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DATA DA PUBLICAÇÃO 21/11/2007 | Internacional
Servidores públicos aderem à greve na França
Centenas de milhares de funcionários públicos entraram em greve nesta terça-feira na França e se juntaram aos motoristas de trem, que pararam de trabalhar há uma semana, marcando um pico na contestação das medidas sociais idealizadas pelo presidente francês Nicolas Sarkozy.

Este dia de greve e de manifestações, ainda marcado pelo prosseguimento da contestação estudantil, suscitou uma ampla adesão, no sétimo dia de um conflito que paralisou quase totalmente o tráfego ferroviário e os transportes parisienses, prejudicando milhões de franceses.

Unindo-se aos motoristas de trem, todos os sindicatos de funcionários públicos observaram uma greve de um dia nesta terça-feira. Um terço dos funcionários públicos pararam de trabalhar, segundo números divulgados pelo governo durante a tarde.

O movimento foi muito acompanhado na educação. Segundo o governo, 39% dos 900 mil professores entraram em greve. Porém, de acordo com um sindicato, este número chega a 60%. Muitas escolas ficaram fechadas.

O governo de direita, que estimou o custo da greve a mais de 300 milhões de euros por dia, espera que esta "terça-feira negra" marcará o ponto culminante do conflito antes da abertura, na quarta, de negociações com os representantes do setor dos transportes.

Dia tumultuado - O tráfego na SNCF (companhia de trens) continuava muito perturbado nesta terça-feira com apenas 50% dos TGV (trens de alta velocidade) funcionando, assim como a circulação dos ônibus, metrôs e trens suburbanos da região parisiense.

Não havia jornais nas bancas nesta terça-feira, e vários vôos foram cancelados ou adiados nos aeroportos parisienses de Roissy e Orly.

Milhares de pessoas protestaram na manhã desta terça-feira em toda a França, antes de uma grande manifestação prevista para esta tarde em Paris.

Reivindicações - Motoristas de trem e funcionários públicos têm reivindicações diferentes. Os primeiros protestam contra a reforma dos regimes especiais de aposentadoria, idealizada por Sarkozy.

Já os funcionários públicos, que representam um total de 5,2 milhões de pessoas, protestam contra a supressão de 22,9 mil postos de trabalho em 2008 (metade deles na educação) e exigem um aumento de salário. O aumento do poder aquisitivo era outra prioridade do governo de Sarkozy.

Neste contexto, o recente aumento do salário presidencial em 140% decidido pelo próprio Sarkozy foi mal recebido pelos franceses.

A maioria dos franceses (53%, segundo um estudo recente) apóia este movimento. A população está cada vez mais preocupada com o aumento dos preços dos alimentos, da gasolina ou dos aluguéis dos apartamentos.

Ao contrário, a greve nos transportes é impopular, e o primeiro-ministro francês, François Fillon, reafirmou nesta terça-feira que não cederá sobre o alinhamento dos regimes especiais de aposentaria sobre o regime geral, insistindo em que o poder tem "um mandato" dos eleitores para aplicar esta reforma.

A agitação também atinge as universidades. Metade dos 85 estabelecimentos universitários franceses estão perturbados ou bloqueados por estudantes que protestam contra uma lei de autonomia que favorecerá, segundo eles, uma "privatização" do ensino superior.

Sarkozy tem apostado até agora na divisão dos sindicatos, na diminuição progressiva do número de motoristas de trem em greve (27% nesta terça-feira, segundo a diretoria da SNCF), e na irritação crescente dos usuários.

Acostumado a aparecer, o presidente francês, cuja popularidade está em queda nas pesquisas de opinião, se manteve em silêncio nestes últimos dias, deixando seu governo administrar a situação.

Por Diário Online - AFP
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