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DATA DA PUBLICAÇÃO 30/10/2008 | Cidade
''Só eu serei oposição'', afirma Chiquinho
Três ou quatro dias. Esse é o tempo que o ex-prefeiturável de Mauá Chiquinho do Zaíra (PSB) disse que precisaria a mais para vencer Oswaldo Dias (PT) no segundo turno. "Faltou muito pouco. Mas agora serei só eu na oposição ao governo."

Magoado com o que chamou de ataques pessoais, Chiquinho afirmou que a associação de sua imagem à embriaguez "abalou toda a família".

O socialista disse que não pretende se encontrar com o adversário. "Desejo que ele faça um bom governo, mas não tenho nada para falar com o Oswaldo."

DIÁRIO - O que faltou para que o sr. pudesse sair vencedor na eleição de domingo?
CHIQUINHO - Faltaram três ou quatro dias. A onda pegou em Mauá. Nossa evolução do primeiro para o segundo foi muito grande. Se eu tivesse um pouco mais de tempo, ganharia a eleição. Também faltou apoio político dos prefeitos da região. Eu imaginei que poderiam ter vindo pelo menos em um almoço. Foi tudo na raça na eleição: eu, o Paulo Bio (PMDB, candidato a vice-prefeito) e a militância. Mas como não ganhei, quero o bem da cidade. Que Deus abençoe o Oswaldo para que tenha a mente aberta e siga propostas nossas, como o congelamento do IPTU e da passagem de ônibus.

DIÁRIO - O sr. pensa em fazer como Vanderlei Siraque (PT), que se colocou à disposição após ter perdido para Aidan Ravin (PTB), em Santo André?
CHIQUINHO - Não. A administração é dele. Foi ele que ganhou a eleição. Desejo que ele faça com um bom governo, mas não tenho nada para falar com o Oswaldo.

DIÁRIO - Com os mais de 93 mil votos, o sr. se tornará o principal nome da oposição em Mauá em 2009?
CHIQUINHO - O resultado da eleição mostra que 44% da população quer mudança. Isso me credencia a torcer para que Oswaldo ajude as pessoas. O povo merece uma boa administração, que é o que eu iria fazer. Oposição sou naturalmente. E agora na oposição sou só eu. Quem sobrou da eleição fui eu, já que Diniz Lopes (ex-PSDB) e Mateus Prado (ex-Psol) foram para o lado de lá. Tenho certeza que eles não foram atrás do projeto político do Oswaldo. Mas não sei atrás do que eles foram.

DIÁRIO - O sr. gostaria que os quatro vereadores eleitos do PSB também fossem oposição ao governo Oswaldo?
CHIQUINHO - Não sentei para discutir isso. Essa conversa passa pela executiva. Vamos nos reunir na próxima semana e gostaria que eles pensassem como eu penso, que é pelo bem de Mauá. Ainda não falei com eles, mas dentro deste cenário, a oposição será a gente, do PSB. Mas o partido vai dar a linha aos vereadores.

DIÁRIO - Fica alguma mágoa em relação à campanha?
CHIQUINHO - Fiquei muito chateado da maneira como o PT se portou em relação a mim. Tudo que falei do Oswaldo foi o que TCE (Tribunal de Contas do Estado) e o MP (Ministério Público) apontaram. A Valdirene Dardin (ex- secretária de Finanças na gestão Oswaldo) foi condenada. Foi noticiado em todos os jornais. Mas como eles não tinham o que falar de mim, vieram para o lado pessoal. Tentaram me desgastar em relação a essa história de bebida. Fiquei chateado, porque abalou toda minha família. Minha filha, minha mulher e minha mãe ficaram muito tristes. Me magoou, mas pela minha experiência de vida, eu sei absorver. Estou chateado pela minha família.

DIÁRIO - Mas não foi um erro dizer, em cima de uma caminhão de som, que é melhor beber do que roubar?
CHIQUINHO - Esse assunto ficou muito forte na cidade. Era a minha defesa. Estava passando por uma pessoa que bebia sem ser um bêbado.

DIÁRIO - Qual o sentimento do sr. em relação aos políticos que estavam de seu lado e mudaram para o barco petista no segundo turno?
CHIQUINHO - Eu não faria o que eles fizeram. Política para mim não é isso. É coisa séria. Política é assumir compromisso, manter a palavra. Agora não tenho mais condições de andar ao lado deles.

DIÁRIO - Como ficou sua relação com o prefeito Leonel Damo? Ele poderia ter participado mais da campanha?
CHIQUINHO - Não tenho o que falar dele. O Leonel abriu mão de sair candidato e na campanha, dentro das condições dele, ajudou. Tenho certeza que ele queria a nossa vitória.Vamos conversar e esclarecer qualquer desentendimento que tenha ficado.

DIÁRIO - A rejeição da gestão Damo o atrapalhou?
CHIQUINHO - Não sei dizer. O que acho é que ele fez muita coisa, mas que acabou não sendo divulgada. Mesmo assim, isso não me atrapalhou em nada. Quem tem de assumir a derrota sou eu. Não há culpados.

Por Sérgio Vieira - Diário do Grande ABC / Foto: Ari Paleta
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