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DATA DA PUBLICAÇÃO 04/02/2011 | Cidade
Sessão em Mauá tem desentendimento entre vereadores
A sessão extraordinária desta quinta-feira (03/02) em Mauá tinha tudo para ser tranquila. Porém, o encontro foi caracterizado por mais debates do que o normal. Inicialmente, a sessão foi marcada para que os parlamentares votassem dois projetos de urgência do prefeito Oswaldo Dias (PT) de auxílio aos atingidos pelas enchentes no mês de janeiro.

As discussões começaram depois que o vereador Manoel Lopes (DEM) distribuiu para todos os vereadores cópias de uma reportagem feita por um jornal regional criticando a Câmara. O personagem da matéria era o líder do prefeito na Casa, Rômulo Fernandes (PT).

“A palavra ética não pode ser relativa. O vereador da uma de paladino da Justiça, mas ética é ética em qualquer ocasião. Quando o projeto do antigo prefeito (Leonel Damo – sem partido) veio para esta Casa não vi discussões”, criticou o petista completando que não é a primeira vez que o Legislativo discute comportamento de vereador. “Foram três ou quatro reuniões que já tivemos que fazer para pedir o mínimo de respeito entre os vereadores. Confesso que me senti muito incomodado”, colocou.

Os demais vereadores da bancada de sustentação também adotaram as críticas e completaram as afirmações de Fernandes. “A matéria é amena diante da ação. Em alguns momentos a impressão que parecem querer passar é de que são donos da casa, mas aqui não tem dono somos todos inquilinos. Acho uma imbecilidade incitar as pessoas para virem com pau e pedras na mão”, opinou Ivanildo Gomes, o Batoré (PP).

De acordo com Manoel Lopes, a atitude foi tomada para comprovar críticas que ele já estava fazendo à administração. “Eu tirei cópias para não dizer que eu estava mentindo. Mostrei a matéria para todos os vereadores. E estou tranquilo com a minha ética”, declarou.

As matérias, que previam ajuda de custo de R$ 350 por família e a isenção do IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano) para as casas afetadas pelas enchentes, foram aprovadas por unanimidade entre os vereadores.

Por Fabíola Andrade - ABCD Maior
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