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DATA DA PUBLICAÇÃO 28/09/2010 | Tecnologia
Software identifica depressão pela voz
É comum sentir quando algo não está bem na vida de um amigo apenas pelo tom de voz que ele emite em uma conversa telefônica.

Essa percepção corriqueira, mas totalmente impalpável, foi transformada em algoritmos, e agora pode ser medida por meio de um detector de depressão.

Trata-se de um software desenvolvido por pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos, e que está sendo submetido a testes comerciais neste momento.

As primeiras experiências vêm sendo bem-sucedidas e, por conta disso, exemplares para uso restrito já estão sendo produzidos, diz à Folha Joshua Feast, CEO da Cogito Health. Essa companhia foi formada por pesquisadores do MIT com o objetivo de criar ferramentas de computação para leitura comportamental do ser humano.

"O software pode detectar depressão e decaimento geral, bem como o entusiasmo de uma pessoa e sua atitude. Pode apontar onde há ou não há risco de depressão e em qual nível está esse risco, ou seja, sua probabilidade. O objetivo é que a ferramenta chegue ao mercado o quanto antes", afirma Feast.

"Reducionista"

O programa analisa padrões de fala, mas não se detém nas palavras do diálogo. "Ele não ouve o que está sendo dito", enfatiza Alex "Sandy" Pentland, professor do MIT e um dos criadores da empresa Cogito Health.

Em tempo: Pentland é autor de "Honest Signals" (2008), livro em que ele detalha algumas de suas descobertas sobre como sinais inconscientes (gestos e inflexões de voz) refletem processos mentais. É ele o cérebro por trás das diretrizes teóricas que embasam os trabalhos da empresa, sediada em Charlestown, Boston (leia entrevista com o pesquisador nesta página).

Estudos psiquiátricos já apontaram que pessoas deprimidas apresentam ritmo de fala mais lento, em voz baixa e monocórdica.

O que o software faz é rastrear indícios da doença em diversos tipos de discurso, por meio da análise de padrões vinculados à fluidez, à consistência do tom e à energia impressas na voz do interlocutor, além de seu grau de envolvimento.

Segundo os pesquisadores, a aplicação mais imediata do programa, além de ajudar no controle da evolução do problema, é prevenir a aparição da doença em pacientes com enfermidades crônicas -e servir de auxiliar confiável para profissionais não especializados no tema. "O programa ainda não pode distinguir os diferentes graus e subtipos de depressão.

Estamos trabalhando nisso. Para ter um diagnóstico fechado, ainda precisamos da assessoria de um médico e de uma revisão cuidadosa da história clínica do paciente."

Para o médico psiquiatra Marco Antônio Brasil, membro da ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria), não é possível detectar a depressão pela voz. "É uma doença com muitos sintomas. Não tem como pensar em sinais biológicos para a depressão."

Segundo o especialista, alterações no tom de voz podem estar associadas a uma simples tristeza ou mudança de humor. "É muito reducionista fazer o diagnóstico a partir disso."

Por Denise Mota - Coaboração para a Foha
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