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DATA DA PUBLICAÇÃO 11/08/2014 | Cidade
Simpósio de Resíduos Sólidos debate participação da sociedade
Simpósio de Resíduos Sólidos debate participação da sociedade Informações e experiências compartilhadas durante o Simpósio Internacional serão agregadas no Plano. Crédito: Roberto Mourão/ PM
Informações e experiências compartilhadas durante o Simpósio Internacional serão agregadas no Plano. Crédito: Roberto Mourão/ PM
É impossível vencer a batalha dos resíduos sólidos sozinho; Integração da sociedade é fundamental para vencer questão antiga e cada vez mais grave

“Lidar com os resíduos é um dos grandes desafios da humanidade e, ao mesmo tempo, representa medidor no nível de desenvolvimento de uma sociedade”. Com esta frase que resume o dilema colocado para o ser humano em nível global, o secretário de Planejamento Urbano de Mauá, José Afonso Pereira, abriu debate intitulado “Participação, Inclusão e Integração dos Catadores e Trabalhadores nos programas Municipais de Valorização dos Resíduos”, realizado na tarde desta quinta-feira (7) durante o Simpósio Internacional de Resíduos Sólidos realizado no Teatro Municipal de Mauá.

Carlos Geirinhas, presidente da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanismo de Londrina, expôs os esforços e os planos que a cidade paranaense está empreendendo com vista na melhoria dos indicadores de reciclagem e inclusão social dos catadores. “Atualmente, Londrina recicla 7% de todo lixo gerado. Nossa meta é atingir 35% em cinco anos, e para isso vamos aperfeiçoar os mecanismos que já operamos”, destacou o executivo público, ao lembrar que em Londrina o trabalho de triagem é realizado por cinco cooperativas que envolvem cerca de 800 catadores.

Ele explicou que a Prefeitura paga R$ 420,00 por tonelada de materiais reciclados, três vezes mais que a cifra paga pela tonelagem à empresa que coleta o lixo comum - justamente como forma de estimular a atividade que embute valor ambiental e social. “Nunca tivemos problema de prestação de contas em função disso”, esclareceu, ao salientar que a Prefeitura subsidia as cooperativas em cerca de R$ 20 milhões por ano.

Mário Russo, integrante do programa de certificação da ISWA, sigla em inglês para Associação Internacional de Resíduos Sólidos, traçou panorama internacional alarmante, que consubstancia a abordagem inicial de José Afonso Pereira: mais da metade da população mundial, ou exatos 52% de acordo com o expositor, vive sem nenhuma forma de controle sobre lixo e resíduos gerados no dia a dia.

Isso significa convivência forçada com detritos acumulados na proximidade de habitações precárias, como demonstrou em fotos tiradas em diversos países de terceiro mundo localizados no hemisfério sul. “Com o crescimento populacional em continentes como África e Ásia, o que se tem é uma verdadeira bomba relógio ambiental”, ilustrou.

Russo fez uma defesa enfática da necessidade de dar garantir condições de trabalho aos catadores. Segundo o especialista, não basta relegar a tarefa aos desvalidos da sociedade. É preciso dar-lhes assistência material e de conhecimentos para que sejam reconhecidos como categoria profissional com a importância do trabalho que representam.

Com ele concordou Pedro Jacobi, coordenador do programa de pós-graduação em Ciência Ambiental da Universidade de São Paulo. Jacobi disse mais: “A Política Nacional de Resíduos Sólidos é um grande avanço, a questão agora é implementá-la. A coleta seletiva no Brasil praticamente não existe, os números são pífios”, destacou.

O representante do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis, Armando Otaviano Junior, elogiou a Prefeitura de Mauá pelo suporte prestado à Coopercata, cooperativa com a qual o município atua em conjunto em programa de recolhimento de recicláveis no centro da cidade, o Recicla Mauá. “A Prefeitura sempre apoiou a coleta seletiva, inclusive por meio da Economia Solidária”, citou Armando, em referência ao braço operacional da Secretaria de Trabalho e Renda.

PLANO REGIONAL - As informações e experiências compartilhadas durante o Simpósio Internacional serão agregadas na elaboração de um Plano Regional de Resíduos Sólidos a ser formatado no âmbito do Consórcio Internacional do Grande ABC, entidade promotora do evento. Uma das questões a serem tratadas conjuntamente pelos sete municípios é a viabilização de alternativas para resíduos da construção civil. O Grupo de Trabalho do Consórcio espera que sinergia e ganhos de escala proporcionem condições para o reaproveitamento destes materiais.

Por PMM - Redação
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