NOTÍCIA ANTERIOR
Cobrança individual de água em prédios reduz consumo em até 40%
PRÓXIMA NOTÍCIA
Após explosão, Bridgestone pode ficar 70 dias sem produzir pneus
DATA DA PUBLICAÇÃO 15/06/2015 | Economia
Shopping da região se destaca em reciclagem
Shopping da região se destaca em reciclagem Foto: Andrea Iseki/DGABC
Foto: Andrea Iseki/DGABC
A lei que criou, em 2010, a Política Nacional de Resíduos Sólidos obrigou indústrias e grandes empreendimentos comerciais e de serviços a ter um plano de gerenciamento, para a minimização do lixo gerado e a redução do impacto ambiental nos aterros. Para atender a legislação, o grupo Sonae Sierra Brasil desenvolve, desde 2012, programa para destinar esses materiais em seus centros de compras, entre eles o Shopping Metrópole, de São Bernardo, que hoje é referência internacional em reciclagem nesse segmento.

O grupo é dono de 46 shoppings no mundo, dos quais 12 no País, mas foi o empreendimento sãobernardense que mais se destacou nesse programa, com índice atualmente de 80% de lixo reciclado, assinala o gerente corporativo de operações da companhia no País, Ethel Moraes.

Na iniciativa, que envolveu trabalho de conscientização de clientes e lojistas e investimento em equipamentos e em treinamento de equipe de funcionários, há hoje no local a separação de resíduos em três categorias: lixo seco (plástico, metal, papel e vidro), lixo úmido e orgânico e rejeito, que não é reciclado e vai para o aterro. Desde 2012, o centro de compras já deixou de enviar para o aterro mais de 830 mil quilos de resíduos, o equivalente ao lixo produzido diariamente por 943 mil pessoas.

Porém, Moraes conta que no primeiro ano do projeto, o percentual de reciclagem no centro de compras era de 22%, basicamento com a separação de lixo seco. Nos anos seguintes, por meio de parceria com empresa especializada (a Tera Ambiental), começou a destinar lixo orgânico para compostagem (transformação do material em adubo) e foi ampliando gradualmente esse índice. No ano passado, descobriu-se a possibilidade de reciclar copos de refrigerante de uma rede e de fast-food. Esse material, que antes era considerado rejeito e ia para o aterro, hoje é reciclado por compostagem: no shopping, 280 kg de copos foram reciclados no ano passado.

O trabalho já se tornou referência. Também em 2014, o Metrópole ganhou premiação em Cartagena, na Espanha, como o melhor projeto de sustentabilidade em shoppnings na América Latina, afirma Moraes. A reciclagem, além de reduzir o volume de lixo destinado aos aterros, também gera renda: no ano passado, foram R$ 70 mil, reaplicados na iniciativa.

A intenção é aprimorar ainda mais o programa, para alcançar os 100%. “O próximo passo é transformar o resíduo orgânico é em energia”, diz o gerente, que projeta de três a cinco anos para que isso se torne realidade. Para isso, ele conta que visitou recentemente uma usina de pirólise em Hamburgo, na Alemanha, para conhecer mais sobre essa tecnologia, que já é difundida em muitos países. “No Japão, boa parte dos shoppings já tem, para aproveitar parte do lixo, para eles é importante aproveitar o resíduo, já que eles não áreas para aterro”, assinala.

MAIS INICIATIVAS - Outros shoppings da região também estão, aos poucos, reforçando iniciativas de sustentabilidade, como a separação de resíduos e destinação para reciclagem.

Um centro de compras que desenvolve política nesse sentido é o Golden Square, de São Bernardo. Aberto há apenas um ano e meio, o centro de compras já consegue taxa de 15% do total de 11 toneladas mensais geradas, afirma o gerente de operações do empreendimento, Felipe Miguel da Silva. Já está incluída nessa conta material seco (como papel, papelão e madeira), parte do orgânico e também lâmpadas. A meta, segundo o gerente, é alcançar 40% de material enviado para reciclagem, já a partir do ano que vem. “Partimos com 3%, agora estamos com 15%. Para conseguir mais de 40%, é preciso ter shopping mais maduro, o nosso ainda é novo, mas a ideia é chegar a resíduo zero enviado a aterro, para reduzir o impacto ambiental”, assinala.

Silva afirma que o material também propicia renda. São cerca de R$ 3.000 obtidos mensalmente (ou R$ 36 mil no ano) com a venda de resíduos secos, recursos que são reaplicados, como, por exemplo, a compra de máquina compactadora e na equipe que faz a coleta e separação.

Por Leone Farias - Diário do Grande ABC
Assine nosso Feed RSS
Últimas Notícias Gerais - Clique Aqui
As últimas | Economia
25/09/2018 | Operação mira sonegação de R$ 100 mi de grupos cervejeiros e cerca Proibida
25/09/2018 | Greve na Argentina cancela voos no Brasil nesta terça-feira
25/09/2018 | Demanda por GNV aumenta até 350% após alta na gasolina
As mais lidas de Economia
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda
Mauá Virtual
O Guia Virtual da Cidade

Todos os direitos reservados - 2024 - Desde 2003 à 7689 dias no ar.