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DATA DA PUBLICAÇÃO 19/12/2010 | Esportes
Sem supermaiôs e torneios de primeiro nível, marcas da natação retraem nesta temporada
A natação ficou 1,29% mais lenta em 2010, primeiro ano após a proibição do uso dos trajes tecnológicos.

A Folha comparou o melhor tempo do mundo em cada prova individual em piscina olímpica nesta temporada e na última, quando os maiôs high-tech viveram o apogeu, para chegar ao número, que pode parecer irrelevante, mas significa muito.

A marca mais expressiva deste ano seria insuficiente para conseguir um pódio no Mundial-2009 em 25 das 34 disputas individuais. E os tempos da competição não são, necessariamente, os melhores feitos na temporada.

A norte-americana Rebecca Soni, por exemplo, ganharia o ouro em Roma com 2min20s69, que a coloca no topo do ranking dos 200 m peito. Só que, no último ano, ela chegou a fazer 2min20s38 e nem foi a melhor do mundo - a canadense Annamay Pierse cravou 2min20s12.

No total, os tops de 2010 levariam cinco ouros, três pratas e um bronze no Mundial.

Só uma prova registrou neste ano um tempo mais expressivo do que as melhores marcas de 2009.

O chinês Sun Yang nadou os 1.500 m dos Jogos Asiáticos, no mês passado, em 14min35s43, superando os 14min37s28 do tunisiano Oussama Mellouli, o atleta mais rápido da temporada anterior. A marca dos 1.500 m foi a única que sobreviveu à era dos maiôs high-tech.

O resultado dessa decadência é que os recordes mundiais, banalizados na era dos supermaiôs, ficaram raros. Até o fechamento desta edição, quatro marcas haviam sido quebradas no ano, metade delas de Ryan Lochte, maior nome de 2010. Todas foram no Mundial de piscina curta, que termina hoje.

"No ano passado, quase ninguém nadou em piscina curta. Não dá para considerar muito esses recordes", disse o supervisor técnico do Corinthians, Carlos Matheus.

"Competições em piscina de 25 m não têm a mesma importância. Elas não são prioridade no calendário dos atletas mais importantes", completou o treinador Fernando Vanzella, do Minas.

Para ele, a piora dos tempos não é só fruto do fim dos trajes, mas também da falta de eventos de grande porte.

"A natação vem evoluindo muito. A ciência entrou definitivamente nas piscinas, com análises biomecânicas e estatísticas. Acho que no ano que vem, com Mundial de longa e classificatórios para a Olimpíada, já veremos algumas quebras reais", disse.

Já Matheus é um pouco mais cauteloso. Sua opinião é a de que ainda estamos passando por um período de transição, com os atletas se readaptando a nadar sem o auxílio de roupas que ajudam na flutuabilidade. Por isso, recordes só sairão em 2012, próximo ano olímpico.

"Tem gente que entrou em uma zona de conforto, deixando os treinamentos de lado porque era fácil conseguir resultado. Resgatamos agora a importância dos treinos."

Por Rafael Reis - Folha Online, São Paulo
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