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DATA DA PUBLICAÇÃO 23/01/2015 | Economia
Sorveterias vendem 50% a mais
 Sorveterias vendem 50% a mais Foto: Ari Paleta/DGABC
Foto: Ari Paleta/DGABC
Dados do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) indicam que São Paulo teve o janeiro mais quente dos últimos 15 anos, com a média das temperaturas máximas acima dos 30°C. No Grande ABC, o Diário apurou que no dia 13, os termômetros apontavam 40°C na cidade de São Bernardo. Por isso, os empreendedores do segmento de sorvetes estão comemorando. As vendas subiram até 50% na região.

Este é o caso da fábrica de sorvete Cockmel, localizada na Rua Gutemberg, 141, bairro Camilópolis, em Santo André. O estabelecimento tem sido ponto de parada dos moradores nas últimas semanas por causa do calor. A empresa fabrica e também vende no varejo na sede, e conta com outras três lojas na cidade e uma em São Caetano.

O proprietário da Cockmel, Adelmo Marrafão, comenta que a busca pelos seus produtos em 2015 está bem maior do que nos anos anteriores. “Nunca vi tanta loucura por sorvete como neste ano. Os fornecedores estão até com dificuldade de entregar matéria-prima para a gente fabricar. Agora mesmo estamos trabalhando com menos sabores porque vendeu tudo.”

Marrafão analisa também que o seu resultado superou a meta. “Mesmo ainda no meio do verão, conseguimos perceber aumento de cerca de 50% nas vendas, o que significa um crescimento além do esperado.” Sobre as vendas no período de menos calor, Marrafão revela comportamento diferenciado da demanda. “Antigamente as vendas caíam cerca de 80% nos meses do inverno. Mas de uns anos para cá, essa queda só chegou a 40%, e esperamos que caia menos ainda em 2015”, projeta.

O comportamento do mercado na região está de acordo com a média nacional, revela a Abis (Associação Brasileira das Indústrias e do Setor de Sorvetes). O consumo da sobremesa teve expansão de aproximadamente 81,6% entre 2003 e 2013. A entidade informou que dados sobre 2014 serão divulgados em março.

INAUGURAÇÕES

A soma do calor com a demanda desperta o interesse de empreendedores pelo segmento. O ex-bancário Ewerton Carvalho, 23, não deixou a oportunidade passar, gastou R$ 70 mil de suas economias e amanhã vai inaugurar uma unidade da paleteria mexicana Chicos y Chicas, na Avenida Higienópolis, 603, na Vila Gilda, em Santo André. “Acredito que não temos mais uma estação do ano específica. Hoje em dia faz muito calor em pleno inverno, e isso aquece o setor de sorvetes no Brasil.” Ele estima faturar R$ 80 mil por mês.

No caso da Milk Shakes Mumu, localizada na Avenida Presidente Kennedy, em São Caetano, inaugurada em novembro, os proprietários Flávio Rogério de Souza e Muriel Araújo Assad já conseguem traçar o perfil da maioria dos seus clientes, que procuram bom atendimento, e os números dos melhores dias de vendas. “Geralmente nos sábados costumamos vender em média 400 milk-shakes. O faturamento semanal gira em torno dos R$ 14 mil.” Souza lembrou que, mesmo com horário de fechamento às 23h30, chegou a encerrar o atendimento às 2h30.

Mesmo com pouco tempo de vida, Assad e Souza pretendem ampliar o leque de produtos com as paletas mexicanas, que são a nova febre do verão. “Provamos de vários fornecedores e escolhemos o que tem mais qualidade”, diz Assad.

Clientes fiéis têm preferências específicas quanto ao tipo do sorvete
A variedade de sorvetes disponíveis na região agrada a todos os gostos, desde os mais conservadores até os modernos. O aposentado Antônio Ricardo, 67 anos, está acostumado a abastecer o seu freezer. “Estou comprando para toda a família hoje (quarta-feira). No calor é muito bom, todo mundo adora lá em casa.”

O estudante de Psicologia Fernando Cortes, 29, é apaixonado por paletas mexicanas. “Conheci através de uma amiga, que provou no shopping. Eu só tomava quando ia para lá. Agora abriu uma loja perto de onde trabalho e tomo todo dia”, conta. Ele revela seus sabores favoritos. “Gosto mais das recheadas: morango com leite condensado e coco com doce de leite. Mas gostei de todas que provei.”

Já a estudante de Publicidade e Propaganda Natália Tardeli, 19, diz que não consegue deixar de tomar sorvete quando está muito calor. “Ontem (terça-feira) mesmo eu quase morri de calor, tomei um no meu horário de almoço e pedi para minha chefe comprar um pote para a gente. Quando cheguei do trabalho, dei uma passada no shopping e tomei milk-shake e e uma casquinha.”

Por Renato Cunha - Especial para o Diário
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