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DATA DA PUBLICAÇÃO 23/01/2015 | Política
Superintendente some do Hospital Mário Covas
Um dia após o Diário denunciar situação incômoda aos pacientes do Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André, o superintendente da unidade, Desiré Carlos Callegari, não deu expediente ao longo do dia no local e, só no começo da noite de ontem tentou explicar a situação. Ele alegou que erro de cálculo da Secretaria paulista de Saúde resultou na falta de remédios e a burocracia para adquirir novas cadeiras de rodas atrasou a compra de unidades.

A equipe do Diário esteve no hospital pela manhã de ontem, entre 10h e 12h30, e na parte da tarde, entre 15h e 17h, para conversar com Callegari. Porém, só recebeu informações contraditórias.

Em princípio, o superintendente estaria em reunião na sede da FMABC (Faculdade de Medicina do ABC). O encontro teria se encerrado às 11h30 e o superintendente retornado ao seu trabalho às 12h. Porém, na mesma hora, a equipe de reportagem estava presente para confirmar que ele não estava lá nesse horário.

Na parte da tarde, a assessoria de imprensa do local registrou que Callegari havia deixado o prédio para resolver questões na Secretaria Estadual de Saúde, no Cerqueira César, na Capital. Funcionários do governo do Estado informaram, porém, que não viram Callegari e anunciaram que o secretário estadual de Saúde, David Uip, está em férias – retorna só semana que vem dos Estados Unidos.

“Minha ausência não atrapalha o andamento do hospital porque temos diretores e outros funcionários trabalhando com quem mantenho o contato. Eu preciso fazer a relação política do hospital. Hoje (ontem) foi dia atípico”, alegou Callegari, às 19h40, quando atendeu ao contato do Diário. “Se estou em casa à noite e toca o telefone, acabo sendo obrigado a vir para cá. Minhas saídas hoje (ontem) contam como expediente”, justificou Callegari Segundo contrato, ele teria de cumprir 40 horas semanais.

O superintendente afirmou que se reuniu no governo do Estado com o coordenador de OSSs (Organizações Sociais de Saúde), Eduardo Adriano, sobre o desabastecimento de remédios. “Temos 201 itens na nossa farmácia e estamos em falta de 42. Levei a listagem e o coordenador me deu a palavra que está fazendo compra emergencial”, contou, ao, na sequência, culpar a gestão estadual pelos problemas no Mário Covas. “(Adriano) Não deu prazo. Houve desabastecimento (por culpa da) da própria secretaria, que não fez cálculo, talvez, correto da demanda. (Houve) Questão de erro de logística do Estado”, argumentou.

Callegari justificou que o problema de longas filas é antigo. A solução proposta por ele foi encaminhar os remédios via correio, mas a ação foi vetada pelo alto custo. “Seria R$ 110 mil por mês”. O superintendente também tentou parceria para que os medicamentos fossem distribuídos pelos municípios, alternativa também descartada. “A Secretaria de Saúde acha que a medicação deve chegar diretamente ao usuário para que não haja extravio, mau uso ou manipulação política.”

Para a falta de cadeiras de rodas, Callegari prometeu solução para hoje, com a locação de 24 unidades que servirão ao pronto-socorro e complementarão as atuais 49. Licitação para aquisição de 39 cadeiras de rodas normais e mais cinco para obesos foi assinada na quarta-feira e prevê entrega em 25 dias. “A burocracia que nos atrapalha.”

Por Gustavo Pinchiaro - Diário do Grande ABC
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