NOTÍCIA ANTERIOR
Aplicativo facilita vida de estudantes caroneiros
PRÓXIMA NOTÍCIA
Movimentos param ruas contra redução da maioridade penal
DATA DA PUBLICAÇÃO 20/07/2015 | Setecidades
Shopping impede entrada de manifestantes para beijaço gay
Shopping impede entrada de manifestantes para beijaço gay Marcela (dir.) foi agredida por seguranças do shopping durante Parada LGBT. Foto: Edu Guimarães
Marcela (dir.) foi agredida por seguranças do shopping durante Parada LGBT. Foto: Edu Guimarães
Ato aconteceu em Santo André, palco de agressão aos participantes da última Parada LGBT

Marcela ama Tábata. De mãos dadas, elas queriam mostrar esse amor para a sociedade com um símbolo simples, o beijo. Caminharam de mãos dadas pelas ruas de Santo André até o Grand Plaza Shopping, no Centro. Foram seguidas por amigos. Enquanto caminhavam, trocavam carícias, delicadezas e cochichos amorosos. Chegando à entrada do estabelecimento, porém, foram barradas pelos seguranças. Mesmo assim, Marcela, já acostumada com agressões, não se intimidou. Nas grades do portão, agarrou Tábata pela cintura, ignorou as caras fechadas dos seguranças, e conseguiu demonstrar sua prova de amor à namorada.

A turismóloga Marcela Correia da Silva, 33 anos, chorou ao rever o local onde foi agredida por seguranças privados. Ela e a companheira fizeram parte do beijaço que reuniu membros de movimentos sociais e LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Travestis) que protestaram contra os atos de agressão ocorridos logo após a 11ª edição da Parada do Orgulho LGBT, no último dia 5. Marcela, amigos e familiares foram agredidos pelos seguranças do shopping quanto tentaram retirar o veículo estacionado no pátio do estabelecimento. Ainda com hematomas e olhos roxos, ela não demonstrou medo ao defender seus direitos. A administração do prédio comercial impediu a entrada dos manifestantes e acionou a Polícia Militar.

“É uma revolta muito grande que sinto dentro de mim. Quando me agrediram também agrediram a minha família. É algo que não se esquece tão fácil”, comentou Marcela. Mãe de um filho de cinco anos, ela leu uma carta escrita a próprio punho de repúdio à violência. “Fui ferida e não havia cometido nenhum ato para merecer isso”, relembrou.

Apesar da reação do shopping, o beijaço aconteceu sem atritos entre manifestantes e agentes de segurança. Uma das participantes foi Eli Pereira, presidente do Associação de Unificação Nacional dos Gestores de Segurança, entidade que representa a categoria no ABCD. Revoltada, ela se dirigiu aos funcionários do shopping questionando a atitude dos colegas. “O que vocês estão fazendo? Vocês não tiveram aulas de ação humanizada durante a capacitação?”, questionou.

Durante o protesto, a direção do shopping restringiu a saída a apenas clientes. A entrada foi duramente monitorada. Veículos não tiveram a permissão para acessar o estacionamento. A assessoria de imprensa do shopping foi acionada para comentar o caso, mas até o fechamento desta reportagem não enviou posicionamento.

Por Renan Fonseca - ABCD Maior
Assine nosso Feed RSS
Últimas Notícias Setecidades - Clique Aqui
As últimas | Setecidades
25/09/2018 | Acidente na Tibiriçá termina com vítima fatal
25/09/2018 | Santo André quer tombar 150 jazigos de cemitérios municipais
21/09/2018 | Região ganha 13 mil árvores em um ano
As mais lidas de Setecidades
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda
Mauá Virtual
O Guia Virtual da Cidade

Todos os direitos reservados - 2024 - Desde 2003 à 7719 dias no ar.