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Após greve, Metrô anuncia demissão de 61 funcionários
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DATA DA PUBLICAÇÃO 08/08/2007 | Geral
Sindicato dos metroviários acusa governo de terrorismo
O Sindicato dos Metroviários de São Paulo diz que a decisão do Metrô de demitir 61 trabalhadores gerou um clima de revolta e terrorismo entre a categoria. A entidade vai buscar medidas para contornar as dispensas anunciadas na noite de anteontem.

Após a demissão de três dirigentes, para o sindicato ficou claro que a dispensa é uma retaliação do governo de José Serra à greve realizada nos dias 2 e 3 deste mês.

“Não temos dúvida que foi resposta à greve. Pois não é possível o Metrô ter demitido só agora trabalhadores com 20 anos de casa por incompetência”, afirma Manuel Xavier Lemos Filho, diretor de Comunicação do sindicato.

O Metrô explicou que as demissões dos 61 funcionários ocorreram por conta da baixa produtividade apresentada por esses trabalhadores até julho deste ano, o que estaria fora dos padrões exigidos pela companhia.

Desde a noite de anteontem conforme os funcionários foram chegando para o trabalho, iam sendo avisados de suas dispensas. Até o fim da tarde de ontem, 34 já tinha ido ao sindicato para dar entrada na questão administrativa da demissão.

Embate
Segundo o sindicato, uma nova reunião com o Metrô foi realizada na tarde de ontem, mas a companhia se recusou a discutir as demissões. Contudo, matem a proposta de PR (Participação de Resultados) com adiantamento de R$ 800 para setembro, dos R$ 2,7 que os trabalhadores devem receber, e cerca de R$ 8 mil para os cargos de chefia da empresa.

Ontem e hoje, a diretoria do sindicato se reúne para discutir alternativas às demissões e como continuar as negociações do abono com o governo.

No início da noite, a categoria realiza assembléia para informar os acontecimentos e decidir medidas.

=> CUT de S.Paulo acredita na retaliação

A CUT-SP (Central Única dos Trabalhadores do Estado de São Paulo) também acredita que as demissões no Metrô são em retaliação do governo estadual à greve da semana passada.

Em nota, a central afirma que houve perseguição ao movimento sindical e que a decisão foi autoritária e gera mal-estar na categoria, que pode afetar a prestação do serviço à população.

Para o presidente estadual da CUT, Edílson de Paula, o movimento de greve não deve ficar apenas entre os metroviários, mas pode se alastrar entre outros servidores públicos com a política de não-negociação adotada pelo governador José Serra.

“Estão com uma política de oprimir o movimento sindical e vai chegar uma hora que vai explodir. São Paulo corre o risco de ter grandes movimentos no próximo período. Polícia Militar está se organizando, assim como a Civil e agente penitenciário, setores que nunca se uniram por questões trabalhistas”, explica o dirigente.

O sindicalista também acredita que o movimento dos metroviários deve fomentar ainda mais a discussão da regulamentação das greves nos servidores públicos.

Por Luciele Velluto - Diário do Grande ABC
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