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DATA DA PUBLICAÇÃO 11/04/2014 | Economia
Supermercados esperam alta de 5% no faturamento
Supermercados esperam alta de 5% no faturamento Foto: André Henriques/DGBC
Foto: André Henriques/DGBC
O setor supermercadista do Grande ABC expandirá 5% neste ano, junto ao crescimento estadual, estima a Apas (Associação Paulista de Supermercados). Principalmente porque o principal combustível que movimenta essas empresas, no caso, o emprego e a renda, estão com bons resultados e devem seguir assim até o fim do ano, observa o presidente da entidade, João Galassi.

Todos os associados da Apas são responsáveis por, aproximadamente, 85% do setor. Na região, há 41 empresas com suas sedes nas sete cidades, donas de 152 lojas, de um total de 260 que considera as não associadas, elencou a diretora para o Grande ABC da Apas, Ana Paula Hissatugo. Esses estabelecimentos são responsáveis pelo emprego de 41 mil pessoas e, em 2013, atingiram receita, deflacionada, de R$ 6,9 bilhões. Em 2012, foram R$ 6,3 bilhões, quando a representatividade era de 135 lojas.

Ontem, durante a apresentação da Feira Apas 2014, Galassi destacou que o setor apresenta tendência de crescimento. “Como estamos em um dos menores patamares de desemprego e devemos, pelo menos até a Copa do Mundo de futebol, reduzir ainda mais, o setor deve continuar bem. Isso porque emprego gera renda, e é isso que impulsiona os consumidores a comprarem nos supermercados”, explicou.

Em média, 85% do abastecimento das famílias é adquirido nos supermercados, revela o presidente da Apas. E, sem detalhar o percentual de participação, Galassi destacou que os alimentos são os que mais pesam nesta conta.

Segundo levantamento da Fecomercio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), com base na tributação aplicada nos estabelecimentos, todos os supermercados instalados no Grande ABC atingiram receita de R$ 757,8 milhões em janeiro. O montante representou crescimento de 7,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

FATORES - No caso da Páscoa, um dos estímulos que deverão contribuir para o incremento nas vendas dos mercados é a inflação menos acentuada dos produtos. “Esperamos entre 3% e 4%”, disse Galassi. Ontem, conforme o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o aumento médio dos preços às famílias com renda entre um e 40 salários-mínimos (R$ 28.960), acumulado em 12 meses encerrados em março, atingiu 6,15%.

O presidente da entidade citou ainda que o dólar tem influência direta nessa estimativa, tendo em vista que sua desvalorização recente frente ao real tem contribuído para itens sazonais e que pesam no orçamento, como o bacalhau. O produto está com os mesmos preços do ano passado, ou até menores.

Segundo dados do BC (Banco Central), a moeda norte-americana desvalorizou 5,5% frente ao real em um mês encerrado ontem. Passou de R$ 2,34 para R$ 2,21. “Isso ficou mais acentuado ainda porque o mercado europeu não está aquecido, portanto, o bacalhau está vindo com menor preço”, explicou Galassi.

Já a contribuição da Copa do Mundo para o faturamento do setor é devido, principalmente, à geração de empregos nas obras para o evento, o aumento de força de trabalho como reflexo, e também devido ao maior consumo durante os jogos. “Neste ano, as pessoas não vão parar para consumir mais apenas durante o jogo do Brasil, mas em todas as partidas, tendo em vista que a Copa acontece aqui”, avaliou Galassi.

Inflação dos alimentos atinge 2,12% em março

A inflação do grupo de alimentos dentro dos supermercados de São Paulo foi a maior da história para um mês em março. Esses produtos tiveram alta média de preços de 2,12%.

Na avaliação do presidente da Apas (Associação Paulista de Supermercados), João Galassi, a situação é preocupante porque os problemas que ocasionaram essa alta são imprevisíveis e incontroláveis. Os dados são do IPS-Apas (Índice de Preços dos Supermercados), estudo realizado em parceria com a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), que acumulou alta de 1,95%. A série histórica teve início em 1994.

Ele se refere ao período de seca e falta de chuvas que influenciou nos custos da cultura de hortifrútis. Os produtores enfrentaram dificuldades para garantir a continuidade da produção apenas com a irrigação e perderam muitos produtos por causa do tempo quente do primeiro trimestre. Como consequência, elevaram os preços dos seus produtos. Os itens in natura, conforme o IPS-Apas, saltaram 11,06%.

“Mas nossas pesquisas indicam que, entre o fim de maio e o começo de junho, a inflação cederá. Isso porque já começamos a ver desaceleração na inflação de alguns alimentos”, avaliou Galassi.

O segmento de bebidas não acompanhou de perto o aumento médio dos preços dos alimentos. Segundo o IPS-Apas, a inflação desse grupo de produtos foi de 0,63% em março.

Os itens de higiene e beleza que estão nas gôndolas dos estabelecimentos da Grande São Paulo apresentaram encarecimento médio de 0,88% no mês passado contra fevereiro.Por outro lado, a dona de casa que comprou produtos de limpeza desembolsou 3,13% a mais do que no segundo mês deste ano.

CRÉDITO - A desaceleração na demanda por crédito do consumidor não é vista como risco para os supermercadistas, avaliou a diretora para o Grande ABC da Apas, Ana Paula Hissatugo.

Segundo ela, a maioria das pequenas redes da região trabalha em parceria com instituições financeiras para financiar apenas os dias que têm para pagarem seus fornecedores, entre 28 dias e 35 dias.

“A partir deste período, os cartões dos clientes têm a mesma característica de crédito rotativo, com taxa entre 12% e 15% ao mês. Então, o cliente acaba avaliando que não vale muito a pena, pois, na maioria das vezes, já tem outro cartão do próprio banco que possui quase a mesma função”, explicou Ana. A diretora disse que os plásticos representam menos de 10% das vendas das empresas do setor na região.

Entidade prevê que evento do setor em maio vai gerar R$ 5,8 bilhões

A Apas (Associação Paulista de Supermercados) revisou sua previsão sobre a movimentação financeira proporcionada pela Feira Apas 2014 para expansão de 5,5% em relação a 2013. Ontem, o presidente da entidade, João Galassi, revelou que a projeção é de R$ 5,8 bilhões de negócios fechados por causa do evento, que está na sua 30ª edição e será realizada em maio. Em 2013, a mesma feira movimentou R$ 5,5 bilhões.

Neste ano, Galassi disse que há 64 mil inscritos. Ao todo serão 600 fornecedores e expositores de 56 países. “Hoje, este é o maior evento do mundo de um único setor”, destacou.

Entre as atrações que a Apas trabalha para promover durante a feira estão palestras dos pré-candidatos à Presidência da República. Também haverá a apresentação do principal executivo da FranklinCovey, Stephen Covey. Ele é especialista em confiança aplicada nas empresas, tema da feira neste ano. O evento ocorrerá entre os dias 5 e 8 de maio na Expo Center Norte, na Capital. O pavilhão de exposições estará aberto entre 14h e 22h, nos dias 5 e 7. No dia 8, vai até as 20h.

Por Pedro Souza - Diário do Grande ABC
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