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DATA DA PUBLICAÇÃO 28/12/2010 | Saúde e Ciência
Sistema desenvolvido em universidade combate infecção hospitalar com luz intensa
Pesquisadores escoceses desenvolveram um processo de desinfecção permanente, inofensivo à saúde humana, que não requer treinamento específico e de ampla eficácia, que pode penetrar até no canto mais oculto de um quarto de hospital.

A nova luz pode ser usada na presença dos pacientes e durante atividades de rotina do hospital, afirma a microbiologista Michelle Mclean, uma das responsáveis pelo estudo.

"Esse método é o primeiro do gênero. Os procedimentos atuais de descontaminação de quartos envolvem gases esterilizantes ou luz ultravioleta, o que requer o esvaziamento do local", diz Mclean.

A invenção foi batizada de Sistema de Descontaminação Ambiental de Luz HINS (sigla em inglês para High-Intensity Narrow-Spectrum -luz de alta intensidade e espectro estreito).

O sistema, criado na Universidade de Strathclyde, encontra-se em processo de comercialização e estará disponível a instituições de saúde de todo o mundo a partir do ano que vem.

Proteção a mais

Testes clínicos com a nova tecnologia indicaram eficácia 60% superior à apresentada pelas operações de desinfecção tradicionais.

No entanto, afirmam os pesquisadores, o objetivo não é substituir, e sim adicionar o sistema aos métodos convencionais.

"É conhecida a dificuldade em determinar exatamente de que forma a redução de bactérias resulta na diminuição de infecções associadas ao tratamento hospitalar, mas hoje se entende que, quanto mais limpo o ambiente, menor o risco de adquirir infecções."

O sistema escocês descontamina o ar e todas as superfícies expostas à luz HINS.

"As ondas desse tipo de iluminação excitam as moléculas existentes nas bactérias, produzindo reações letais a micro-organismos como o Staphylococcus aureus", diz a microbiologista.

Superbactérias

O crescente aparecimento das "superbactérias" levou a equipe de pesquisadores -formada por um engenheiro elétrico, dois microbiologistas e um físico especializado em óptica- a iniciar estudos no tema em 2006.

Dois anos depois, o método passou a ser testado no Glasgow Royal Infirmary, hospital público escocês.

No Brasil, o índice de infecção hospitalar pode chegar a 16 casos a cada mil dias de internação. Nos Estados Unidos, essa proporção se reduz a 8 por mil.

Debelar o problema completamente é, nas condições atuais, uma quimera, explica o infectologista Jorge Amarante, coordenador da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do hospital Samaritano.

"As CCIHs em todo o mundo têm como meta a diminuição da velocidade com que aparece a resistência bacteriana, mas ela é inevitável e atingiu um alto grau de complexidade."

Para o infectologista, uma das maiores causas para o problema é a falta de pesquisas que derivem em novos antibióticos.

"Estamos vivendo uma crise mundial de investimento em saúde. Enquanto não houver uma tomada de posição por parte dos órgãos internacionais, vai haver cada vez mais superbactérias."

Por Denise Mota - Colaboração para a Folha
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