conseguir medicação e tratamento adequado”, comenta.
Presidente da Associação dos Parkinsonianos no Pará, que conta com 350 cadastrados, ele luta contra a falta de informação sobre a doença com o mesmo afinco que busca auxílio no fortalecimento da organização. “Temos convênios com instituições de ensino e atualmente uma psicóloga e uma fonoaudióloga trabalham de forma voluntária conosco, mas nem todos conseguem o atendimento porque não têm condições de se locomover”, conta.
Enquanto o poder público não se manifesta, Paulo continua fazendo as sessões diárias de terapia ocupacional, tomando os medicamentos necessários e se atualizando sempre sobre as novidades médicas, onde mantém viva a sua esperança.
“Acredito que a solução para as doenças degenerativas está na utilização de células tronco, mas fico feliz em saber que outros procedimentos paralelos já estão sendo oferecidos. Tudo que amenize nosso sofrimento é bem vindo”, diz.
O procedimento ao qual Paulo se refere é o Programa de Toxina Botulínica para pacientes do Serviço Único de Saúde (SUS), implantado ontem pela manhã em Belém.
Dignidade
O objetivo do tratamento é dar mais dignidade aos portadores de sequelas neurológicas, facilitando o relaxamento dos músculos enrijecidos e contribuindo para sua melhora clínica. O serviço está disponível gratuitamente na unidade Demétrio Medrado, a única no Estado cadastrada pelo Ministério da Saúde.
Segundo o diretor da unidade, Said Kalif, o programa estava em tramitação há um ano e meio, cumprindo exigências burocráticas, mas já está em funcionamento, contando inclusive com a toxina. “A princípio 70 pacientes já cadastrados serão beneficiados com o tratamento. Queremos diluir a demanda reprimida e em maio iniciaremos o cadastro de novos pacientes, que devem receber o tratamento no segundo semestre deste ano”, conta.
Junto à aplicação serão oferecidas também sessões de fisioterapia. “A toxina apenas relaxa o músculo, mas a fisioterapia é que vai trazer os movimentos de volta”, explica.
Estudos mostram que a partir de 30 dias após a aplicação, a toxina começa a fazer efeito e permanece no organismo de quatro a cinco meses. Depois disso, o paciente é novamente avaliado para receber outra aplicação. “Além de ser um avanço na diminuição das sequelas de milhares de pacientes, é um benefício ainda maior para quem não tinha condições de pagar um tratamento privado”, diz. Em clínicas particulares, cada aplicação da toxina varia de R$ 2.300 a R$ 3.000.
Entenda
Entre o músculo e os nervos há uma placa responsável pela transmissão do estímulo nervoso que produz a contração muscular. A toxina botulínica age nessa placa, dificultando a transmissão do estímulo e levando ao relaxamento da musculatura. Com finalidade estética, a toxina atenua rugas do rosto, pois a musculatura relaxa e a expressão fica menos contraída.
Indicação
Sequelas de lesões encefálicas (traumatismos de crânio e pelas provocadas por derrames cerebrais e paralisia cerebral), esclerose múltipla, mal de Parkinson, tiques nervosos, cefaleias e hiperidrose.
Cadastro
A partir de maio a unidade de saúde Demétrio Medrado (Dr. Freitas, 235 – Sacramenta) iniciará o cadastro e análise clínica de interessados em participar do programa. Mais informações na própria unidade, pelos números 3233 1479 e 3233 2562.(Diário do Pará)
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