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Ferroviários cogitam nova greve
DATA DA PUBLICAÇÃO 11/04/2017 | Setecidades
Sem trens, manhã na região é marcada por caos
Sem trens, manhã na região é marcada por caos Foto: Marina Brandão/DGABC
Foto: Marina Brandão/DGABC
Atualizado às 11h56

Os usuários da região que dependem dos trens da Linha 10-Turquesa da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) encontraram as catracas fechadas na manhã desta terça-feira. Cerca de 2.000 funcionários aderiram à paralisação que começou às 0h. A categoria exige avanços nas negociações sobre o pagamento do acordo estipulado no PPR (Programa de Participação nos Resultados).

“Cheguei às 5h30 sem saber da greve. Trabalho no Brás e o Uber está dando R$ 108. Nem se eu juntar quatro pessoas para ir comigo sairia em conta”, diz a gerente de loja Juliana de Paula, 33, que esperava pela volta dos trens na Estação Celso Daniel – Santo André.

Também em Santo André, Diego Sasso, 25, que trabalha no setor financeiro da Porto Seguro, tentava, por volta das 6h30, falar com seu supervisor para saber se a empresa disponibilizaria um fretado para ele conseguir chegar até a Barra Funda. “Quando a greve é geral sempre tem um ônibus da empresa, mas como a paralisação foi só nesta linha, não sei como vai ficar. Se não tiver, vou ter que voltar para casa, só que minhas horas não serão abonadas.”

Em Mauá, o vendedor Cláudio Bernardino da Silva Júnior, 23, também mandava fotos para seu chefe por volta das 7h45. “Antes de sair de casa, eu só vi a greve na Linha 7- Rubi, não sabia que aqui estava parado também. Eu tinha uma reunião às 9h na República e não vou conseguir chegar.”

A auxiliar de limpeza Maria Ozita Alves, 48, era outra usuária que aguardava em frente à estação mauaense. “A vida do paulista é difícil. Além de ter que enfrentar todos os transportes públicos lotados todos os dias, ainda tem as greves. Só que os trabalhadores também não estão errados de reivindicarem seus direitos. É uma situação complicada”, lamenta.

Em Ribeirão Pires, a opção para os moradores era usar os ônibus que já chegavam lotados ao ponto que fica em frente à estação de trem. “Alguns nem param porque não cabe mais ninguém. Vou esperar até o meu limite, senão vou ter que perder um dia de trabalho”, conta Francisco da Silva Lopes, 27, que mora em Rio Grande da Serra e trabalha como ajudante geral em São Caetano.

Em todas as estações percorridas pela reportagem não haviam funcionários da CPTM para dar explicações aos passageiros, somente um cartaz com o aviso de greve.

A categoria reclama do pagamento em parcelas da PPR (Programa de Participação de Resultados) de 2016, que deveria ser paga no dia 31 de março. Porém, a CPTM pagou apenas 50% do valor e a segunda parcela será efetuada no dia 16/06/2017, com valor corrigido pelo índice IPC-Fipe acumulado nos meses de abril e maio deste ano, evitando qualquer prejuízo financeiro aos seus colaboradores. O Sindicato que representa os trabalhadores da Linha 7 e 10 não aceitaram essa proposta.

A greve foi aprovada ontem durante assembleia da categoria, na Capital. "Infelizmente, a CPTM não quis atender nossas solicitações. Tivemos uma reunião na sexta-feira, mas a proposta ainda está distante do que a categoria deseja", declarou o presidente do sindicato, Eluiz Alves de Matos.

Nota da CPTM
A CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) considera irresponsável a decisão do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de São Paulo, representante dos empregados das linhas 7-Rubi (Luz – Francisco Morato – Jundiaí) e 10-Turquesa (Brás – Rio Grande da Serra), de paralisar a prestação dos serviços.

Em cautelar ajuizada pela CPTM, visando garantir a operação do sistema, o desembargador e vice-presidente Judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região determinou no caso de deflagração da greve que os empregados mantenham pelo menos 75% da operação nos horários de pico (das 4h às 10h e das 16h às 21h). Esse percentual deve ser aplicado a todos os serviços de operação de trens, notadamente maquinistas, pessoal de estações, segurança, manutenção e operação, o que não garantirá a operação total da Companhia.

Em relação aos demais horários, o percentual mínimo foi de 60% desse contingente de empregados. Ainda, de acordo com a liminar, os trabalhadores não poderão liberar gratuitamente as catracas para os usuários. O descumprimento da liminar implicará o pagamento de multa diária de R$ 100 mil.

A direção da CPTM ressalta que buscou todas as formas e alternativas no sentido de chegar a um acordo com as entidades sindicais envolvidas e, assim sendo, espera que seus empregados adotem postura responsável em favor da continuidade dos serviços prestados à população. O sindicato e a direção devem se reunir nesta tarde para resolver o impasse.

Por Caroline Garcia - Diário OnLine
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