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DATA DA PUBLICAÇÃO 07/06/2015 | Economia
Setor pet é o ramo da economia no qual a crise passa muito longe
Setor pet é o ramo da economia no qual a crise passa muito longe Veterinárias em ação no Dr. Vet, de Santo André. Foto de Rodrigo Pinto
Veterinárias em ação no Dr. Vet, de Santo André. Foto de Rodrigo Pinto
Essa indústria cresce 10% ao ano e faturou R$ 16 bilhões em 2014; Brasil tem 74 milhões de cães e gatos

O mercado de produtos para animais de estimação está em plena ascensão e muito longe do pessimismo na economia. A indústria brasileira para animais de estimação, os pets, cresceu 10% em 2014 sobre o ano anterior. Os dados da Abinpet (Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação) refletem diretamente para expansão dos negócios deste setor. O aumento de clínicas, hospitais e pet shops chega a espantar. Para se ter uma ideia, em uma região de Santo André, num raio de um quilômetro, dez estabelecimentos abriram as portas nos últimos anos.

O Brasil tem a segunda maior população de cães e gatos em todo o mundo, e é o quarto maior país em população total de animais de estimação. São mais de 52 milhões de cães e 22 milhões de gatos, informou nesta semana o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na Pesquisa Nacional de Saúde (leia abaixo). De acordo com a Abinpet, existem ainda por volta de 26 milhões de peixes; 19 milhões de aves e mais 2,2 milhões de outros animais.

Para a associação, as mudanças no perfil das famílias brasileiras têm grande impacto nesta relação entre humanos e animais. “Houve aumento no número de casais que optam por não ter filhos, ou somente um filho, e buscam a companhia de um animal. Como membro da família, o bicho vive cada vez mais dentro de casa. Isso faz com que os donos aumentem os cuidados com a saúde do animal e invistam mais em alimentação, idas ao veterinário e em creches e profissionais do ramo, como dog walkers (passeador de cachorro)”, contou a associação por meio de nota.

As indústrias da área faturaram no ano passado R$ 16,7 bilhões, cerca de 10% a mais do que em 2013, quando o faturamento final foi de R$ 15,2 bilhões. O setor pet representa 0,38% do PIB (Produto Interno Bruto) e aumenta cerca de 11% ao ano, acumulando 52% de crescimento nos últimos cinco anos.

Mais serviços - Diante de tantos produtos e serviços inovadores e à disposição, a expansão de clínicas, hospitais e pet shops é visível. Não há órgão na Região que contabilize o aumento de estabelecimentos. Porém, em uma breve caminhada pela avenida Portugal, em Santo André, é possível constatar três empreendimentos vizinhos, sendo dois recentes. O hospital veterinário Dr. Vet é um dos novos negócios da Região.

O ex-metalúrgico Valdeci Pereira Gil, 55 anos, abriu as portas do hospital em abril e afirma que o ramo é promissor. “É uma área em plena expansão na qual não falta cliente. No entorno do Dr. Vet existem cerca de 10 estabelecimentos da área em bairros como Bela Vista, Vila Bastos, Centro, Vila Scarpelli, entre outros.”

Gil resolveu investir as economias da família no hospital veterinário depois de estudar detalhadamente o setor. “Tudo começou porque comprei um pet shop há três anos para os meus filhos trabalharem e percebi que o volume de banho e tosa passou de 120 para 530 ao mês. Com isso, fui atrás de informações e estudos sobre o setor, observei atentamente o ponto comercial escolhido para verificar o fluxo de pessoas e resolvi abrir o Dr Vet”, contou.

Sem concorrência - Até pouco tempo o ABCD tinha apenas um hospital com funcionamento 24 horas, o Dr. Hato em São Bernardo, e agora a Região soma mais oito neste tipo de atendimento. Inclusive uma segunda unidade do Dr. Hato, em Santo André. O mais novo empreendedor do ramo,afirmou que o objetivo não é concorrer com os demais hospitais, mas conquistar novos clientes. “Os hospitais estão espalhados pelo ABCD e por isso acredito que não há concorrência direta”, afirmou Gil.

O investimento inicial do Dr. Vet foi de R$ 400 mil. No espaço já funcionava um outro hospital veterinário e as instalações estavam adequadas ao modelo de negócio. Um dos diferenciais do local é o laboratório de exames clínicos, realizados em parceria. “O espaço é grande e tenho neste início apenas uma parte em funcionamento. Tenho vários planos que pretendo colocar em prática o quanto antes”, disse Gil.

Brasileiros têm duas vezes mais cães do que gatos

A população de cachorros em domicílios brasileiros supera em mais de duas vezes a de gatos. No Brasil, há hoje 52,2 milhões de cães e 22,1 milhões de gatos criados em domicílio, conforme o IBGE.

Os cães estão presentes em 28,9 milhões de residências, o que, em termos percentuais, equivale a 44,3% dos domicílios, e muitos brasileiros criam mais de um animal. A população média é de 1,8 animal/casa. A presença de cachorros é mais frequente em residências rurais (65%). Nos lares em área urbana, o percentual cai para 41%.

Os habitantes da Região Sul são os que mais criam cachorros, com 58,6% dos domicílios tendo ao menos um animal. Já o Nordeste tem o menor percentual (36,5%). Paraná é o estado que lidera a lista de domicílios com cachorros (60,1%).

Menos presentes no Brasil, os gatos estão em 17,7% das residências, ou 11,5 milhões. A densidade populacional é semelhante à dos cachorros, de 1,9 gato por domicílio que possui o animal.

Na Região Nordeste, que é a que mais possui gatos, 23,6% das residências abrigam ao menos um animal. No Sul, 19% dos lares criam gatos e o Sudeste tem a menor proporção, 13,5%. (Agência Brasil)

Por Michelly Cyrillo - ABCD Maior
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