DATA DA PUBLICAÇÃO 11/12/2014 | Setecidades
Sistema de abastecimento secular opera em Paranapiacaba
Tanque do Gustavo foi construído pelos ingleses em 1900 em Paranapiacaba, e até hoje serve para abastecer a parte alta da vila. Foto: Andris Bovo
Reservatório construído por ingleses capta água desde 1900 e conserva nascentes locais
Máquinas a vapor e trens de ferro movidos a cabo de aço permitiram que uma pequena parte de Santo André ficasse praticamente imune à crise hídrica que assola o Estado. Essas duas invenções estão diretamente ligadas às gestão de águas da Vila de Paranapiacaba, uma vez que forçaram os engenheiros do fim do século 19 a pensarem uma estratégia que evitasse problemas de abastecimento. Os sistemas de captação e armazenamento do vilarejo possuem mais de 100 anos e até hoje funcionam tal como antigamente.
Um dos mais antigos armazenadores hídricos, o Tanque do Gustavo foi feito em 1900 e abastece a parte alta da vila. É construído com tijolos fabricados para a formação da Estrada de Ferro São Paulo Railway e blocos de pedra do mesmo período. O local não fica próximo do vilarejo e a visita só é permitida com guias cadastrados pela Prefeitura. Além da funcionalidade, o tanque de armazenamento forma um cenário paradisíaco, tanto que um antigo trabalhador da ferrovia resolveu se instalar nas proximidades da lagoa artificial. A história rendeu o que falar e o nome do funcionário foi dado ao reservatório.
O modelo parece simples, se comparado com os reservatórios atuais. Blocos de pedra formam calhas que direcionam a água para uma bacia margeada pela mata densa. A corrente passa por um túnel pensado e projetado para a geografia local. Em épocas de cheia, um vão de escoamento devolve o excedente para fora do sistema. Antes mesmo de chegar na bacia que forma o lago, a água é captada por dutos subterrâneos que fazem a pré-filtragem. Na barragem da lagoa fica o tanque que permite a passagem da água para a parte alta da vila e também para um sistema de distribuição implantado pelo Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André).
De acordo com o agente ambiental Gustavo Maluly (que não tem parentesco com o Gustavo do tanque), o segredo para que o sistema não tenha falhado até os dias de hoje é a preservação do ecossistema local. “As nascentes que formam o reservatório foram preservadas pelos construtores da época”, explicou. Os vários olhos d’água que abastecem o tanque não sofreram alteração. As árvores em torno das nascentes não foram tocadas. Desde que passou a funcionar, o sistema não tem registro de secas.
O Tanque do Gustavo foi executado junto com a duplicação da ferrovia e o consequente crescimento da vila. A água armazenada era enviada por gravidade para os patamares – casas de máquina instaladas ao longo da malha férrea e que puxavam os cabos ligados às composições. “Quando foram construir o segundo sistema funicular, perceberam a necessidade de aumentar a produção de água. Tudo foi pensado para durar por vários anos”, comentou Maluly.
Integração - Além do Gustavo, outros tanques de armazenamento menores foram construídos pelos ingleses da Railway ao redor da vila. O mais conhecido pelos turistas é o Olho D’água, que fica na parte baixa. Ali também é possível ver as canaletas direcionando a água de fontes naturais para tanques de distribuição. Parte do sistema é moderno, contudo.
Máquinas a vapor e trens de ferro movidos a cabo de aço permitiram que uma pequena parte de Santo André ficasse praticamente imune à crise hídrica que assola o Estado. Essas duas invenções estão diretamente ligadas às gestão de águas da Vila de Paranapiacaba, uma vez que forçaram os engenheiros do fim do século 19 a pensarem uma estratégia que evitasse problemas de abastecimento. Os sistemas de captação e armazenamento do vilarejo possuem mais de 100 anos e até hoje funcionam tal como antigamente.
Um dos mais antigos armazenadores hídricos, o Tanque do Gustavo foi feito em 1900 e abastece a parte alta da vila. É construído com tijolos fabricados para a formação da Estrada de Ferro São Paulo Railway e blocos de pedra do mesmo período. O local não fica próximo do vilarejo e a visita só é permitida com guias cadastrados pela Prefeitura. Além da funcionalidade, o tanque de armazenamento forma um cenário paradisíaco, tanto que um antigo trabalhador da ferrovia resolveu se instalar nas proximidades da lagoa artificial. A história rendeu o que falar e o nome do funcionário foi dado ao reservatório.
O modelo parece simples, se comparado com os reservatórios atuais. Blocos de pedra formam calhas que direcionam a água para uma bacia margeada pela mata densa. A corrente passa por um túnel pensado e projetado para a geografia local. Em épocas de cheia, um vão de escoamento devolve o excedente para fora do sistema. Antes mesmo de chegar na bacia que forma o lago, a água é captada por dutos subterrâneos que fazem a pré-filtragem. Na barragem da lagoa fica o tanque que permite a passagem da água para a parte alta da vila e também para um sistema de distribuição implantado pelo Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André).
De acordo com o agente ambiental Gustavo Maluly (que não tem parentesco com o Gustavo do tanque), o segredo para que o sistema não tenha falhado até os dias de hoje é a preservação do ecossistema local. “As nascentes que formam o reservatório foram preservadas pelos construtores da época”, explicou. Os vários olhos d’água que abastecem o tanque não sofreram alteração. As árvores em torno das nascentes não foram tocadas. Desde que passou a funcionar, o sistema não tem registro de secas.
O Tanque do Gustavo foi executado junto com a duplicação da ferrovia e o consequente crescimento da vila. A água armazenada era enviada por gravidade para os patamares – casas de máquina instaladas ao longo da malha férrea e que puxavam os cabos ligados às composições. “Quando foram construir o segundo sistema funicular, perceberam a necessidade de aumentar a produção de água. Tudo foi pensado para durar por vários anos”, comentou Maluly.
Integração - Além do Gustavo, outros tanques de armazenamento menores foram construídos pelos ingleses da Railway ao redor da vila. O mais conhecido pelos turistas é o Olho D’água, que fica na parte baixa. Ali também é possível ver as canaletas direcionando a água de fontes naturais para tanques de distribuição. Parte do sistema é moderno, contudo.
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