NOTÍCIA ANTERIOR
Centros públicos do ABCD oferecem 3.613 vagas de emprego
PRÓXIMA NOTÍCIA
Metroviários adiam para dia 24 paralisação que haveria nesta quinta
DATA DA PUBLICAÇÃO 03/10/2012 | Economia
Shellmar Embalagens ameaça demitir 100 trabalhadores
Shellmar Embalagens ameaça demitir 100 trabalhadores Isaías Carrara, presidente do sindicato dos Gráficos, diz que entidade cobra ações na Justiça. Andris Bovo
Isaías Carrara, presidente do sindicato dos Gráficos, diz que entidade cobra ações na Justiça. Andris Bovo
Trabalhadores denunciam irregularidades; empresa acumula mais de 500 processos

A Shellmar Embalagens, em São Bernardo, passa por dificuldades financeiras desde o final da década de 1990. Atualmente com 190 funcionários e a baixa produção, apresenta uma dívida trabalhista na Justiça e está em processo de recuperação judicial pela segunda vez. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Gráficos do ABCD, Isaías Karrara, explicou que os problemas começaram com a separação da sociedade.

A empresa, que já foi próspera no setor, produzia cerca de 800 toneladas de embalagens por mês para diversos ramos da indústria como a cosmética e farmacêutica. Hoje, fabrica 50 toneladas/mês e mal consegue honrar as contas como energia elétrica e água. Apesar das dificuldades na nova gestão, no final da década de 1990 manteve o quadro de trabalhadores estável. Em 2005 ainda tinha 529 funcionários. Atualmente tem 190 e ameaça dispensar 100 trabalhadores.

Os atuais empregados alegam que há diversas irregularidades trabalhistas, e que a rotatividade na empresa é acima do normal. “Não pagam em dia, assinamos as horas extras e não recebemos. Além de pessoas que são contratadas para uma função e exercem outras. Não pagam os impostos como INSS. Quem ainda está na empresa sabe que não receberá os direitos na Justiça, mas precisa do salário, mesmo que desta forma”, afirmou um trabalhador que preferiu não se identificar.

Dívida - De acordo com o sindicato são mais de 500 processos trabalhistas de ex-funcionários pendentes na Justiça e o valor total ultrapassa R$ 30 milhões, além do que a empresa deve ao governo federal por não pagar INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). A maioria dos processos julgados foi para a empresa pagar o que deve, mas por falta de verba os trabalhadores não receberam até hoje.

Karrara explicou que a situação começou a piorar em 1996 quando os sócios americanos deixaram a empresa, e os sócios brasileiros tiveram dificuldades na gestão. No final de 2004 houve uma paralisação na produção, foi uma greve dos patrões, que ameaçaram fechar as portas por conta de diversos problemas. Já em 2005, os clientes foram dispensando os serviços e houve corte na energia elétrica. O sindicato interviu para negociar a dívida com a Eletropaulo e ligar a energia novamente. E neste cenário de crise, houve o corte de 280 trabalhadores.

De acordo com o sindicato, nos anos seguintes, a empresa cedeu parte do terreno para pagar as dívidas trabalhistas, e houve o primeiro acordo de recuperação judicial, que não foi cumprido. O terreno, avaliado em R$ 18 milhões, até hoje não pode ser vendido, por conta de uma pendência judicial. Em 2010, a empresa propôs outro acordo de recuperação judicial.

“Não entendemos porque a Justiça concedeu outra chance à empresa. O sindicato cobra, mas Justiça é lenta. A maioria dos processos estão na 7ª Vara Cível de São Bernardo.” O responsável pela empresa, Celso Alves, não quis comentar o assunto.

Por Michelly Cyrillo - ABCD Maior
Assine nosso Feed RSS
Últimas Notícias Gerais - Clique Aqui
As últimas | Economia
25/09/2018 | Operação mira sonegação de R$ 100 mi de grupos cervejeiros e cerca Proibida
25/09/2018 | Greve na Argentina cancela voos no Brasil nesta terça-feira
25/09/2018 | Demanda por GNV aumenta até 350% após alta na gasolina
As mais lidas de Economia
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda
Mauá Virtual
O Guia Virtual da Cidade

Todos os direitos reservados - 2024 - Desde 2003 à 7730 dias no ar.