DATA DA PUBLICAÇÃO 07/05/2013 | Economia
Setor moveleiro flerta com a estagnação
Foto: Divulgação - Diário Online
Enquanto o mercado imobiliário cresce no Grande ABC, o setor moveleiro não acompanha os mesmos passos. Em 2012, para se ter ideia, foram comercializados 9.407 imóveis, o que aponta alta de 28,74% em relação ao volume de bens vendidos em 2011, segundo dados da Acigabc (Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC). Nesse mesmo período a indústria de mobiliário apontou recuo de 15%, aproximadamente. "O crescimento no número de imóveis vendidos ainda não refletiu no nosso setor, já que temos uma grande quantidade de residências ainda em construção, além de um considerável estoque", aponta o presidente do Sindicato da Indústria de Móveis de Madeira de São Bernardo e Região, Hermes Soncini.
Ele não atribui a queda no desempenho em 2012 à concorrência com o mercado da Capital paulista. O Grande ABC, hoje, possui boas indústrias de móveis e boas lojas. O que acontece é que as pessoas ficam endividadas com o financiamento da casa própria e acabam mudando com os móveis antigos, que já possuem. "Por motivos como esses, a produção e a venda de mobília não acontecem no mesmo ritmo do mercado da construção civil", afirma o presidente.
No caso das indústrias de móveis, outro empecilho é a alta concorrência com as empresas de outros Estados brasileiros e, principalmente, com o grande volume de empresários que atuam de forma ilegal, gerando, assim, concorrência desigual.
Já no comércio, o cenário é um pouco mais positivo. Apesar de não acompanhar os mesmos índices de vendas de imóveis na região, durante o ano passado, as vendas de móveis cresceram cerca de 10% entre as sete cidades, aponta o representante da comissão de lojistas da Rua Jurubatuba (um dos locais da região com maior concentração de lojas do setor moveleiro), em São Bernardo, Youssef Hindi. "No entanto, nesse início de ano o setor está estagnado, muito devagar", lamenta. Em abril, os comerciantes da rua e adjacentes realizaram uma feira com promoções, descontos e facilidades no pagamento. "Atraímos, em nove dias, cerca de 50 mil pessoas. Foi bom porque demos uma aquecida nas vendas, que praticamente dobraram quando comparadas a meses comuns", cita Hindi.
Nesse início de ano, os lojistas da região reclamam do cenário. Na loja Estar Móveis, por exemplo, a comercialização de mobília e de itens de decoração já caiu 12% de janeiro até o momento.
"Em 2012 tivemos um aumento considerável no que diz respeito às vendas, com 8% de acréscimo. Mas neste ano, apesar do mês de janeiro ter sido aquecido, não estamos conseguindo emplacar as saída de produtos", aponta a diretora financeira do estabelecimento, Raquel Fogelman. Mesmo assim, ela diz não deixar de investir nos itens novos. "Acredito que o mercado moveleiro se recupere a partir do segundo semestre."
Já a Romanzza Planejados espera bons resultados desde 2012. "Para o nosso setor, o ano passado não foi muito bom, não. Tivemos a sensação de que ficou estagnado", diz Carla Sprioli, coordenadora administrativa.
O gerente da loja Favorita Móveis Planejados, Marcio Mota, compartilha da mesma opinião. "Com as entregas de chaves dos novos apartamentos, as pessoas não têm verba para mudar com tudo novo. Isso vai acontecendo aos poucos. O ano passado foi ruim para nós, crescemos pouco perto do mercado, cerca de 6%, apenas."
Feira está agendada para acontecer em setembro
A fim de fomentar esse nicho de mercado, a comissão de lojistas da Rua Jurubatuba, de São Bernardo, já planeja uma nova feira. "O evento vai acontecer entre os dias 21 e 29 de setembro", antecipa o representante dos comerciantes, Youssef Hindi.
Segundo ele, essas realizações são de grande importância para o setor. "Estimulam as vendas, atraem clientela, que acaba voltando em outras ocasiões, além de divulgarem uma grande quantidade de lojistas localizados nessa rua - cerca de 70", enumera Hindi.
MERCADO - Na região, além da Rua Jurubatuba, há muitas opções de lojas de mobiliário e decoração concentradas na Rua Portugal, na Avenida D.Pedro II, ambas em Santo André, e na Avenida Goiás, em São Caetano. "Além, é claro, do Shopping Casa Total, na Via Anchieta, em São Bernardo", completa o presidente do Sindicato da Indústria de Móveis de Madeira de São Bernardo e Região, Hermes Soncini.
Ele não atribui a queda no desempenho em 2012 à concorrência com o mercado da Capital paulista. O Grande ABC, hoje, possui boas indústrias de móveis e boas lojas. O que acontece é que as pessoas ficam endividadas com o financiamento da casa própria e acabam mudando com os móveis antigos, que já possuem. "Por motivos como esses, a produção e a venda de mobília não acontecem no mesmo ritmo do mercado da construção civil", afirma o presidente.
No caso das indústrias de móveis, outro empecilho é a alta concorrência com as empresas de outros Estados brasileiros e, principalmente, com o grande volume de empresários que atuam de forma ilegal, gerando, assim, concorrência desigual.
Já no comércio, o cenário é um pouco mais positivo. Apesar de não acompanhar os mesmos índices de vendas de imóveis na região, durante o ano passado, as vendas de móveis cresceram cerca de 10% entre as sete cidades, aponta o representante da comissão de lojistas da Rua Jurubatuba (um dos locais da região com maior concentração de lojas do setor moveleiro), em São Bernardo, Youssef Hindi. "No entanto, nesse início de ano o setor está estagnado, muito devagar", lamenta. Em abril, os comerciantes da rua e adjacentes realizaram uma feira com promoções, descontos e facilidades no pagamento. "Atraímos, em nove dias, cerca de 50 mil pessoas. Foi bom porque demos uma aquecida nas vendas, que praticamente dobraram quando comparadas a meses comuns", cita Hindi.
Nesse início de ano, os lojistas da região reclamam do cenário. Na loja Estar Móveis, por exemplo, a comercialização de mobília e de itens de decoração já caiu 12% de janeiro até o momento.
"Em 2012 tivemos um aumento considerável no que diz respeito às vendas, com 8% de acréscimo. Mas neste ano, apesar do mês de janeiro ter sido aquecido, não estamos conseguindo emplacar as saída de produtos", aponta a diretora financeira do estabelecimento, Raquel Fogelman. Mesmo assim, ela diz não deixar de investir nos itens novos. "Acredito que o mercado moveleiro se recupere a partir do segundo semestre."
Já a Romanzza Planejados espera bons resultados desde 2012. "Para o nosso setor, o ano passado não foi muito bom, não. Tivemos a sensação de que ficou estagnado", diz Carla Sprioli, coordenadora administrativa.
O gerente da loja Favorita Móveis Planejados, Marcio Mota, compartilha da mesma opinião. "Com as entregas de chaves dos novos apartamentos, as pessoas não têm verba para mudar com tudo novo. Isso vai acontecendo aos poucos. O ano passado foi ruim para nós, crescemos pouco perto do mercado, cerca de 6%, apenas."
Feira está agendada para acontecer em setembro
A fim de fomentar esse nicho de mercado, a comissão de lojistas da Rua Jurubatuba, de São Bernardo, já planeja uma nova feira. "O evento vai acontecer entre os dias 21 e 29 de setembro", antecipa o representante dos comerciantes, Youssef Hindi.
Segundo ele, essas realizações são de grande importância para o setor. "Estimulam as vendas, atraem clientela, que acaba voltando em outras ocasiões, além de divulgarem uma grande quantidade de lojistas localizados nessa rua - cerca de 70", enumera Hindi.
MERCADO - Na região, além da Rua Jurubatuba, há muitas opções de lojas de mobiliário e decoração concentradas na Rua Portugal, na Avenida D.Pedro II, ambas em Santo André, e na Avenida Goiás, em São Caetano. "Além, é claro, do Shopping Casa Total, na Via Anchieta, em São Bernardo", completa o presidente do Sindicato da Indústria de Móveis de Madeira de São Bernardo e Região, Hermes Soncini.
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