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DATA DA PUBLICAÇÃO 15/08/2014 | Geral
Solteiro sim, sozinho nunca!
Pouca gente sabe que hoje, dia 15 de agosto, se comemora o Dia do Solteiro. É possível arriscar, porém, que a maioria daqueles que estão “disponíveis do mercado” já ouviu falar do Tinder, um aplicativo que possibilita o contato com pessoas do mesmo estado civil e que desejam conhecer alguém interessante, seja para curtir ou para tentar um relacionamento mais sério.

O app virou febre por aqui há cerca de um ano e já mudou o jeito de paquerar dos cerca de 72 milhões de brasileiros que estão desacompanhados, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Com ele, as palavras “solteiro” e “sozinho” deixaram de ser sinônimas, uma vez que arranjar companhia agora está ao alcance de um toque.

Se você está comprometido e ainda não teve – ou quem sabe nunca terá – a chance de usar o Tinder, explicamos: trata-se de uma ferramenta que se baseia na geolocalização e nos interesses em comum usando como base o perfil do usuário no Facebook para conectar pessoas. Se dois solteiros se interessarem um pelo outro, um chat é aberto e a conversa pode evoluir para outras redes sociais ou para o mundo real.

A farmacêutica de São Bernardo Paula Silveira (nome fictício), 25 anos, faz parte dessa parcela de solteiros adeptos às novas tecnologias. Usuária do app desde o final de 2013, ela diz já ter saído com seis garotos que conheceu por meio da ferramenta e garante: ser solteira agora é bem mais divertido. “No mínimo são risadas garantidas, tanto pelas conversas com os homens quanto depois, quando você conta para as amigas.”

Segundo Paula, a vantagem do Tinder é que só é possível conversar com quem desperta o interesse das duas partes. “Além disso, é algo anônimo. Se você falar com o cara e não gostar, não tem como ele te encontrar depois ou postar algo no seu Facebook. É seguro”, afirma a farmacêutica, que usa o app com um único propósito: pegação.

O estagiário de mercado financeiroVinícius Semensato, 22 anos, também de São Bernardo, baixou o programa após terminar um namoro. A indicação foi de uma amiga, que começou um relacionamento sério com ajuda da ferramenta. “A princípio, o objetivo foi conhecer gente nova, mas sempre acaba acontecendo algo mais, um encontro, por exemplo. O objetivo nunca foi arranjar alguém sério lá.”

Independentemente da finalidade com que for utilizado, o fato é que o aplicativo criado por alunos da Universidade do Sul da Califórnia, nos Estados Unidos, tem atraído cada vez mais adeptos. No mundo, já são mais de 100 milhões de usuários – 10 milhões apenas no Brasil.

Para a professora Elisa Meireles, coordenadora do curso de Psicologia da unidade Vila Mariana da Universidade Anhanguera de São Paulo, aplicativos como este servem como uma espécie de cupidos digitais. “Essas relações estão em forte crescimento, porque facilitam o primeiro contato e criam recursos para pessoas que estão próximas e possuem perfis semelhantes se conhecerem e, ocasionalmente, terem relações amorosas”, explica.

Elisa ressalta que, como em qualquer âmbito, essas novas tecnologias à serviço dos relacionamentos apresentam prós e contras. “Os ganhos são a possibilidade de encontros sem a necessidade de um terceiro intermediando, um novo amor, identificando alvos geograficamente próximos, levando o relacionamento para o mundo real. As perdas são as frustrações decorrentes da idealização de um príncipe encantado que não existe. Para se entrar neste mundo virtual, tem de estar preparado emocionalmente para as perdas sociais e para as relações não correspondidas.”

A psicóloga especializada em Psicologia Comportamental da Universidade Metodista de São Paulo Angélica Capelari conta que o app pode tanto ajudar em uma aproximação inicial como inviabilizar relações reais. “Ao mesmo tempo que estabelece o contato, pode também dificultar a exposição, já que algumas pessoas podem adiar o contato pessoal ou ele nem mesmo chegar a acontecer", afirma. “Tem gente que usa como estratégia, filtro ou acesso, mas há aqueles que têm uma dificuldade no "ao vivo e a cores" e continua com ela”, completa.

Independentemente dos relacionamentos – casuais ou sérios - que possam vir a surgir quando se está “avulso”, é importante frisar que estar desacompanhado representa uma boa oportunidade para olhar para si e que deve ser aproveitada enquanto essa fase durar. “Com certeza o fato de estar solteiro permite alguns ganhos, tais como a oportunidade de se cuidar, de fazer um tratamento de beleza, renovar o guarda-roupa, fazer meditação, terapia, investir o seu tempo e o seu dinheiro em hobbies e atividades que lhes dão prazer, sem necessariamente ter que dividir seu tempo e espaço com alguém que muitas vezes possui outros interesses”, diz Elisa.

Por Marília Montich - Diário OnLine
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