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DATA DA PUBLICAÇÃO 28/12/2012 | Política
Sem Orçamento, governo vai liberar R$ 42,5 bilhões em medida provisória
Investimentos somam R$ 41,8 bi; R$ 700 mi são suplementações de 2012.

Lei será votada em fevereiro; sem MP, governo ficaria limitado para gastar.


A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, afirmou nesta quinta-feira (27) que o governo vai liberar, por meio de medida provisória, R$ 42,5 bilhões relativos a investimentos previstos no projeto de lei orçamentária de 2013 e a suplementações orçamentárias de 2012.

A MP deverá ser publicada em edição extraordinária do "Diário Oficial da União" desta quinta, segundo a ministra, e tem por objetivo manter o ritmo de investimentos em 2013.

Com a medida, o governo abre crédito correspondente a um terço do previsto na proposta orçamentária de 2013 – aprovada pela Comissão Mista de Orçamento na semana passada, o que corresponde a R$ 41,8 bilhões para investimento nos três Poderes. Esse montante será executado dentro do Orçamento de 2012 e poderá ser gasto até que o Orçamento de 2013 seja sancionado.

Além disso, a MP garante as suplementações orçamentárias relativas a 2012 não apreciadas pelo Congresso e que somam R$ 700 milhões líquidos.

O projeto do Orçamento da União de 2013 deverá ser votado em fevereiro, após o retorno dos parlamentares do período de recesso legislativo. A votação, que deveria ocorrer ainda neste ano, foi adiada após um impasse sobre a votação do veto à Lei dos Royalties – o Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu que o veto não poderia ser votado antes da análise de mais de 3 mil vetos com prazo vencido.

Com o crédito, o governo pretende impedir a descontinuidade de grandes obras e programas sociais, segundo a ministra. Ela citou obras como a construção e reforma das BR 101, no Espírito Santo; da BR 156, no Amapá e das BRs 285 e 386, no Rio Grande do Sul.

Na área social, o governo pretende dar continuidade a obras de drenagem e pavimentação em vias urbanas, além da construção de barragens subterrâneas contra a seca e pagamento de seguro rural a 10 mil produtores.

'Nenhuma ilegalidade'
A ministra lembrou que esta não é a primeira vez que, sem Orçamento sancionado, o governo precisar lançar mão de uma medida provisória para liberar crédito extraordinário. Em 2006, o governo teve de fazer o mesmo. Na época, o Orçamento só foi aprovado em 18 de abril, segundo Miriam. “A medida provisória foi editada à época e não houve problema naquele momento”.

Miriam negou que haja irregularidade no envio da medida e que o governo está “confortável” com a decisão. “Temos convicção de que não estamos cometendo nenhuma ilegalidade ao editar essa MP”, afirmou.

Segundo prevê a lei 4.320/64, que dispõe sobre a utilização de créditos adicionais, os créditos extraordinários são "destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública".

Miriam Belchior afirmou que o governo trabalhava com a perspectiva de que o Congresso Nacional aprovasse o Orçamento ainda neste ano. "Estava tudo pronto para ser aprovado no Congresso. A CMO já tinha aprovado o relatório do senador Romero Jucá [relator do projeto], estava pronto para plenário, assim também como a maior parte desses créditos. Em função desse acontecimentos durante a última semana antes do recesso, não foi possível realizar a votação", lamentou a ministra.

A liberação da verba por meio de medida provisória é necessária porque, pela Lei de Diretrizes Orçamentárias, se o Orçamento não for sancionado pela presidente da República até 31 de dezembro, o governo não pode gastar no ano seguinte o dinheiro das receitas previstas para novos projetos. Em investimentos, o Executivo só estaria autorizado a usar os chamados "restos a pagar" (recursos aprovados em orçamentos anteriores).

Outras despesas estão garantidas, já que o governo é autorizado a gastar 1/12 do orçamento de 2013 com custeio, como pagamento dos salários de funcionários públicos, realização de eleições pela Justiça Eleitoral, ações de prevenção de desastre, financiamento estudantil e bolsas de estudo, ações decorrentes de acordo internacional com transferência de tecnologia, e "outras despesas de caráter inadiável".

Por Priscilla Mendes - G1, em Brasília
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