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DATA DA PUBLICAÇÃO 19/04/2009 | Educação
Sistema educacional da rede pública é questionado
A ineficiência do sistema de progressão continuada, instituída há 11 anos, é demonstrada pela falta de condições dos estudantes em formular simples frases com coerência e sem erros gramaticais. Exemplos do problema foram detectados em prova diagnóstica de Língua Portuguesa aplicada a todos os alunos de 5ª e 6ª séries da rede estadual.

Professores da rede pública ouvidos pelo Diário contam que é comum encontrar crianças de 6 ª, 7ª e até 8ª séries que não sabem escrever e ler plenamente, ou ainda, interpretar textos. Os problemas, entretanto, não são exclusivos do Ensino Fundamental. Há casos de estudantes do Ensino Médio com déficit na alfabetização.

O governo do Estado conhece o problema. Em seu último ato oficial, na semana passada, a ex-secretária estadual da Educação Maria Helena Guimarães Castro anunciou os resultados do Saresp (Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo): mais da metade dos estudantes não atinge o nível de conhecimento considerado adequado em Matemática, Língua Portuguesa, Ciências e redação.

Na região, o índice de alunos que estão abaixo do nível básico ou possuem somente o conhecimento elementar para o Ensino Médio é superior a 60%, na maioria das cidades.

Quem vive a rotina das salas de aula diz que a principal vilã da Educação é a progressão continuada. A superlotação das classes e a ausência de um trabalho eficaz com os alunos com dificuldade de aprendizagem também contribuem com o cenário, segundo especialistas. Desde 1998 são raras as reprovações de alunos do Ensino Fundamental, mesmo que eles não tenham tirado uma só nota azul durante o ano, e não apresentem condições pedagógicas de evoluir para a série seguinte. A exceção ocorre no encerramento de cada ciclo, às 4ª e 8ª séries, quando a lei permite a retenção.

"O problema da progressão continuada é quando ela torna-se aprovação automática, e o aluno passa de ano independentemente de ter aprendido algo. Para a progressão dar certo é preciso ter sistemas de otimização e reforço que realmente funcionem", diz a professora Silvia Gasparian Colello, da Faculdade de Educação da USP (Universidade de São Paulo).

Por Vanessa Fajardo - Diário do Grande ABC
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