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DATA DA PUBLICAÇÃO 25/10/2013 | Economia
Setor têxtil sai em defesa da indústria nacional e contra China
Setor têxtil sai em defesa da indústria nacional e contra China Trabalhadoes denunciam desemprego por causa da importação. Foto de Mario Silva
Trabalhadoes denunciam desemprego por causa da importação. Foto de Mario Silva
Trabalhadores e produtores se uniram contra importação de tecidos e roupas prontas

Empresários e trabalhadores do setor têxtil e de confecção se uniram nesta quarta-feira (23/10) para defender a indústria nacional. O ato ocorreu em frente ao Palácio das Convenções do Anhembi, na Capital, onde ocorre uma feira de produtos chineses a GoTex Show 2013. Representantes do ABCD participaram da manifestação.

Há anos o setor têxtil perde competitividade diante dos produtos importados. Muitas empresas fecharam as portas ou reduziram o quadro de funcionários. As entidades organizadas do setor discutem com o Governo Federal alternativas para reverter o quadro e já obteve alguns incentivos, como algumas desonerações de impostos. A feira, que pretende estreitar as relações dos comerciantes com o mercado Chines, foi considerada uma afronta ao setor brasileiro.

O ABCD também padece com o problema. No mês de setembro três empresas fecharam as portas por não suportar a concorrência desleal com os importados. Uma carreata de trabalhadores saiu daqui para o ato na Capital. A Região conta com 1.300 empresas de confecção, a maioria de micro e pequeno porte e que empregam sete mil trabalhadores. “Há dez anos reclamávamos da importação, mas ainda tínhamos a vantagem dos produtos chineses não terem qualidade. Hoje eles estão até melhores que os nossos e com preços baixíssimos. O consumidor vai atrás de preço e qualidade, não se importa com o local de fabricação”, explicou Aparecida Leite Ferreira, a presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Confecção do ABC.

Multiplicação
A importação de têxteis cresce ano a ano. De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), há anoso valor de produtos têxteis importados cresceu 20 vezes, saindo de 110 milhões de dólares para 2,1 bilhões.

O IBGE conta que entre janeiro e setembro deste ano, o setor demitiu aproximadamente 55 mil trabalhadores, sendo 10.422 trabalhadores no têxtil e 44.579 no de vestuário.

“Esses dados demonstram o quanto é importante a nossa união em defesa da indústria brasileira. Não podemos competir com empresas instaladas em países que não possuem legislação trabalhista como a nossa. Claro que um produto produzido por um trabalhador com salário absurdamente baixo, sem direito a férias e sem custos trabalhistas, será mais barato. Precisamos conscientizar os comerciantes e lutar contra a importação”, explicou Fernando Pimentel, superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção.

Por Michelly Cirillo - ABCD Maior
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